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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Autárquicas 2025 - Candidatas : Maria Manuel Cruz e Professora Pilar Gomes

 

 Maria Manuel Cruz avança como independente em Espinho para eliminar "velhos hábitos"


 A atual presidente da Câmara de Espinho, que o PS não quis como candidata às próximas eleições autárquicas, confirmou hoje que vai concorrer como independente para romper com "velhos hábitos" da política local e "guerrilha partidária" de bastidores.


Maria Manuel Cruz tomou posse como chefe do Executivo da referida autarquia do distrito de Aveiro e Área Metropolitana do Porto em janeiro de 2023, então como autarca socialista, na sequência da renúncia de Miguel Reis ao cargo após a sua detenção no âmbito do caso policial Vórtex. 

Em fevereiro de 2025, contudo, o PS nacional optou por propor Luís Canelas, número 2 do mesmo executivo, como o cabeça de lista dos socialistas, após o que Maria Manuel Cruz lhe retirou a confiança política e os respetivos pelouros, e se desvinculou da militância no partido.

A candidatura independente da autarca que antes trabalhou 40 anos na escola pública como professora de Física e Química diz-se, por isso, "determinada em afirmar uma nova etapa política no concelho, livre de amarras partidárias e centrada nas pessoas, no território e no futuro de Espinho".

Em nota à Lusa, Maria Manuel Cruz declara que, até aqui, a sua prioridade foi "a reorganização interna da autarquia, o reequilíbrio financeiro e o encerramento de dossiês críticos herdados de gestões anteriores", uma vez que, quando assumiu funções, "a cidade estava à beira do colapso institucional, com serviços paralisados, funcionários sob investigação, processos judiciais em curso e um vazio de liderança que ameaçava a própria funcionalidade da câmara".

"Ninguém estava preparado para o que encontrámos", realça. "Mas segurámos o barco, reorganizámos os serviços, recuperámos a confiança da comunidade e colocámos Espinho novamente no rumo certo (...) enquanto outros optaram pelo ruído e pela guerrilha partidária", acrescenta.

Quanto às avaliações negativas, antecipa-as.  

"A quem critica o estado das estradas, dos passeios ou da limpeza urbana, quero dizer com toda a frontalidade: têm razão. Mas tínhamos de começar pela base e estabilizar a câmara municipal primeiro. Agora, com projetos aprovados, fundos garantidos e obras preparadas, estamos prontos para transformar", explica.

Avançando como independente, porque "Espinho não pode ficar refém de interesses partidários nem de ambições pessoais disfarçadas de projetos coletivos", Maria Manuel Cruz defende que o seu projeto é, por um lado, "uma proposta de rutura com os velhos hábitos da política local" e, por outro, "uma continuação natural do trabalho iniciado, agora com a liberdade de quem responde apenas perante os cidadãos".

A atual presidente da autarquia ainda não começou a recolha das assinaturas necessárias para validar judicialmente a sua candidatura, mas diz contar com "cidadãos de diferentes sensibilidades políticas e sociais, personalidades independentes, técnicos, profissionais e membros da sociedade civil", sendo que desse apoio resultarão listas de candidatos não apenas à câmara, mas também à Assembleia Municipal e àquelas que serão cinco juntas de freguesia após a dissolução em curso da União de Anta e Guetim.

As metas para os quatro anos de governação que terá pela frente em caso de vitória já estão identificadas: são elas "a execução dos projetos financiados e já em curso nas áreas da habitação, saúde, escolas, equipamentos desportivos e culturais, e requalificação urbana; a resolução de problemas do quotidiano que afetam diretamente a qualidade de vida, como a rede viária, limpeza urbana, sinalética e passeios [para peões]; a promoção de políticas de coesão social, juventude, envelhecimento ativo, cultura e identidade local; e a consolidação de uma cultura institucional baseada na transparência, no planeamento e na escuta ativa dos cidadãos".

Além de Maria Manuel Cruz a título independente, outros cabeças de lista já anunciados para as eleições autárquicas previstas para setembro ou outubro no referido concelho de 21,4 quilómetros quadrados e 33.000 habitantes são Pilar Gomes da CDU, Luís Canelas do PS e Ricardo Sousa do PSD.

Depois de indicado pela nacionjal, Luís Canelas foi votado como cabeça de lista pela estrutura local do PS, mas aguarda decisão do conselho de jurisdição nacional do partido quanto à validade burocrática da votação do seu nome. 

Situação idêntica enfrenta também Ricardo Sousa, que, embora proposto para a Câmara pela concelhia do PSD, não teve o apoio da estrutura nacional do partido.


Fonte : Lusa/Fim


Professora Pilar Gomes concorre pela CDU a Espinho e quer mais honestidade


 A cabeça de lista da CDU à Câmara de Espinho é a professora Pilar Gomes, revelou hoje a coligação entre PCP e Partido Ecológico "Os Verdes", defendendo a necessidade de mais "trabalho, honestidade e competência" na vida autárquica do concelho.


Segundo a comissão coordenadora da CDU no referido município do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, a candidata em questão tem 56 anos e é dirigente do SPN - Sindicato dos Professores do Norte.

Além de fazer parte da Comissão Concelhia de Espinho do PCP, Pilar Gomes integra ainda a estrutura alargada da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do mesmo concelho, que abrange um território com 21,4 quilómetros quadrados e cerca de 33.000 habitantes.

"Nunca o lema Trabalho, Honestidade, Competência' foi tão necessário em Espinho, dado o historial dos dois últimos presidentes da câmara, propostos pelo PSD e pelo PS, e o resultado visível na regressão do concelho", declara Pilar Gomes à Lusa, em alusão ao envolvimento dos referidos autarcas na investigação criminal Vórtex.

"A CDU sabe como contrariar a regressão demográfica e o envelhecimento da população de Espinho, promovendo o regresso de muitas famílias expulsas do concelho pela violenta especulação imobiliária e atraindo juventude e população ativa", realça a candidata, identificando como prioridades a "habitação a custos controlados, os postos de trabalho e o ensino superior".

Pilar Gomes assume ainda dois outros compromissos em caso de vitória: por um lado, "reabrir uma Urgência Básica em Espinho e manter e reforçar o Centro e postos de Saúde", assegurando uma assistência de proximidade e "retirando utentes da Urgência de Gaia"; e, por outro, defender os interesses da população local "no próximo concurso para a concessão do Grande Casino de Espinho", de forma a "manter o poder económico numa coordenação de mútuo interesse com o Poder Local democrático".

À Assembleia Municipal, por sua vez, a CDU concorre com o pianista Fausto Neves, que tem carreira como professor universitário e investigador, foi programador da Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura, e criou e dirigiu o Serviço Educativo da Casa da Música. Depois de ter coordenado o Coro Popular e Espinho, dirige atualmente o ensemble vocal "Amigos da Música".

A coligação destaca ainda o seu percurso como praticante de voleibol na Associação Académica de Espinho, redator do semanário "Defesa de Espinho" e membro da estrutura que criou o jornal "Maré Viva" e a Cooperativa Nascente.

A coligação destaca ainda o seu percurso como praticante de voleibol na Associação Académica de Espinho, redator do semanário "Defesa de Espinho" e membro da estrutura que criou o jornal "Maré Viva" e a Cooperativa Nascente.

Já no âmbito político, Fausto Neves "foi candidato da CDU à presidência da Câmara de Espinho e à Assembleia da República, e exerceu vários mandatos na Assembleia Municipal de Espinho", sendo que continua a integrar a Comissão Concelhia e a direção da Organização Regional de Aveiro do PCP.

Além de Pilar Gomes pela CDU, ainda só são conhecidos dois outros cabeças de lista por Espinho às eleições autárquicas previstas para setembro ou outubro de 2025: Luís Canelas, que foi indicado pela estrutura local do PS, mas aguarda decisão do conselho de jurisdição nacional do partido quanto à validade burocrática dessa escolha; e Ricardo Sousa, que embora anunciado como candidato à Câmara pelo PSD, enfrenta idêntica situação devido a divergências entre a concelhia local do partido e a respetiva estrutura nacional.


Fonte : Lusa/Fim





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