Guerra nas estradas

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O Blogue nasceu através de uma das séries da Guerra nas Estradas na TV canal AMC Break O Blogue Guerra nas Estradas conta histórias passa-se nas nossas estradas e nas ruas. Peões, ciclistas e condutores não respeitam as regras do código de estrada. As imagens de vídeos valem mais que mil palavras.

Direito autoral ou direito de autor

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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Iniciativa Liberal Porto condena atos de vandalismo, revisionismo histórico e policiamento de costumes

 Iniciativa Liberal Porto condena atos de vandalismo, revisionismo histórico e policiamento de costumes


No contexto de uma democracia liberal, nenhum movimento de protesto se pode arrogar ao direito de impor uma única interpretação válida da história

No processo de revisão e silenciamento do passado, excluímos a geração atual e as vindouras de refletir livremente sobre o nosso percurso coletivo. Nas palavras de George Orwell, “a Liberdade não será nada se não for o direito de dizer aos outros aquilo que não querem ouvir”. É importante conhecermos os momentos felizes e que nos deixam orgulhos da nossa História. Porém, ainda mais significativo é conhecer os seus erros, defeitos e atrocidades. Porque, por um lado, saberemos em que contexto foram cometidos e que condições levaram ao seu acontecimento. E, por outro, porque mantê-los vivos na nossa memória, permitindo o debate e reflexão sobre os mesmos sem restrições, é manter vivos os argumentos que combatem aqueles que nos querem levar a cometer os mesmos erros.
Assistimos presentemente à apropriação do espaço público e político por movimentos minoritários de ambos os extremos políticos com o intuito de distorcer a história e os valores de Portugal e da sociedade ocidental. Falamos da vandalização de estátuas e de propriedade pública ou privada, remoção de conteúdo de plataformas online, censura nas redes sociais, destruição de lojas e negócios, entre outros tipos de violência gratuita e integralmente condenável.

Para além de alguns deles constituírem crimes, estes atos são essencialmente um ataque à liberdade. Não obstante a ignorância absoluta de quem apelida Churchill ou Lincoln de “fascista” ou Padre António Vieira de “colonizador” e “racista”, estas manifestações de ódio revelam um sentimento ainda mais perigoso: o de que as gerações atuais podem interpretar a História como se os valores contemporâneos fossem o contexto no qual todos os acontecimentos ocorreram. Estando reduzido o Homem à sua condição étnica, as personalidades históricas separadas entre “opressores” e “vítimas”, abre-se o caminho ao exercício autoritário de remoção dos símbolos que representam essa mesma força opressora. Estes gestos são anti-democráticos e configuram a rejeição absoluta do melhor que o mundo livre tem para oferecer, porque se baseiam no cancelamento do outro, pelo simples facto de pensar diferente. No limite, o que se cancela é o debate político e um espaço saudável de discussão típico da democracia e dos moderados.

Perante gestos premeditados de extermínio da pluralidade e do debate político, não é possível, nem desejável ficar em silêncio ou compactuar com estas atitudes. Antes pelo contrário, é necessário repudiá-las e condená-las veementemente.

Assim, a Iniciativa Liberal - Porto exorta a sociedade civil a manter intactos os símbolos da nossa História, sejam eles sob a forma de património físico, arte, literatura, multimédia, opinião publicada - até mesmo o humor. A Verdade é também Liberdade. Defenderemos a História de Portugal, sem complexos, de todos aqueles que a quiserem silenciar ou adulterar.

Não há futuro sem passado. E é no presente que se afirma a história!

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