Guerra nas estradas

Guerra nas estradas
O Blogue nasceu através de uma das séries da Guerra nas Estradas na TV canal AMC Break O Blogue Guerra nas Estradas conta histórias passa-se nas nossas estradas e nas ruas. Peões, ciclistas e condutores não respeitam as regras do código de estrada. As imagens de vídeos valem mais que mil palavras.

Direito autoral ou direito de autor

Direito autoral ou direito de autor
AVISO

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Ex-vereador da Câmara de Espinho julgado por prevaricação e falsificação

 

Ex-vereador da Câmara de Espinho julgado por prevaricação e falsificação


O ex-vereador na Câmara de Espinho Quirino Jesus admitiu hoje a existência de irregularidades no licenciamento de lugares de estacionamento privativo, afirmando que foram atribuídos dois lugares a uma empresa local antes de ter dado a aprovação.


“Todo este processo está algo inquinado por alguma incongruência de procedimentos”, disse o arguido, que começou a ser julgado na manhã de hoje no Tribunal de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, pela prática de um crime de prevaricação e outro de falsificação agravado.

O processo tem ainda como arguidos um funcionário que à data trabalhava como técnico da Divisão das Obras Municipais, para além da empresa que fez o pedido para a atribuição dos lugares de estacionamento e a sua representante, que respondem pelos mesmos crimes.

Em causa está a atribuição de dois lugares de estacionamento na via pública à sociedade arguida, sem que fossem pagas, na sua totalidade, as taxas devidas, no valor superior a 10 mil euros, entre os anos de 2015 e 2020.

Perante o coletivo de juízes, o arguido começou por dizer que, em 2013, a autarquia recebeu um requerimento da empresa a pedir um lugar de estacionamento, tendo reencaminhado o assunto para os serviços técnicos.

Dois anos mais tarde, como o processo ainda não estava concluído, o ex-vereador decidiu deslocar-se à empresa para pedir desculpa pelo atraso, tendo constatado que já havia “dois lugares pintados”, o que o deixou “sobressaltado”, uma vez que "nem sequer tinha dado autorização para pintar um". 

“Perante aquela irregularidade, entendi aconselhar a empresa a emitir um novo requerimento para regularizar o lugar que foi pintado a mais”, disse o arguido.

O antigo vereador afirmou ainda que só posteriormente é que deu a autorização para a atribuição dos lugares, adiantando que não questionou ninguém na câmara sobre este assunto.

Esclareceu ainda que, normalmente, os lugares de estacionamento são atribuídos para o período das 8:00 às 20:00, havendo a possibilidade de atribuir lugares para 24 horas, com uma sobretaxa de 25%, a requerimento do requerente, mas acrescentou que isso não foi solicitado.

Antes, a antiga representante da empresa também já tinha negado que o pedido para a atribuição dos lugares de estacionamento fosse para 24 horas. “Isso não fazia sentido.

Não tínhamos ninguém a trabalhar nos escritórios durante a noite”, referiu a arguida.

A acusação do Ministério Público (MP) refere que o ex-vereador e um técnico da Divisão das Obras Municipais, conluiados com a representante da sociedade, “instruíram e decidiram em favor desta, um pedido para ocupação de lugares de estacionamento na via pública, sem que fossem pagas, na sua totalidade, as taxas devidas”.

A acusação diz que os arguidos falsearam o procedimento como se apenas tivesse sido requerida e autorizada a ocupação de um lugar e por período limitado de tempo, quando sabiam que se tratava da ocupação de dois lugares e pelo período de 24 horas.

O MP concluiu que a sociedade arguida e a sua representante beneficiaram ilicitamente da quantia global de 10.867,10 euros por taxas não pagas entre os anos de 2015 e 2020, valor que requereu que fosse declarado perdido a favor do Estado.


Fonte : Lusa/Fim


Fonte JN





Sem comentários: