sexta-feira, 30 de junho de 2006

Obras de enterramento da linha férrea em Espinho retomadas em Julho


Obras de enterramento da linha férrea em Espinho retomadas em Julho


A tão esperada máquina que irá fazer as perfurações no subsolo de Espinho, de forma a permitir o enterramento da linha férrea na parte central da cidade, já tem data de chegada. 

O equipamento chegará hoje ao porto de Setúbal, vindo da Alemanha, e será, de imediato, transportado por via rodoviária para Espinho. 

As obras no subsolo serão então retomadas mal a máquina esteja montada e pronta a entrar em funcionamento, o que, segundo o porta-voz da Rede Ferroviária Nacional (Refer), Rui Reis, deverá acontecer, o mais tardar, no início de Julho.

Enquanto isso, as obras à superfície continuam no terreno.

 A ausência de uma máquina capaz de fazer as necessárias mexidas no subsolo rochoso, detectado na área de intervenção, chegou a criar um mal-estar entre a Refer e o consórcio luso-espanhol, responsável pela execução da empreitada. 

Um processo que entretanto foi resolvido, após um período negocial, decidindo-se "importar" o equipamento que se encarregará de abrir caminho no duro subsolo.

 De forma a recuperar tempo perdido, a Refer decidiu criar dois turnos diários de trabalho, prevendo-se que a máquina esteja no terreno durante dez meses consecutivos, isto é, até Abril do próximo ano.

 Uma situação que mexe com os prazos inicialmente previstos para a conclusão da obra de enterramento da via-férrea em Espinho.

 A empreitada deverá terminar no primeiro semestre de 2008, e não no primeiro trimestre de 2007, como se chegou a apontar. 

Esta obra representa um investimento total de cerca de 60 milhões de euros. 

A Câmara de Espinho comparticipa com um montante de 20 milhões.























segunda-feira, 26 de junho de 2006

Estátuas Vivas






Estátua viva ou estátua humana é uma performance artística em locais públicos de um artista de rua, imitando uma estátua com movimentos estáticos.

 Pausas sem movimento, controle sobre o corpo e técnicas e mímicas podem prender a atenção dos espectadores.

Os primeiros relatos de estátua viva chegam-nos do antigo teatro grego, onde em determinadas situações os actores faziam poses imitativas de estátuas. 

Na renascença apareceram representações de grupos em imobilidade querendo mostrar quadros vivos.

 No final do século XIX, as esposas dos artistas de circo costumavam receber o público também com recriações de esculturas ou pinturas famosas. 

Nos anos 20 aparecem relatos na dança da quietude física enquanto arte (Olga Desmond) e nos anos 60, Gilbert and George utilizam também as técnicas da estátua viva nas suas performances. 

Em 1987, António Santos aka Staticman começa as suas criações de estátuas vivas na rua (Rambla,

 Barcelona) e em 1988 bate o record guinness de imobilidade (15h, 2min, 55 seg), com as suas apresentações pela Europa vai ganhando seguidores e hoje as estátuas vivas são presença em muitas das ruas das cidades deste nosso mundo. 

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Peixeira de Espinho





As vareiras de Espinho, tal como as de todo o país, apregoam, pelas ruas da cidade e freguesias, peixe pescado pelos seus homens na companha.

É típico e vulgar vê-las andar descalças e de canastra à cabeça, rua abaixo rua acima, apregoando....


Alguns dos pregões mais utilizados pelas vareiras:

  • Peixinho fresquinho...É do nosso mar...
  • Venha ver freguesa...
  • É carapau...É vivinho a saltar...
  • É do nosso mari...
  • Carapau vivo...
  • É do nosso mari...É d’Espinho viva...
  • Ó que rica sardinha!...
  • É grande com cabala!...
  • Chicharro vivo!...
  • Ó que rico biqueirão!...
  • Sardinha viva do nosso mari!...
  • Ó que ricos linguados!...
  • Ó rica santa, não me compra nada?...

Os Correios Espinho

Fotos Direitos Reservados

Rua 23

domingo, 18 de junho de 2006

Praia de Silvalde


























Praia de Silvalde




Situada a sul de Espinho, e na continuação do seu areal, a Praia de Silvalde está junto à povoação do mesmo nome, uma freguesia de origens antigas em que os habitantes se dedicavam tradicionalmente à agricultura e à pesca.

O seu espaçoso areal é banhado por uma ondulação marítima excelente para o surf e é frequentado por muitos banhistas, que aqui encontram mais tranquilidade do que na vizinha Praia de Espinho.



quinta-feira, 15 de junho de 2006

Estátuas vivas pela paz 2006


Parados em nome . da paz

O X Encontro de "Estátuas Vivas"

- Esta Tua é uma organização da Câmara Municipal de Espinho que visa incentivar, divulgar e dignificar a criação artística nas artes performativas, estando maeado para a tarde de dia 25 de Junho; espalhando-se as estátuas, como já vem sendo habitual, pelo Largo Dr. José Salvador e o Parque João de Deus, das 15.30 às 18 horas.

O tema deste décimo encontro é a Paz, entendida no seu sentido mais amplo. Este tema não é obrigatório mas a organização do encontro gostaria   que fosse inspirador na construção das "estátuas" de modo a  que "os participantes tornassem mais evidente o apreço, daqueles que se dedicam à imobilidade expressiva, pela tranquilidade, pelo respeito por todas as formas de vida, pela Paz".

No X Encontro de "Estátuas Vivas" podem participar todos os interessados, individualmente ou em grupo, desde que maiores de 14 anos e previamente inscritos.

Excepcionalmente e de modo a comemorar os dez anos do encontro; este ano poderão paticipar cem concorrentes, em estátuas individuais ou colectivas












domingo, 11 de junho de 2006

Praia de Espinho

Moradores temem que obra da linha férrea de Espinho transforme Bairro da Marinha num gueto



Moradores temem que obra da linha férrea de Espinho transforme Bairro da Marinha num gueto



Movimento defende mais 400 metros de túnel para enterrar a linha férrea. 


Câmara rejeita solução e rebate tese de isolamento

Há um ano, os moradores do Bairro da Marinha, freguesia de Silvalde, Espinho, manifestavam o seu descontentamento pelo início das obras de enterramento da linha férrea. 


Os habitantes estavam insatisfeitos com a colocação dos taipais. 

Um ano depois, a crítica sobe de tom e vem acompanhada do receio do isolamento a que o projecto poderá condenar o aglomerado habitacional. 

Na impossibilidade de ver vingar uma proposta alternativa para o túnel, a população teme que o bairro possa vir a transformar-se num gueto. 

O Movimento Pró Enterramento da Linha Férrea na Marinha de Silvalde (Mopelim), criado na altura do protesto, não tem dúvidas. Samuel Pereira, um dos elementos do grupo, refere que a anunciada construção de um muro, com uma altura de 1,5 metros de betão mais três de protecção acrílica, vai isolar o bairro e prejudicar cerca de cinco mil habitantes.

 "Com o muro a nascente e o mar a poente, um muro a sul do clube de golfe e a fundação de arte e cultura a norte, ficaremos emparedados", refere. 

"O Bairro da Marinha ficará isolado, ficaremos "guetizados"", reforça.

Perante o cenário, o responsável antevê desde já um futuro cinzento.

 "O comércio desaparecerá daqui, os cafés, supermercados, restaurantes. 

O turismo também. Deixaremos de ter acesso ao centro da freguesia, à igreja, às escolas. 

Assistiremos a uma desvalorização dos imóveis". 

"Haverá um empobrecimento de toda a zona", garante.

Segundo Samuel Pereira, os comboios passarão na zona do Bairro da Marinha em vala, ou seja, já em descida para entrar no túnel, erguendo-se um muro de cerca de 4,5 metros de altura a separar a linha férrea da comunidade piscatória. 

Uma solução que desagrada ao elemento do Mopelim, que avança uma alternativa. 

"Mais 400 metros de túnel", defende. 

Desta forma, a linha ficaria enterrada na parte que abrange a Marinha e não prejudicaria a população. 

"Não podemos acreditar que, como disse o senhor José Mota [presidente da Câmara de Espinho], o prolongamento do túnel em 400 metros custe mais 125 milhões de euros", aponta.

Entretanto, o Mopelim já ouviu falar na construção de duas passagens inferiores, mas não se mostra convencido. 

"Queremos ver isso no papel",reclama Samuel Pereira. "

A única coisa que queremos é que a zona da Marinha não seja prejudicada em relação à zona urbana de Espinho", destaca.

Conclusão da empreitada prevista para 2007 .

O descontentamento estende-se ainda ao novo figurino da Avenida de João de Deus, paralela à linha férrea.

 "Tinha 12 metros de largura e está com quatro, como irá ficar. 

A avenida deixa de ser uma avenida e passa a ser uma ruela", critica. As perguntas surgem, por conseguinte, em catadupa. 

"Quem autorizou a câmara a "vender" a Avenida de João de Deus à Refer?".

 "A população foi ouvida?". 

"Onde estão os estudos de impacte ambiental?". 

"Onde estão os projectos alternativos?".

O vice-presidente da Câmara de Espinho, Rolando Sousa, adianta que prolongar o enterramento da via férrea em mais 400 metros "poderá ser viável do ponto de vista técnico, mas inviável do ponto de vista financeiro".

 Tudo porque, adianta, "seria necessário fazer um outro projecto", com tudo o que isso implica. 

Além disso, sustenta, o túnel teria de passar por uma linha de água, ou seja, pela ribeira de Silvalde. 

"O que poderia trazer alguns problemas de carácter ambiental", alerta.

O autarca rejeita, contudo, que o Bairro da Marinha fique isolado. 

"Existirão duas passagens inferiores, uma para carros e outra para peões", aduz. E acrescenta: 

"A linha férrea não vai poder ser atravessada em qualquer ponto, como hoje acontece, mas isso iria acontecer com o projecto de supressão das passagens de nível sem guarda".

Segundo as últimas previsões, o enterramento da via férrea em Espinho, que envolve um investimento de cerca de 60 milhões de euros, estará concluído no final de 2007. 

O PÚBLICO tentou, sem sucesso, contactar com o presidente da Câmara de Espinho, José Mota.

FONTE : O PÚBLICO