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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Feirantes contra Câmara de Espinho por “começar mal o ano” com decisão “discriminatória”




 Feirantes contra Câmara de Espinho por “começar mal o ano” com decisão “discriminatória”




A associação que representa os comerciantes do mercado semanal de Espinho criticou hoje a autarquia local por “começar mal o ano novo” devido à atitude “discriminatória” de só autorizar bens alimentares na maior feira da região Norte.




Em causa está a decisão do novo executivo PS desse município do distrito de Aveiro, que, para evitar a disseminação da covid-19, encerrou todos os equipamentos culturais do concelho até 09 de janeiro e alterou também o funcionamento dos seus mercados ao ar livre, impondo “a suspensão da atividade da Feira da Revenda [à sexta-feira], da Feira dos Peludos [no primeiro domingo do mês] e da Feira Semanal, excetuando a venda de bens alimentares e produtos perecíveis”.

Fernando Sá, presidente da Associação de Feiras e Mercados da Região Norte, diz que isso representa a paragem do negócio para 2/3 dos feirantes de Espinho, que “não compreendem porque é que a Câmara está a proibir uma atividade que o próprio Governo não proibiu”.

Em declarações à Lusa, esse responsável defende que a suspensão parcial ou completa desses mercados “é uma atitude discriminatória relativamente ao restante comércio, tomada por quem não conhece a realidade e não percebe o que os feirantes já sofreram nestes dois anos de pandemia”.

Fernando Sá considera, por isso, que “a Câmara Municipal de Espinho está a começar mal o ano novo – começa mal pela sua própria decisão, começa mal porque está a estragar o início de 2022 para os feirantes e começa mal porque ainda prejudica os clientes, porque, no fundo, só está a empurrar as pessoas para os centros comerciais”.

Contactado pela Lusa, o presidente da autarquia, Miguel Reis, rejeita essa perspetiva, realçando que o comércio tradicional “tem métodos de limitação de afluência que as feiras não têm, como o controlo de lotação e a exigência de certificados de vacinação”.

O autarca garante que as medidas de contenção locais “não foram tomadas de ânimo leve” e justifica-as com a situação epidemiológica “extremamente grave” que se vive atualmente em Espinho, cuja população residente é de 33.100 habitantes, distribuídos por 21,4 quilómetros quadrados.

“Estamos hoje com cerca de 300 casos ativos, a situação tem piorado muito nos últimos dias e a nossa estimativa é que ficará ainda pior na próxima semana”, revela.

 “O cenário é de risco máximo porque temos 236 idosos por cada 100 jovens, o que está bastante acima da média populacional metropolitana e 43% cima da média nacional, e, como a feira semanal traz muita gente a Espinho, preferimos evitar esse foco de propagação”, explica.

Miguel Reis nota ainda que as restrições sanitárias locais têm sido tomadas com base no parecer das “diversas entidades que integram a Comissão Municipal de Proteção Civil”, pelo que refletem “o conhecimento técnico específico” de cada autoridade envolvida no processo.

Mesmo assim, isso não invalida a disponibilidade da autarquia para “dialogar com os feirantes para encontrar mecanismos de apoio e compensação” pelos dias em que deixem de exercer atividade no concelho por razões de saúde pública.

O primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado em Portugal em março de 2020, tendo a Direção-Geral da Saúde registado desde então 18.955 óbitos entre 1.389.646 casos de infeção.

Fonte Lusa / Fim














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