quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Enterramento da linha férrea sem mais atrasos

 

Enterramento da linha férrea sem mais atrasos


Presidente da Câmara de Espinho acredita que só com a obra concluída é que a população vai perceber os benefícios.


O presidente da Câmara de Espinho acredita que o enterramento da linha férrea da cidade será uma realidade no primeiro semestre de 2008.

Depois de dois adiamentos da data para a conclusão dos trabalhos, José Mota acredita que agora “não há razão para mais atrasos, a não ser que surjam percalços daqueles que a natureza é pródiga em originar”. 

“Mas eu acredito que nem dessa forma vamos ter danos, pelo menos significativos”, acrescentou.

O autarca confirmou ao JPN o impasse causado por uma série de discussões entre a REFER e o consórcio responsável pela obra a propósito da necessidade de uma máquina para fazer face ao solo rochoso encontrado pelos operários.


A obra que a REFER não queria


José Mota não tem dúvidas de que o enterramento da linha férrea é uma obra que “interessa essencialmente a Espinho e a esta região”. 

É peremptório em afirmar que “nenhum conselho de administração da REFER gostaria que esta obra fosse feita porque há um grande investimento e a REFER não gostava de pôr os seus passageiros a passar em túnel em Espinho. É muito mais bonito à superfície”.

O futuro túnel terá cerca de mil metros, mais 250 metros de rampa para cada lado, tornando-se o maior túnel ferroviário do país.


Questões ambientais impedem prolongamento


Os cerca de mil metros do túnel não satisfazem todos os espinhenses que gostariam que houvesse um prolongamento tanto para norte como para sul.


José Mota contrapõe: 


“Temos todas as razões para estarmos satisfeitos com aquilo que conseguimos e fizemos muito bem em ter percebido atempadamente aquilo que era razoável e aquilo que não o era e poria em causa a realização desta obra”. 

“As pessoas só se vão aperceber do que vai mudar em Espinho com o enterramento da linha depois de a obra estar concluída”.

O presidente da Câmara adverte ainda para outro problema. 

“Há duas limitações, uma a norte que é a Ribeira do Mocho e outra a sul que é a Ribeira de Silvalde.

 Qualquer prolongamento deste túnel tinha implicações ao nível do ambiente que iriam tornar impraticável esta obra”.

Relativamente à área livre à superfície, José Mota não confirma a realização de um concurso de ideias porque “não é muito normal os bons arquitectos concorrerem” a esse tipo de iniciativas.

O presidente da Câmara afirma que, “juntamente com a Refer”, será encontrada “uma solução para aquele espaço” que permita ter “mais e melhor espaço para o lazer, para que Espinho encontre ali mais uma sala de visitas”.


Texto e fotografia: Cláudia Brandão

FONTE : JPN




sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Nova estação só em 2008

 

 Nova estação só em 2008 


Com as obras a bom ritmo, prevê-se agora que os trabalhos de enterramento da linha férrea em Espinho terminem no segundo trimestre de 2008.

No início das obras, em 2004, o prazo era de 30 meses para que a linha férrea de Espinho passasse a ser subterrânea. 

Pouco mais de um ano depois, o presidente do Conselho de Administração da REFER, José Sobral, admitia que a obra sofrera alguns atrasos. 

O novo prazo foi estipulado para mais dois anos e meio, isto é, em 2007.

Quando se pensava que a obra tinha, finalmente, tudo para andar, a máquina usada para escavar as valas onde irão ficar as paredes do túnel revelou-se incapaz de cortar a rocha existente no subsolo.

O facto levantou polémica: o empreiteiro da obra terá advertido a antiga administração da REFER para a necessidade de uma máquina que fosse capaz de destruir o rochoso subsolo, sendo que se tratava de um equipamento importado, aumentando os custos previstos da obra.

A resposta da REFER terá sido que haviam sido realizados todos os estudos necessários à caracterização do subsolo, e que, como tal, o empreiteiro deveria ter conhecimento pormenorizado de tudo.

Depois de alguns meses, as duas partes chegaram a acordo e com a chegada da máquina alemã, uma hidrofresa, a última data aponta para que a nova estação de Espinho esteja pronta no segundo trimestre de 2008.


Já se vêem as paredes


A máquina que perfura o subsolo já está a trabalhar no terreno, junto ao estádio do Sporting Clube de Espinho. 

O equipamento está a ser manejado por três operadores de nacionalidade alemã. 

O aparelho perfura o subsolo numa largura e profundidade que permitem que sejam feitas paredes de betão, responsáveis por suportar o túnel que, entretanto, irá ser escavado no meio.

Quando esse processo estiver concluído será altura de fazer a laje do topo, por baixo da qual passará o túnel. Isto a sul, porque a norte da estação já se faz a rampa de acesso ao túnel, que começará junto ao Rio Largo.

Outra frente já em curso é a parede nascente, isto enquanto estão já a ser construídas as paredes do futuro túnel.

Entretanto, decorrem os trabalhos de reposição de infra-estruturas de serviços afectados, entre eles as redes de saneamento e de águas pluviais e a rede telefónica.


Texto e fotografia : Cláudia Brandão

Fonte : JPN




quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

PIDDAC/Espinho: 22 dos 23 milhões de euros são para enterrar a linha

 

 22 dos 23 milhões de euros são para enterrar a linha 


Projecto tem agora uma forte oportunidade de ganhar novo impulso e ser concretizado em breve.


O Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para 2007 atribui ao concelho de Espinho 23.226 milhões de euros, o que corresponde a cerca de 745 euros por habitante.

No distrito de Aveiro, Espinho só é superado pela própria capital de distrito, que vai receber 50 milhões de euros. Apesar disso, em consequências dos cortes orçamentais do Governo, o valor do PIDDAC atribuído este ano cai 48% face ao de 2006, quando Espinho recebeu cerca de 44 milhões de euros.

Dos 23 milhões recebidos, cerca de 22 milhões destinam-se às obras de enterramento da linha férrea que duram há mais de dois anos – o projecto tem agora uma forte oportunidade de ganhar novo impulso e ser concretizado em breve.

Em dois anos, o Estado já canalizou mais de 50 milhões de euros para o rebaixamento da linha.

 Uma quantia que não se esperava de início, assim como também não se esperava que a obra fosse constantemente interrompida. 

À terceira mudança de datas, prevê-se que o comboio passe por baixo da cidade de Espinho no segundo trimestre de 2008.


Texto : Cláudia Brandão



sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Fim do 'bairro dos ciganos' com alegria, choro e revolta


Fim do 'bairro dos ciganos' com alegria, choro e revolta

Houve quem chorasse de desespero por não ter direito a uma casa e houve até quem quisesse invadir as habitações dadas a outros



chamado "bairro dos ciganos", a sul da Marinha de Silvalde, em Espinho, começou, ontem, a ser demolido. Os moradores do bairro, esses, já estão realojados num bloco de apartamentos de habitação social, construído a algumas centenas de metros daquele local, e que já se encontrava pronto há quase dois anos e meio. Segundo André Duarte, da Divisão de Acção Social da Câmara Municipal, o realojamento, que teve lugar há exactamente uma semana, decorreu dentro da normalidade e ordeiramente. Porém, segundo diversos testemunhos relatados ao JN, a história poderá ter sido bem diferente.

Na passada sexta-feira, depois de um vendaval que assolou o concelho de Espinho, vendo a estabilidade das casas, ou melhor, das barracas e casas abarracadas, seriamente comprometida, vários moradores do dito "bairro dos ciganos" ter-se-ão se dirigido à Associação de Desenvolvimento do Concelho de Espinho, onde estão instalados os serviços de Acção Social, para contar aos técnicos presentes o que se passava e para reclamar por casa.

Depois de observada a situação de perigo de derrocada de algumas das casas, os técnicos terão decidido então realojar as pessoas no dito prédio novo.
Munidos das chaves, os técnicos terão sido completamente rodeados pelos moradores do bairro, cada um a reclamar por casa. Segundo Idalina Crista, uma moradora do bairro da Marinha, a confusão foi geral e houve até quem tentasse invadir o prédio. Aliás, ainda ontem, uma janela de uma das casas do rés-do-chão mantinha-se partida.

"Eu vi. Os técnicos tiveram de dar as chaves sob ameaça e até houve quem ameaçasse de arma em punho. Uma técnica da Câmara estava branca como a cal. Por medo, deram casas à toa. A uma família com três filhos deram um T2 e a uma viúva sozinha deram um T3. Deram casas a quem não tinha direito e aos meus filhos, cada um deles inscrito há mais de 18 anos, ninguém deu casa", criticava, a altos brados, Idalina Crista.

André Duarte, por seu lado, negou ter sido vítima de qualquer tipo de ameaças e afirmou ao JN que as pessoas que foram realojadas, foram-no por direito e por prioridade. "Correu tudo dentro da normalidade", concluiu.

Em defesa de uma casa
Ontem, pela manhã, na casa nº1 do chamado "bairro dos ciganos", vivia-se uma situação de pânico geral. Fátima Lapa, a dona da casa, realojada no novo prédio de habitação social desde sexta-feira, ameaçava não sair da casa velha. Tudo porque os dois irmãos que com ela ali viviam, ambos casados e com filhos, não tinham tido direito a casa nova. Depois de informada que a casa iria ser demolida como as outras, a família e dezenas de amigos do bairro da Marinha reuniram-se junto da casa para impedir a demolição. Abraçadas aos filhos, as cunhadas de Fátima Lapa choravam de desespero por irem ficar sem tecto. Porém, André Duarte, da Divisão de Acção Social, chegou com a boa-nova, dizendo que a casa iria ser poupada até que as duas famílias pudessem ser realojadas



FONTE: JN

domingo, 12 de novembro de 2006

'Stuart' é o filme mais premiado do 30.º Cinanima



'Stuart' é o filme mais premiado do 30.º Cinanima


"Stuart", de Zepe


João Antunes

País com largas tradições na animação, a República Checa foi a grande vencedora da 30.ª edição do Cinanima, cujos prémios foram entregues ontem à noite. A honra deveu-se ao filme "Carnaval dos animais", de Michaela Pavlatova, que usa no seu filme, sobre duas sociedades em confronto, a dos homens e a das mulheres, técnicas tão diferenciadas como marionetas, plasticina, areia, recortes e computador.

O Grande Prémio Tóbis, entregue pelo júri internacional a um dos filmes portugueses a concurso, foi para "Stuart", de José Pedro Cavalheiro, também conhecido como Zepe, e que assina aqui a que é já a obra de referência na animação portuguesa deste ano. Convidando-nos a uma deambulação pelas zonas mais sórdidas de Lisboa, a partir da obra gráfica de Stuart Carvalhais, o filme obteve ainda o Prémio António Gaio, a que concorreram 17 filmes de produção nacional e o prémio para a melhor banda sonora original, provando que o filme de Zepe não se esgota na inspiração gráfica de Stuart, oferecendo-nos ainda uma "viagem" aos sons da capital. O júri da secção Jovem Cineasta Português premiou "Mais perto das nuvens, mais perto dos sonhos", na categoria cineastas até aos 18 anos, e ainda o filme "Porquê".

O júri internacional entregou ainda o seu Prémio Especial à produção canadiana "Tower bawher", de Theodore Ushev, nascido na Bulgária, e que no seu filme evoca o fervilhante período artístico do construtivismo russo, movimento nascido após a revolução de 1917. Este filme faz parte de um grupo de títulos escolhidos pelo júri da 2, e que serão oportunamente exibidos no programa onda Curta.

Desse lote faz ainda parte o divertidíssimo "Dreams and desires - Family ties", sobre as atribuladas filmagens de um casamento. Com este seu filme, a britânica Joanna Quinn, que há sete anos não ia a um festival de cinema, escolhendo o Cinanima para o "regresso", venceu também o Prémio José Abel. Finalmente, o júri final das longas-metragens, que tinha à sua escolha quatro títulos, optou por entregar o seu prémio a "Os Christies", do inglês Phil Mulloy, uma colecção de cenas sobre a vida de uma típica família, inglesa e psicótica

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

José Mota: Enterramento é "obra estruturante para Espinho"

 

Enterramento é "obra estruturante para Espinho"


Presidente da câmara diz que é a obra é "indispensável para Espinho".

O enterramento da linha férrea é já uma realidade. 

Não tenho qualquer dúvida. 

No entanto, se não quiserem chamá-la de obra do século, visto que isso causa estranheza a algumas pessoas, podemos dizer que é a obra mais importante que se fez nos últimos 100 anos.

Não tenho qualquer dúvida. 

No entanto, se não quiserem chamá-la de obra do século, visto que isso causa estranheza a algumas pessoas, podemos dizer que é a obra mais importante que se fez nos últimos 100 anos.

É a obra que Espinho e os espinhenses mais precisam? 

O impacto vai ser positivo?

A obra é indispensável para Espinho. 

Não vou partir do princípio que todos os espinhenses pensam da mesma maneira.

 A sua importância só será devidamente apreciada depois de ela estar concluída. 

Até lá, haverá muitos problemas, haverá até pessoas que serão capazes de achar que era preferível não fazer a obra, como acontece com todas as obras. 

Mas este investimento é uma obra estruturante para Espinho.

Têm surgido algumas críticas à obra. 

Considera-as fundamentadas?

Uma obra desta envergadura está sempre sujeita a críticas e a percalços. 

Se essas críticas forem positivas, são bem-vindas. 

Agora, se forem destrutivas, não tem importância nenhuma – o que importa é o resultado final e esse vai ser óptimo.


Nuno Neves




sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Enterrar a linha férrea para voltar a unir Espinho




Enterrar a linha férrea para voltar a unir Espinho





As obras de enterramento da linha férrea já estão a transformar a cidade de Espinho.




Empreitada reclamada há décadas, só muito recentemente obteve verbas da Administração Central para avançar no terreno.

 Para o próximo ano, o PIDDAC destina-lhe mais de 43 milhões de euros. 

A obra de maior impacto passa pela construção de um túnel com 110 metros por onde passarão a circular os comboios, libertando a superfície para a implantação de uma avenida vocacionada para o lazer.

 O projecto inclui, ainda, a construção de uma nova estação (em frente ao Centro Comercial Palmeiras), novos espaços de estacionamento e a implantação de zonas verdes.

 No total, a obra que, acreditam os responsáveis autárquicos, irá acabar com a divisão da cidade custa cerca de 60 milhões de euros. 

Um terço dessa verba é da responsabilidade da Câmara de Espinho.











domingo, 15 de outubro de 2006

Enterramento da linha de Espinho é "vital"


Enterramento da linha de Espinho é "vital"



Enterramento da linha férrea termina em 2007. Câmara e população destacam importância da obra.



44.5 milhões de euros é a verba total que o PIDDAC 2006 disponibiliza para o concelho de Espinho, o mais pequeno da Área Metropolitana do Porto.

 A obra de enterramento da Linha do Norte na cidade da Costa Verde reclama quase a totalidade das verbas destinadas pelo PIDDAC a este concelho.

A obra, há muito desejada pela cidade, arrancou a sério a meio de 2004 e prevê-se que termine em 2007, como afirmou o antigo presidente do Conselho de Direcção da REFER, José Sobral, numa entrevista ao “Jornal de Notícias” em Março do ano passado.


Desejo antigo

A localização da linha férrea na cidade foi sempre posta em causa. 

A linha dos caminhos de ferro foi criada em 1870, quando Espinho era ainda uma vila. 

Ao contrário do que é normal, a linha dos comboios não se encontra na periferia, mas corta a direito a cidade, dividindo-a.

Apesar dos insistentes apelos de muitos habitantes de Espinho, só em 2004 surgiu algo de concreto para o enterramento da linha.


Críticas à obra


Apesar do consenso em torno do impacto regenerador que vai ter para o concelho de Espinho, há espinhenses que lamentam a falta de informação sobre o real traçado do enterramento. 

Um dos grupos que mais queixas tem apresentado sobre o processo da obra é o Movimento Pró-Enterramento da Linha Férrea na Marinha de Silvalde (MOPELIM) que reivindica o aumento da extensão do túnel a sul da cidade de Espinho. 

Segundo o actual traçado, o túnel termina poucos metros antes do bairro da Marinha.

José Mota, presidente da Câmara de Espinho há 12 anos, afirma que o enterramento é “vital para a cidade. 

Consciente das dificuldades que as obras causam no dia-a-dia dos cidadãos, José Mota assume que os inconvenientes são um mal necessário, quando comparado com a importância que o enterramento da linha férrea vai significar para o concelho e “mesmo para a região”. 

O edil de Espinho desvaloriza ainda as críticas, classificando-as de “pouco importantes”.


Obra vai impulsionar concelho


No entanto, a obra prossegue porque mesmo os habitantes do bairro da Marinha de Silvalde têm consciência da sua importância para um concelho que perdeu grande parte da força que tinha no início do último século.

Concelhos como Santa Maria da Feira, Ovar e Gaia tiveram um crescimento superior a todos os níveis, enquanto Espinho caía no marasmo. 

O director do jornal “Defesa de Espinho”, Lúcio Alberto, considera que o enterramento da linha vai impulsionar um concelho que não tem nem agricultura nem indústria e pode apenas apostar no turismo.

Os próprios espinhenses e os utentes da Linha do Norte concordam que, apesar do sacrifício das constantes mudanças de lugar da paragem dos comboios, o resultado final vai ser muito positivo.

Nuno Neves




quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Mostra no Multimeios sobre o 5 de Outubro

Mostra no Multimeios sobre o 5 de Outubro





Mostra no Multimeios sobre o 5 de Outubro


Está patente na galeria do Centro Multimeios de Espinho, a partir de hoje e até 1 de Novembro, a exposição "5 de Outubro de 1910".

A mostra, que reúne várias dezenas de imagens e documentos sobre a Implantação da República, foi produzida pela Fundação Mário Soares e pretende ser "um retrato breve, mas rigoroso, dos homens e das organizações que realizaram a ideia republicana "O único herdeiro do trono é o povo".

Com o objectivo de divulgação de fontes sobre aquele acontecimento histórico, irá ser elaborado um CD-ROM, a abertura à consulta de numerosa documentação inédita de Afonso Costa e de Bernardino Machado e ainda a edição de um livro sobre "A Maçonaria e a Implantação da República".

As várias iniciativas são obra conjunta da Fundação Mário Soares e do Museu Maçónico Português / Grande Oriente Lusitano.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Igreja de Silvalde demorou 100 anos a ser concluída


Igreja de Silvalde demorou 100 anos a ser concluída
fernando oliveira

Bispo do Porto (ao centro) abençoou a inauguração oficial da igreja reclamada há decadas pela população


Natacha Palma

Ao fim de 100 anos, a igreja de S. Tiago de Silvalde, no concelho de Espinho, está, finalmente concluída. Depois de um século de espera e graças à generosidade de muitos, a população de Silvalde foi ontem testemunha de uma celebração litúrgica muito especial, que contou com a bênção e a presença de D. Armindo Lopes Coelho, bispo do Porto. O chamamento, esse, foi feito através do som dos sinos, não só de uma, mas de duas torres sineiras.

É que, há 100 anos, quando a igreja foi construída, o dinheiro não chegou para erigir senão uma torre sineira. E há cerca de 40 anos, quando foi possível reunir a verba necessária, grande parte da população preferiu ver nascer um salão paroquial, concluído já no tempo do actual pároco Manuel António.

Foi graças ao abade, conta Maria da Conceição Leite, que a obra foi possível.

"Ele não é pessoa de pedir, mas não foge com o corpo ao trabalho. As pessoas que puderam, ajudaram com dinheiro, mas era ele que andava lá no alto a verificar se a obra estava ou não a ser bem feita", conta aquela paroquiana, confessando que, por mais do que uma vez, teve o coração nas mãos, temendo uma queda grave.

"Ele é muito activo, mas já tem quase 70 anos", fez notar. "Nunca antes tivemos um padre tão bom, amigo dos pobres e dos velhinhos", salientou outra paroquiana.

Linhas modernas

A par da torre, a igreja sofreu outras obras, nomeadamente a construção de um novo baptistério e de uma nova ala sul, onde agora se encontra a sacristia e uma sala onde estão expostas fotografias de algumas das figuras do passado ligadas à paróquia e à construção da centenária igreja.

O baptistério, esse, acaba por ser o que mais atenções atrai, pelas suas linhas modernas. O espaço, onde se destaca a pia baptismal, essa de traços mais clássicos, é todo revestido a mármore.

Por trás da pia, brota de um rasgo na parede um leito de água que percorre calhas esculpidas no chão.

Ao longo da liturgia, os cânticos e as palavras são ouvidas ao som de água a correr, como se fosse um rio que por ali passasse.

"Foi uma obra muito bem feita. Valeu a pena esperar. Acho que toda a população de Silvalde só pode estar orgulhosa", afirmou, por seu lado, João Maia, da comissão fabriqueira.
"Sois uma povoação antiga"

D. Armindo Lopes Coelho Bispo do Porto

"Hoje venho a esta vossa paróquia para dar início a uma nova fase da vossa história de comunidade", afirmou o bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, que não deixou, ainda, de lembrar que "a História diz que sois uma povoação muito antiga, que se criou e desenvolveu em tempos imemoriais".

Uma paróquia anterior ao século XIII e que até teve um importante papel de evangelização

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Última fosforeira do país encerra portas no dia 30



Última fosforeira do país encerra portas no dia 30


Trabalhadores receberam notícia com tristeza, mas também com contentamento por os seus direitos legais estarem salvaguardados


Natacha Palma, Manuel Azevedo

A Fosforeira Portuguesa, a única empresa a produzir fósforos no nosso país, com fábrica em Espinho, vai fechar no próximo dia 30, ao fim de 80 anos, deixando 39 pessoas no desemprego. Isso mesmo foi comunicado formalmente à Comissão de Trabalhadores e a representantes do Sinorquifa - Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Norte, pela Administração da firma, numa reunião realizada na passada segunda-feira, na sede, em Lisboa. A falta de rentabilidade do negócio e os constrangimentos e regras de mercado considerados irreversíveis foram as razões invocadas.

A notícia foi recebida pelos trabalhadores com um misto de tristeza e contentamento.

"Tristeza, porque temos pena de deixar de trabalhar com esta Administração e contentamento por o negócio que o director da fábrica, Jaime Teixeira Pinto, pretendia levar a cabo e que implicava usar na compra de outras instalações o valor das indemnizações a que teríamos direito, ter ido por água abaixo", comentou Alexandre Silva, da Comissão de Trabalhadores.

Segundo Alexandre Silva, os direitos legais dos trabalhadores da Fosforeira Portuguesa estão agora perfeitamente salvaguardados.

Ainda assim, a Administração da empresa, que pertence ao grupo espanhol Fierro, tem em cima da mesa a proposta de Jaime Teixeira Pinto, que pretende continuar com a firma embora instalada noutro local, e a de dois trabalhadores da Fosforeira que se propõem adquirir aquela unidade industrial.

Alexandre Silva é de opinião que uma das duas propostas virá a ser aceite, o que poderá significar que a produção de fósforos em Portugal possa ainda ver uma luz ao fundo do túnel.

Quantos aos trabalhadores, para já, estarão desempregados, mas, se uma das tais propostas for para a frente, poderão ainda regressar ao trabalho, embora sob as ordens de uma outra Administração que não esta.

E, claro está, noutro local, já que os três quarteirões onde estão situadas as instalações da Fosforeira, no centro de Espinho, muito valiosos em termos imobiliários, terão, com certeza, um destino bem diferente daquele que viveu durante 80 anos

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Moda infantil vai animar a Rua 23

Moda infantil vai animar a Rua 23


Depois de amanhã, a Rua 23, da cidade Espinho, vai servir de palco a um desfile de moda infantil.O evento em causa é organizado pela loja "Caramello" e insere-se na inauguração do seu novo espaço comercial em Espinho.

A artéria da cidade vai acolher modelos e espectadores. Os recentes manequins vão apresentar a nova colecção Outono/Inverno de várias marcas, todas elas à venda na "Caramello".

Roberto Cavalli, Miss Sixty, Energie, Diesel, Replay, Moschino, Killah, Elle, Guess, Grant, Gant, John Richmond, Parrot, Mona Lisa, Donna Karan e Dolce & Gabanna são alguns dos nomes das marcas e estilistas que apresentam as suas colecções neste desfile.

A "Caramello", além do desfile, vai também proporcionar um momento bastante diferente, sendo este também protagonizado pelos mais novos. Os presentes na festa de inauguração da loja poderão ainda assistir a um pequeno espectáculo de ballet

quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Aeródromo sem culpa no incidente


Fotos Direitos Reservados

Aeródromo sem culpa no incidente Jorge Pinhal, presidente do Aeroclube da Costa Verde, concessionário do Aeródromo de Paramos, em Espinho, argumenta que não se podem retirar ilações sobre a segurança a propósito do incidente ocorrido na tarde de segunda-feira passada, que envolveu um ultraleve obrigado a aterrar fora da pista devido a uma avaria. 

O dirigente explica que, mesmo que a pista estivesse vedada, o que ainda não acontece, a aterragem forçada, neste caso, no areal da praia ali próxima, aconteceria da mesma forma. 

 "O incidente nada teve a ver com o aeródromo.

 Podia ter acontecido em qualquer lugar, já que se tratou de uma avaria no aparelho. 

O que se pode dizer acerca do assunto é que ninguém ficou ferido, e isso é que é o mais importante. 

Aliás, nem sequer o aparelho ficou danificado", esclareceu. 

 A aterragem forçada do ultraleve, a bordo do qual viajavam dois pilotos, um dos quais instrutor, ocorreu cerca das 15.30 horas, no areal da praia de Paramos, perante a surpresa geral dos banhistas e veraneantes.

 Segundo uma testemunha do incidente, Paulo Soares, o ultraleve foi depois rebocado por um tractor até ao aeródromo, numa operação que terá demorado mais de uma hora. 

 Outras testemunhas ouvidas pelo JN relataram que o "reboque" do ultraleve pela estrada junto ao quartel do Regimento de Engenharia n.º 3 causou algum transtorno aos automobilistas que ali circulavam e que não se coibiram em proferir insultos e até ameaças verbais. 

 Actualmente, a pista do Aeródromo de Paramos está reduzida a apenas 250 metros, isto depois de ter estado quase um ano interdita após o acidente entre um avião e um automóvel que circulava na estrada que atravessa a pista e que provocou a morte do piloto e do automobilista. 

 A tal pista de 250 metros, para uso exclusivo de utraleves, foi aberta recentemente, com o acordo do INAC


FONTE JN

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Fiscalização invade feira e apreende 400 mil euros

Fotos Direitos Reservados




Fiscalização invade feira e apreende 400 mil euros.

    Agentes do corpo de intervenção vedaram o acesso ao recinto e garantiram segurança da operação Hugo Silva, J. Paulo Coutinho Fiscalização invade feira e apreende 400 mil euros  dez carrinhas do Corpo de Intervenção da PSP chegaram à Avenida 24 quando faltavam poucos minutos para o meio-dia. 

Ainda a multidão se perguntava o que se passava e já os agentes - a maioria com gorro na cara e armada de metralhadora - entravam, em passo de corrida, no recinto da feira semanal de Espinho.

 Logo atrás, as 70 brigadas da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

 No total, mais de 265 elementos. 

 Durante cerca de duas horas o espaço onde se concentram os vendedores de etnia cigana foi vedado, possibilitando uma mega-operação de fiscalização. 

Resultado foi apreendido material no valor de 400 mil euros a 100 operadores, 50 dos quais foram identificados e deverão ser constituídos arguidos no âmbito dos inquéritos criminais relativos aos ilícitos de contrafacção e usurpação.

 Roupa, calçado, perfumes, relógios, óculos, material audiovisual e marroquinaria diversa seguiram nas carrinhas da ASAE. 

Muitas bancas ficaram completamente vazias. 

A revolta tomou conta dos comerciantes, mesmo dos que não viram qualquer peça apreendida. 

"Por uns pagam os outros. 

Quem não vende contrafeito também sofre. 

Impedem os clientes de entrar e, assim, prejudicam os inocentes", criticou um vendedor. 

"Por que é que não fazem isto logo à entrada da feira, quando as pessoas descarregam?"

Questionou. 

 "Tem algum jeito fazer isto em Agosto, nas férias, com tanta gente, incluindo crianças, na feira?

 Fizessem a fiscalização lá fora! 

E só vêm aos ciganos? 

No outro lado da feira também vendem marcas [material falsificado]. 

Isto é discriminação", indignou-se, também, Hélder Lúcio, que desesperava por ver os clientes impedidos de aceder ao espaço onde tinha a banca. 

 "Era escusado. 

É muita polícia para uma feira só. 

Andam aqui muitas crianças, que ficam assustadas. 

E as pessoas que vêm comprar pensam que é outra coisa e até fogem", lamentou outra vendedora, queixando-se, ainda, do facto de não poder ir almoçar. 

"Deixam-nos sair daqui, mas depois não nos deixam entrar", explicou. 

 Entre palavras de indignação dos vendedores, os inspectores da ASAE confiscaram tudo o que era material falsificado ou do qual os feirantes não apresentavam a respectiva factura.

 Numa carrinha estacionada no interior do recinto, junto a uma das bancas de venda, foi encontrado um estojo recheado de relógios alegadamente "topo de gama".

 A Polícia encontrou, ainda, um veículo ligeiro de mercadorias que constava para apreender, por ordem judicial. A confusão que entretanto se instalou naquela parte da feira semanal de Espinho não impediu, contudo, que o negócio prosseguisse.

 Se houve clientes que se assustaram com o aparato policial, muitos continuaram a fazer as compras sem grandes preocupações. 

 Nem os inspectores afastam interessados .

Nem com a banca a ser esvaziada pela ASAE as pessoas se apercebiam que a hora não era a mais indicada para transacções comerciai s vasculhavam entre o material e tentavam saber o preço para comprar. 

E uma mulher chegou mesmo a tentar ver se nos sacos das apreensões havia alguma coisa em conta...

 Miúdos aproveitam a oportunidade .

Com a confusão que se instalou junto das bancas, alguns miúdos vislumbraram uma oportunidade para lucrar alguma coisa e deitaram a mão a algumas peças de roupa.

 Um deles envergava quatro camisolas, umas por cima das outras. 

A "esperteza" era traída pelo tamanho - pareciam vestidos - e pelas etiquetas à mostra... 

 Material apreendido deverá ser destruído Segundo a PSP, o material apreendido deverá ser declarado perdido a favor do Estado e, posteriormente, destruído.

domingo, 27 de agosto de 2006

Enterramento da linha de Espinho é "vital"

 
Enterramento da linha de Espinho é "vital"


Enterramento da linha férrea termina em 2007


Câmara e população destacam importância da obra.

44.5 milhões de euros é a verba total que o PIDDAC 2006 disponibiliza para o concelho de Espinho, o mais pequeno da Área Metropolitana do Porto. A obra de enterramento da Linha do Norte na cidade da Costa Verde reclama quase a totalidade das verbas destinadas pelo PIDDAC a este concelho.

A obra, há muito desejada pela cidade, arrancou a sério a meio de 2004 e prevê-se que termine em 2007, como afirmou o antigo presidente do Conselho de Direcção da REFER, José Sobral, numa entrevista ao “Jornal de Notícias” em Março do ano passado.


Desejo antigo


A localização da linha férrea na cidade foi sempre posta em causa. 

A linha dos caminhos de ferro foi criada em 1870, quando Espinho era ainda uma vila. Ao contrário do que é normal, a linha dos comboios não se encontra na periferia, mas corta a direito a cidade, dividindo-a.

Apesar dos insistentes apelos de muitos habitantes de Espinho, só em 2004 surgiu algo de concreto para o enterramento da linha.


Críticas à obra


Apesar do consenso em torno do impacto regenerador que vai ter para o concelho de Espinho, há espinhenses que lamentam a falta de informação sobre o real traçado do enterramento.

 Um dos grupos que mais queixas tem apresentado sobre o processo da obra é o Movimento Pró-Enterramento da Linha Férrea na Marinha de Silvalde (MOPELIM) que reivindica o aumento da extensão do túnel a sul da cidade de Espinho. 

Segundo o actual traçado, o túnel termina poucos metros antes do bairro da Marinha.


Críticas à obra


Apesar do consenso em torno do impacto regenerador que vai ter para o concelho de Espinho, há espinhenses que lamentam a falta de informação sobre o real traçado do enterramento. 

Um dos grupos que mais queixas tem apresentado sobre o processo da obra é o Movimento Pró-Enterramento da Linha Férrea na Marinha de Silvalde (MOPELIM) que reivindica o aumento da extensão do túnel a sul da cidade de Espinho. 

Segundo o actual traçado, o túnel termina poucos metros antes do bairro da Marinha.


Obra vai impulsionar concelho


No entanto, a obra prossegue porque mesmo os habitantes do bairro da Marinha de Silvalde têm consciência da sua importância para um concelho que perdeu grande parte da força que tinha no início do último século.

Concelhos como Santa Maria da Feira, Ovar e Gaia tiveram um crescimento superior a todos os níveis, enquanto Espinho caía no marasmo. O director do jornal “Defesa de Espinho”, Lúcio Alberto, considera que o enterramento da linha vai impulsionar um concelho que não tem nem agricultura nem indústria e pode apenas apostar no turismo.

Os próprios espinhenses e os utentes da Linha do Norte concordam que, apesar do sacrifício das constantes mudanças de lugar da paragem dos comboios, o resultado final vai ser muito positivo.


Nuno Neves




quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Rebaixamento da linha férrea deve ficar concluído em 2008

Fotos Direitos Reservados


Rebaixamento da linha férrea deve ficar concluído em 2008

 Manuel Azevedo Hidrofresa permitiu um novo dinamismo na empreitada, que passará a ter um turno de trabalho nocturno .

A obra de rebaixamento da linha férrea em Espinho está a ganhar forma.

 Construídas as paredes da rampa norte de acesso ao túnel, a vala já está a ser escavada, começando a aproximar- -se daquela que vai ser a entrada do túnel propriamente dito. 

 Além dessa, estão em curso mais três frentes de obra. 

Concluída a parede poente da rampa sul, prossegue a construção da parede nascente, isto enquanto estão já a ser construídas as paredes do futuro túnel.


 Entretanto, decorrem os trabalhos de reposição de infraestruturas de serviços afectados, tais como as redes de saneamento e de águas pluviais e a rede telefónica.

 Para já, os trabalhos decorrem entre as 8 e as 19 horas, mas a partir de Setembro o ritmo da obra irá acelerar com a criação de um segundo turno que irá laborar entre as 20 e as 4 horas da manhã. 

 Máquina veio da Alemanha. 

 No entanto, se tudo tivesse corrido conforme o previsto, a obra de rebaixamento da linha deveria já estar concluída. 

 No início de 2004, altura em que os trabalhos no terreno principiaram, calculava-se um prazo de execução de 30 meses, prazo esse que teria finalizado no passado mês de Junho. 

Actualmente, o prazo de execução previsto aponta o final da obra para o segundo trimestre de 2008.

 Como é sabido, nem tudo correu bem. 

Entre outras condicionantes, nomeadamente a realização do Euro 2004, a obra sofreu um grande atraso depois de a máquina usada para escavar as valas onde irão ficar as paredes do túnel ter-se revelado incapaz de cortar a rocha existente no subsolo. 

 Após um imbróglio que durou vários meses entre a REFER, dona da obra, e o empreiteiro, chegou-se a consenso e foi encontrada uma solução a importação de uma máquina, uma hidrofresa, vinda da Alemanha, que entrou em campo no início de Julho passado. 

 Diferente da tuneladora Muito diferente de uma tuneladora que constrói túneis a grandes profundidades, ou seja, em obras subterrâneas, a hidrofresa é usada em construções a céu aberto como é o caso do túnel de Espinho e como o foi também na construção da estação de metro do Lumiar, em Lisboa. 

 De uma forma geral, a hidrofresa entra em acção depois de a chamada máquina com balde de maxilas ter retirado terras e areias e ter chegado à rocha sem conseguir parti-la.

 Dotada de rodas dentadas, a hidrofresa corta a rocha, fragmentando-a e transportando-a por meio de tubagens para um crivo. 

À medida que a rocha vai saindo, a máquina vai preenchendo o vazio com bentonite, uma espécie de lama de composição argilosa, que irá impedir o deslizamento das terras. 

 Construída a grelha de aço que irá ficar no interior de cada painel dos cerca de 700 que compõem as paredes, é introduzida na vala, seguindo-se a injecção de betão. 

Ao mesmo tempo que o betão é injectado, a bentonite, menos densa que o betão, num fenómeno idêntico ao do azeite e da água, vem ao de cima e vai sendo aspirada para fora da vala para ser depois reutilizada. 

E o painel fica concluído. 

 Alemães dão assistência Fornecida pela empresa "Bauer", a hidrofresa teve um período de experimentação de cerca de 15 dias, estando agora a funcionar praticamente em pleno. 

A empresa continua, no entanto, a garantir assistência e manutenção por parte de técnicos alemães especializados.

 Com a máquina foi ainda fornecido um crivo, que separa os fragmentos de terra e rocha por dimensões, e ainda os silos para a bentonite. 

 Leito da ribeira rebaixado .

De sul para norte, a intervenção da REFER começa junto do apeadeiro de Silvalde. 

A linha começa a descer um pouco a sul da ribeira de Silvalde, cujo leito será rebaixado, até à entrada do túnel, na Rua 37. 

O túnel prolonga-se por cerca de 950 metros, terminando junto da Rua 13.

 A linha volta a subir até junto do restaurante Cabana. Linha desviada Tanto a sul, como a norte, a linha de caminho-de-ferro vai ser desviada para poente.

 A norte, o desvio é mais significativo, indo passar a meio do campo de futebol do Rio Largo

sábado, 19 de agosto de 2006

Casa era estufa para canabis





















Casa era estufa para canabis 



 Cerca de 180 plantas de cannabis que se encontravam num apartamento que foi trans formado numa estufa, na cidade de Espinho, foram apreendidas, na tarde de ontem, pelas brigadas de Investigação Criminal da PSP daquela cidade. 


No âmbito da operação foram ainda identificadas quatro pessoas que se encontram a monte. 

 O primeiro andar do apartamento alugado, situado na Rua 15, por cima de um conhecido café da cidade e junto à estação de comboios, acabaria por surpreender os agentes que, ao entrarem no espaço, foram confrontados com um complexo sistema de produção de cannabis.

 As plantas eram produzidas desde a semente até à fase adulta para posterior venda. 

Uma pequena arrecadação estava adaptada como uma primeira estufa, onde se promovia o crescimento da planta, depois de plantada a semente que, segundo os pacotes de origem, eram provenientes da Holanda. 

 Numa casa de banho e num quarto do apartamento encontrava-se em funcionamento uma outra estufa destinada ao desenvolvimento das plantas mais adultas. 

Havia um sistema de canalização interligado que, com o auxílio de vários relógios programáveis e fortes lâmpadas de aquecimento, determinava a temperatura ambiente e até o sistema de rega de gota a gota. 

 As paredes dos espaços utilizados estavam forradas com uma tela fina metálica, própria para manter a temperatura.

 Também o terraço continha vários vasos de cannabis, protegidos para não serem vistos do exterior. 

 A PSP identificou três homens e uma mulher com idades compreendidas entre os 25 e os 35 anos. 

Os homens estão desempregados e a mulher auxiliar da acção educativa. 

Foram encontradas várias passagens de avião para países estrangeiros assim como dinheiro de outros países.

 Foram apreendidos 183 pés/vasos da referida planta, livros e revistas sobre cultivo ,passaportes, bilhetes de viagens, pequenas quantidades de cogumelos alucinogénios e telemóveis

FONTE JN

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Rebaixamento da linha-férrea 14-08-2006



Linha do Norte vai atravessar Espinho em túnel


A Linha do Norte vai ser reformulada na zona de Espinho, passando a atravessar a cidade em túnel, numa obra de 50 milhões de euros que estará concluída dentro de três anos.

Assinado hoje entre a REFER - Rede Ferroviária Nacional, e a Câmara de Espinho, o contrato para a obra obriga a autarquia a comparticipar em 40 por cento dos custos, disse à Lusa o presidente da autarquia, José Mota.

Por seu turno, o porta-voz da REFER, Rui Reis, disse que a obra a executar respeita, "grosso modo", um projecto similar que deveria ter arrancado em 1999, mas que entretanto foi protelado.

José Mota confirmou "pequenas alterações" ao projecto de 1999, frisando que negociações desenvolvidas entre a Câmara de Espinho e a REFER permitiram "salvaguardar" o respeito por algumas exigências da autarquia, nomeadamente o não desvirtuamento dos planos de desenvolvimento da cidade, consagrados no Plano Director Municipal, agora em revisão.

"Embora se trate de um processo em andamento, não deixo de respirar de alívio", comentou José Mota.

No princípio deste ano, a Refer escreveu à Câmara de Espinho equacionando um eventual abandono do projecto para o enterramento da Linha no Norte no perímetro daquela cidade.

Mais tarde, a 11 de Fevereiro, as partes reuniram-se em Lisboa e a rede ferroviária nacional aceitou retomar o projecto, procedendo apenas a alterações decorrentes do abandono do propósito da quadruplicação da ferrovia.

Nesse encontro, a autarquia e a administração da Refer decidiram mesmo constituir dois grupos de trabalho mistos (um do foro técnico e outro do foro técnico-financeiro) para reformular algumas cláusulas do protocolo assinado entre as partes em Maio de 1999.

O projecto para enterramento da Linha do Norte prevê a substituição da estação de Espinho e um novo interface de apoio à Linha do Vouga (ligação Espinho-Sernada).

Prevê ainda a construção de uma alameda por cima do túnel, com 1,1 quilómetros de extensão, zonas verdes e pedonais, bem como estacionamentos para automóveis e autocarros.

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Arte da vida rural no Multimeios

Fotos Direitos Reservados


Arte da vida rural no Multimeios 



Exposição vai estar patente até ao próximo dia 3, em Espinho .


Numa altura em que se celebram os 80 anos do alargamento do concelho de Espinho, com a integração das freguesias de Anta, Guetim, Silvalde e Paramos, a Câmara Municipal quis dar a conhecer a real imagem do concelho, imagem essa que não se confina ao seu centro urbano de vocação turística.

Numa exposição denominada.

 "A vida rural no concelho de Espinho", já patente no Centro Multimeios, é dada a oportunidade de se conhecer as características rurais das ditas freguesias, características que, em certa medida, ainda prevalecem.

Fruto de um intenso trabalho de recolha por parte do Gabinete de História do Departamento de Dinamização Sócio-Cultural da Câmara e dos estudos etnográficos levados a cabo, ao longo de vários anos, pelos quatro grupos folclóricos do concelho, a exposição dá a conhecer as várias facetas da produção agrícola, na sua grande parte para consumo doméstico, sendo a parte sobrante vendida na feira semanal.

Destinada sobretudo a um público mais jovem e citadino, dada a sua vocação didáctica, a exposição dá a conhecer os ciclos do milho, cereal dominante na região; do linho; da lã e do sisal; da matança do porco, do leite e ainda da tanoaria, arte ligada à produção do vinho.

Apesar de a exposição integrar uma série de instrumentos agrícolas e outros de uso tradicional, a mostra socorre-se sobretudo de vários painéis informativos, onde predomina o texto, única forma encontrada, segundo Armando Bouçon, coordenador da exposição, de se dar a conhecer da forma mais profunda possível aquelas artes. 

Exposição nas escolas.

Com uma constante contextualização histórica, a exposição serve, ainda, para demonstrar que a produção continua viva no concelho e, em certos casos, floresce, como é o caso da moderna vacaria de Joaquim Alves da Rocha e da tanoaria de Semião Gomes Pinto e Filhos Lda, considerada uma das melhores do país.

A exposição contou com o resultado dos estudos etnográficos dos quatro grupos folclóricos do concelho Grupo Cultural e Recreativo Semente (Anta), 

Rancho Folclórico Nossa Senhora dos Altos Céus (Anta),

 Rancho Regional Recordar é Viver (Paramos) e 

Rancho Folclórico São Tiago de Silvalde. 

Segundo.

 Armando Bouçon, e atendendo à vocação didáctica da exposição, a mostra deverá percorrer as diversas escolas do concelho a partir do início do próximo ano lectivo.

Para já, a mostra irá continuar patente no Centro Multimeios até ao próximo dia 3. 

O Multimeios está aberto de terça-feira a domingo