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segunda-feira, 19 de março de 2018

Espinho Surf Destination 2018 - Longboard Pro Espinho








Justine Dupont e Edouard Delpero vencem Longboard Pro Espinho

Os franceses Justine Dupont e Edouard Delpero venceram ontem (18 março) o Longboard Pro Espinho, a primeira etapa do circuito mundial de longboard na Europa em 2018 e a prova que inaugurou a quinta edição do Espinho Surf Destination.

Em boas ondas de 1,5m a 2m, sol e com muito público a assistir, Justine, que já se tinha destacado no sábado, voltou a não dar hipóteses às suas adversárias e venceu mesmo o evento, mostrando muita atitude e porque é considerada uma das surfistas mais completas do mundo

A surfar com uma prancha portuguesa, do conhecido shaper e multi-campeão nacional Lufi, a vice-campeã mundial de 2007 bateu na final a brasileira Chloe Calmon, vice-campeã mundial em 2017 e vencedora das duas primeiras edições desta prova, que desta vez teve de se contentar com o segundo lugar.

"A minha estratégia era chegar ao outside e apanhar as duas melhores ondas” afirmou uma satisfeita Justine Dupont após a final. "Queria fazer isso com calma, bateria a bateria e tentar chegar o mais longe possível. Estou muito satisfeita com a vitória, ainda por cima sobre a Chloe Calmon, que é a vice-campeã mundial em título. Temos aqui um óptimo grupo e adoro vir a Portugal, é um país que me encanta sempre. Obrigado!” concluiu a simpática francesa.

Nas meias-finais, em terceiro lugar ex-aequo, ficaram a norte-americana Lindsay Steinriede e a inglesa Emily Currie, que também abriram bem a temporada europeia.Na prova masculina, a final foi composta pelos dois atletas que mais espectáculo e consistência mostraram ao longo de toda a prova - o francês Edouard Delpero e o inglês Ben Skinner. Edouard, vice-campeão mundial em título e também ele um surfista muito completo, acabou por encontrar a melhor onda da final (8,17 pontos em 10 possíveis), o que acabou por fazer a diferença numa bateria em que a maré cheia e o cansaço dos atletas (que hoje fizeram quatro eliminatórias cada) não deixou muito espaço para grandes escolhas.
Assim, Edouard venceu pela primeira vez em Espinho, "vingando” a eliminação do seu irmão Antoine frente ao inglês, logo pela manhã, e obrigando Ben Skinner a dar-se por satisfeito com o segundo lugar este ano, depois de ter sido o vencedor em 2015. Skinner surfou igualmente muito bem até à final, onde acusou mais o cansaço do que Edouard.

"Eu só queria surfar bem, porque o Ben também estava em óptima forma. Na realidade o plano era apanhar uma onda boa e, se possível, outra a seguir... tentando não partir mais pranchas... parti-as quase todas! Levámos umas boas ‘tareias’ do mar hoje, eu e o Ben... é claro que estou muito satisfeito por vencer aqui, finalmente, mas na realidade somos todos amigos e viajamos juntos a maior parte do tempo”, afirmou o francês, que em 2017 tinha sido vice-campeão da prova e assim iguala também o irmão mais velho, Antoine, vencedor em 2016.
Nas meias-finais ficou outra dupla franco-britânica, mas talvez as maiores (boas) surpresas da prova. Benoit Carpentier e Jack Unsworth, dois talentos da nova geração europeia, mostraram igualmente bom surf até essa fase, onde acabaram por ser eliminados pela maior experiência de Ben e Edouard, respectivamente. O terceiro lugar ex-aequo assentou-lhes bem e acabou por ser um resultado justo para as suas prestações.

Já nos quartos de final, em quinto lugar, terminaram o espanhol Alberto Fernandez, o francês Remi Arauzo, o brasileiro Augusto Olinto e o inglês Ben Howey, responsável por uma das maiores surpresas da prova, nos oitavos de final, ao eliminar o brasileiro Rodrigo Sphaier, sempre um forte candidato ao título de cada prova e um dos melhores longboarders do primeiro dia.

Sphaier teve de contentar-se com o nono lugar na edição do Longboard Pro Espinho deste ano, assim como Antoine Delpero (que foi eliminado por Ben Skinner, numa verdadeira final antecipada!), o italiano Frederico Nesti, o uruguaio Julian Schweizer, o inglês Evan Rogers, o francês Emilien Fleury (vencedor aqui em 2017), o tahitiano Moana Domenech e o campeão nacional português, Diogo Gonçalves, o melhor atleta nacional em prova.

"Foram três dias de grandes ondas e de condições desafiantes, tanto para a organização como para os atletas, que foram uns autênticos heróis, superando os seus próprios limites” afirmou Gonçalo Pina. "Espinho mostrou as ondas que é capaz de proporcionar e ofereceu um grande espectáculo, gratuito, ao muito público que apareceu para assistir. Penso que ninguém saiu hoje daqui defraudado e que este evento abre óptimas perspectivas para o que ainda falta do Espinho Surf Destination 2018” concluiu um dos responsáveis pela organização.

O Espinho Surf Destination 2018 faz agora uma pausa de dois dias e regressa na quarta-feira, dia 21 de março, para abrir a primavera com a primeira etapa europeia do circuito mundial de juniores deste ano, que se realizará até ao próximo domingo, dia 25


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