Guerra nas estradas

Guerra nas estradas
O Blogue nasceu através de uma das séries da Guerra nas Estradas na TV canal AMC Break O Blogue Guerra nas Estradas conta histórias passa-se nas nossas estradas e nas ruas. Peões, ciclistas e condutores não respeitam as regras do código de estrada. As imagens de vídeos valem mais que mil palavras.

Direito autoral ou direito de autor

Direito autoral ou direito de autor
AVISO

terça-feira, 25 de maio de 2021

Espinho deixa crescer plantas e flores silvestres para ajudar as abelhas

 


Espinho deixa crescer plantas e flores silvestres para ajudar as abelhas



A Junta de Freguesia de Espinho, no distrito de Aveiro, está a deixar crescer plantas silvestres e a semear espécies que antes eram de disseminação bravia para assim ajudar as abelhas, revelou hoje fonte daquela autarquia.


Vasco Alves Ribeiro é o presidente da junta que gere parte da orla costeira do município de Espinho e explicou à Lusa que o seu objetivo é contribuir para a preservação do inseto que mais intervém na polinização de todo o planeta e cuja sobrevivência tem sido reduzida pelos efeitos da industrialização, o que ameaça a cadeia alimentar e, por isso, também a produção de alimentos em todo o mundo.

"Desenvolvemos com a nossa empresa de jardinagem um plano de prado bravio para implementar sobretudo na zona marítima, junto às praias, e isso prevê, por um lado, eliminar os canaviais e plantas invasoras como os chorões, e, por outro, deixar crescer flores pequeninas selvagens, de aparecimento mais espontâneo, e plantar outras que atraiam abelhas e ajudem à sua preservação", conta o autarca à Lusa.

Vasco Alves Ribeiro reconhece que as abelhas têm uma certa reputação de perigosas, mas defende que "são muitíssimo maiores os benefícios para a população geral do que os riscos para uma ou outra pessoa que seja alérgica" ao inseto, pelo que argumenta que "as pessoas devem informar-se bem antes de criticarem para perceberem a importância do que está em causa".

A principal área onde está a ser implementado este modelo de jardinagem é a envolvente do rio Largo, que foi recentemente sujeita a arranjos urbanísticos e a Junta quer transformar num local mais agradável - embora na consciência de que a qualidade ambiental desse curso de água "está sempre sujeita ao que acontecer no concelho [vizinho] de Santa Maria da Feira, onde as descargas poluentes são comuns".

Em todo o caso, há dois grupos de espécies a privilegiar na nova estratégia de horticultura da cidade: o das gazânias (Gazanea splendens), flor de base mais arbustiva, para cobrir extensões maiores, e o das flores silvestres, entre as quais a urze (Calluna vulgaris), a amarílis (Amarilis), a lantana-rasteira (Lantana montevidensis), a alfazema-rosmaninho (Lavandula stoechas) e a festuca em alvéolo (Festuca glauca).

Parte dessa flora foi escolhida especificamente para as áreas junto à entrada das praias pela sua "capacidade de fixar areias", com o que Vasco Alves Ribeiro também pretende combater a erosão costeira e o estreitamento dos areais.

"A ideia é que possamos encontrar na costa um prado mais natural, em que as flores se misturem com ervas e outras espécies, criando uma paisagem mais florida que cative as abelhas e as ajude a recolherem pólen para levar até outros sítios", conclui.


Fonte Lusa/Fim





Sem comentários: