Habitantes aprovam enterramento
Apesar das dificuldades que a obra causa, espinhenses são unânimes quanto à importância do enterramento da linha férrea.
Mesmo com as constantes mudanças que uma obra desta envergadura provoca, a cidade de Espinho parece conviver bem com isso.
Os espinhenses contactados pelo JPN percebem o impacto que o enterramento da linha férrea vai ter na cidade e, por isso, fazem um esforço por aguentar as obras.
José Carlos, 23 anos, habitante em Espinho, aplaude a obra.
“Já devia ter sido feita há mais tempo. Só espero que seja concluída no devido tempo e que não se arraste, como é costume em Portugal”, afirma o estudante, que acredita que a importância do enterramento vai ser notória.
“Além de ficarmos com uma área tremenda, pois penso que esta zona se vai tornar numa enorme avenida, há a vantagem de já não haver tanto perigo a atravessar a linha”, afirma Maria Tavares, 21 anos, residente em Paços de Brandão.
“Espinho vai ficar muito mais bonito e seguro. Além de que vai ser uma obra que vai gerar emprego, pelo que sei”, afirma.
Para Afonso Reis, 42 anos, professor de História, o impacto da obra já se faz sentir e de forma negativa.
“Se olharmos para a situação da Marinha de Silvalde, reparamos que a obra já mexe connosco, mesmo que de uma forma incorrecta.
No entanto, estou convencido que a situação se vai resolver e que vamos todos beneficiar da obra do século”, declara.
Também Rosete Silva, 72 anos, reformada, aprova a obra.
Apesar de não saber se ainda vai a tempo de ver a linha enterrada, Rosete Silva espera que a obra venha ajudar a cidade.
“Há coisa de três anos, o meu marido morreu quando atravessava a linha.
Aquilo é um perigo para toda a gente, ainda para mais para pessoas idosas como eu.
Só espero que, depois de enterrada, a linha não cause mais transtornos como os que me causou”, lamenta.
FONTE JPN \ Nuno Neves
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