Guerra nas estradas

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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Metro do Porto - estação "100% mineira" fica a nove metros das árvores no Carregal

 

Estação de metro do Hospital de Santo António está a ser feita “com pinças”


É a 25 metros de profundidade do Jardim do Carregal que prosseguem os trabalhos da futura estação Hospital Santo António, a mais profunda da Linha Rosa da Metro do Porto. 


De todo o traçado, é naquele ponto da obra que os cuidados têm de ser mais redobrados, uma vez que a área intervencionada é mais delicada.

 Com a escavação praticamente concluída, as máquinas avançam agora por fases para que, até julho de 2025, os passageiros tenham um acesso de metro mesmo à porta das urgências do hospital e do Museu Soares dos Reis.

Quem passa nas imediações do Jardim do Carregal só se apercebe das obras da futura estação devido ao estaleiro. O barulho das máquinas passa despercebido, uma vez que trabalham agora a 25 metros de profundidade.

Das quatro estações da Linha Rosa, é aqui que os trabalhos parecem estar mais atrasados. 

Mas o nível de complexidade também é maior, explicou ao Porto Canal o engenheiro responsável pelo traçado, Pedro Lé Costa.

“O espaço disponível, que era o Jardim do Carregal, não podia ser tocado pelas razões que todos sabemos. Estamos a falar do último Jardim Romântico, árvores centenárias, então a única solução que tivemos foi fazer uma estação 100% mineira”, explicou o engenheiro.

Os cuidados são acrescidos e prova dessa complexidade é ter o teto da futura estação a apenas nove metros de distância das árvores centenárias do Carregal, com a escavação a passar a poucos centímetros do Túnel de Ceuta. Além disso as perícias foram constantes para preservar o edificado à superfície, nomeadamente o Instituto de Medicina Legal e o Hospital de Santo António.

Devido ao baixo recobrimento e a toda a área da obra, os trabalhos avançam por fases para não haver o risco de danos. “As obras não podem ser feitas de uma só vez.

 Para não correr riscos de deformações na superfície ou danos nas infraestruturas da envolvente, a empreitada está agora a avançar com as estruturas dos futuros acessos da estação”, expôs Pedro Lé Costa.

Neste momento a escavação está 95% concluída, mas as equipas estão a fazer um recobrimento de betão armado nas estruturas. 

Com as mesmas devidamente consolidadas, a Metro deve avançar, dentro de três meses, para a construção do cais de 70 metros por onde vão circular os veículos.


Acesso direto às urgências obriga a desvio de mina


À semelhança do que aconteceu na zona de São Bento com o Rio da Vila, o acesso que vai ficar mais perto das urgências do Santo António obrigou ao desvio da Mina do Rosário, praticamente “desconhecida ao público”, disse Pedro Lé Costa.

O acesso à porta das consultas externas do hospital foi um entendimento entre a Metro do Porto e da Câmara do Porto, antes da consignação da linha e que obrigou à alteração do projeto. 

Foi necessário fazer um túnel com mais 20 metros.


Alusão ao museu nos corredores da estação


O túnel de 20 metros que vai dar acesso às urgências hospitalares também vai servir de entrada ao Museu Soares dos Reis. 

A ideia é que, quando os passageiros circulem naquela galeria, já tenham alusões ao museu. 

“No fundo, uma imersão ou antecâmara de quem vai visitar o museu”, explicou Pedro Lé Costa.

A ideia ainda não está fechada, mas está a ser discutida entre a Metro do Porto, a Câmara do Porto e o próprio Museu Soares dos Reis. 

“Há o desejo de várias pessoas em fazer isso. Vamos ver se o conseguimos concluir”, concluiu o engenheiro da Linha Rosa.

No total, a construção da Linha Rosa (ou Circular) custou 304,7 milhões de euros. 

A intenção é que o traçado comece a receber passageiros a partir do final de julho de 2025, estando previsto que todos os túneis estejam concluídos no primeiro trimestre do próximo ano.


Fonte : Porto Canal











Fotografias JN

Fonte JN









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