Guerra nas estradas

Guerra nas estradas
O Blogue nasceu através de uma das séries da Guerra nas Estradas na TV canal AMC Break O Blogue Guerra nas Estradas conta histórias passa-se nas nossas estradas e nas ruas. Peões, ciclistas e condutores não respeitam as regras do código de estrada. As imagens de vídeos valem mais que mil palavras.

Direito autoral ou direito de autor

Direito autoral ou direito de autor
AVISO

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Obras na Barrinha de Esmoriz e ria de Ovar criticadas por PCP, PS e Espinho





Obras na Barrinha de Esmoriz e ria de Ovar criticadas por PCP, PS e Espinho


 O desassoreamento da Barrinha de Esmoriz e a dragagem da ria na Marinha, ambas em Ovar, vêm gerando críticas no concelho, com PCP, PS e autarquia vizinha a defenderem que as intervenções não dão resposta aos problemas.

As empreitadas envolvem a sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro, mas, no prazo de uma semana, nem essa entidade nem a Câmara Municipal de Ovar responderam aos pedidos da Lusa para esclarecimento sobre os assuntos.

A autarquia de Espinho, que confina com Ovar e tem obras na lagoa contígua à barra de Esmoriz, diz que a Polis "ignora todos os pedidos de informação" sobre as falhas nas intervenções que tutela.

O PCP de Ovar, no distrito de Aveiro, afirma que as obras na Marinha, especificamente, eram "há muito reivindicadas pelos agricultores e populações", mas "não têm dado a resposta esperada aos seus problemas".

Acusando a Polis de definir planos de obras "à margem das pessoas que ali vivem" e que conhecem o território, a concelhia comunista afirma que "as barreiras de proteção criadas com a dragagem para tentar impedir o avanço do caudal da ria claramente não cumprem o objetivo traçado", e acrescenta que "as areias retiradas, que poderiam criar um cordão protetor face ao avanço da água, não estão a ser depositadas nas suas margens".

Após uma recente visita ao local, o PCP revela ainda: "Foi possível ver o avanço da água salgada da ria sobre os terrenos agrícolas, o que destrói colheitas e põe em causa o cultivo da terra - e, consequentemente, a agricultura familiar, dominante na zona. [O avanço da água] Ameaça casas e corta as ruas, obrigando os moradores a atravessar a pé ou de carro verdadeiras lagoas".

Concluindo que "as obras há muito reivindicadas não têm dado a resposta esperada aos seus problemas", o PCP recomenda que, em vez de estabelecido a partir do ponto atual do nível médio das águas, o Domínio Público Marítimo (DPM) na zona da Marinha "deveria consignar como margem física a que, virtualmente, se encontra submersa". Só assim o DPM permitirá o cultivo de faixas de terreno com "juncais e outras áreas agrícolas que sempre foram cultivadas".

Já no caso da Barrinha de Esmoriz, na semana passada foi publicado em Diário da República o concurso público para a obra de "valorização dos espaços de acolhimento e receção aos visitantes" dessa lagoa, o que envolve um orçamento de 148.700 euros e um prazo de execução de 60 dias, mas, questionada sobre a empreitada global, designadamente sobre remoção de areias e lodos, a Polis não respondeu à Lusa.

A vereação do PS na Câmara de Ovar nota, por exemplo, que "apenas 37% dos dragados foram retirados" da barrinha, o que se deverá a "um contencioso entre o primeiro empreiteiro e a Polis", após o que a intervenção foi tomada pela "inércia".

Na Câmara Municipal de Espinho, cuja lagoa de Paramos confina com a Barrinha de Esmoriz e está assim envolvida na mesma empreitada, fonte oficial garante: "Continua por resolver o litígio com a construtora ABB, há trabalhos atrasados e por concluir, e ainda não existe sequer uma receção provisória da obra, [documento] que funciona como uma espécie de garantia a partir da qual se contam os prazos em que é possível responsabilizar o empreiteiro por falhas na intervenção".

A mesma fonte realçou que "ainda estão por reparar as deficiências já detetadas na obra" e, no geral, lamentou a "falta de nível da Polis", pela "postura recorrente com que, ao longo dos anos, não passa cavaco a ninguém, ignorando totalmente entidades como a Câmara Municipal de Espinho, que só contacta quando precisa que ela assine algum cheque".

Quanto aos trabalhos na Marinha, numa nota de imprensa divulgada na segunda-feira, a sociedade Polis Ria de Aveiro refere que "a obra tem sido desenvolvida em estreita articulação com as populações envolvidas e com técnicos das câmaras municipais".

Acrescentou ainda que o projeto foi desenvolvido "com o devido envolvimento dos seus municípios associados".

FONTE : LUSA


Sem comentários: