O fim do pavilhão do Sporting de Espinho
O mau tempo que se sentiu esta semana em Portugal teve graves consequências em Espinho.
Além de várias montras partidas, parte do pavilhão do Sporting de Espinho ficou sem tecto e os custos dos estragos vão ditar o fim de um recinto com mais de 40 anos de história
Telhado do pavilhão do Sporting de Espinho destruído
Mau tempo faz estragos por todo o país
Os 500 atletas dos escalões de formação de voleibol e andebol utilizadores do pavilhão do Sporting de Espinho, cujo telhado foi destruído pelo temporal na madrugada de quinta-feira, devem mudar-se para o pavilhão de Cassufas, na freguesia de Anta.
O presidente do clube, Rodrigo Santos, revelou à Lusa ser essa "é a solução mais provável" a acordar com a Câmara de Espinho, mas, embora referindo que a decisão definitiva só será conhecida no início da próxima semana, garante que essa terá sempre "carácter provisório".
"Ainda não sabemos o custo da reparação do pavilhão, mas será certamente muito elevado.
Por isso é que devemos optar por ficar noutro local até que possamos avançar em definitivo para a construção do novo estádio, cujo projeto já está aprovado e inclui um pavilhão".
Para Rodrigo Santos, a reparação do edifício implicaria um investimento "excessivo nesta altura da vida do clube" de Espinho.
"É coisa para custar muitos milhares de euros, porque não se trata só das telhas e das estruturas metálicas que suportam o telhado, mas também da instalação elétrica e da rede de exaustão e aquecimento que havia no edifício", explicou.
O presidente do Sporting Clube de Espinho prefere, por isso, apelar às "entidades responsáveis pela burocracia" subjacente ao arranque da construção do novo estádio.
O avanço da obra depende da alteração do Plano de Pormenor relativo à zona onde hoje se situa o Estádio Comendador Manuel Oliveira Violas, porque só com a venda desses terrenos o clube conseguirá reunir os cinco milhões de euros de que precisa para construir o novo equipamento.
"Se há altura para se ser solidário, é esta", desabafou Rodrigo Santos, a propósito da "agilização de processos" que reclama da Comissão de Coordenação para o Desenvolvimento Regional do Norte.
O pavilhão que ficou sem o telhado "já não tinha condições aceitáveis para a prática desportiva e era muito criticado, todos os anos, por altura do campeonato de voleibol", observou o dirigente.
"Este é um momento de reflexão e é preciso que toda a gente esteja atenta a esta questão, para ver se daqui a um ano podemos avançar finalmente com a construção do novo estádio", concluiu.
FONTE LUSA
Mau tempo ditou o fim do pavilhão do Sporting de Espinho
O temporal que assolou o País também provocou estragos, de grande monta, no pavilhão Joaquim Moreira da Costa Júnior, do Sporting Clube de Espinho. A forte ventania acabou por derrubar uma das portas (poente) da entrada do pavilhão e arrancou uma parte do telhado.
As placas da cobertura daquele equipamento desportivo ficaram espalhadas por todo o piso e algumas foram parar ao relvado do Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas.
Os danos provocados pela intempérie deixam, assim, o clube, com mais um gravíssimo problema quanto às suas instalações desportivas, pois naquele local ainda se realizavam jogos de andebol e de voleibol, nomeadamente dos escalões de formação.
As equipas de andebol sénior e de juniores (Next 21), terão de procurar, agora, uma solução, que deverá passar pela Nave Polivalente, onde já se realizam alguns dos jogos, nomeadamente de voleibol da Divisão A1.
Os tigres tinham previsto para este fim-de-semana, a realização de um torneio de voleibol (minis A) e que iria acolher cerca de uma centena de crianças.
Possivelmente este terá sido o golpe de misericórdia da mãe natureza num pavilhão que já se vinha deparando com inúmeros problemas, quer quanto ao estado do piso, quer no que respeita a algumas condições dos próprios balneários.
Os elevadíssimos custos de uma possível reparação do telhado, deverão ser inviáveis para o clube, num momento em que se debate com alguns problemas financeiros e que está em fase de conclusão o licenciamento do projecto do novo pólo desportivo do Sporting Clube de Espinho, obra que irá englobar um estádio um pavilhão gimnodesportivo.
Segundo o presidente da Direcção do Sp. Espinho, Rodrigo dos Santos, «isto espelha bem a necessidade da construção de novas instalações».
Escusando-se a fazer previsões, para já, daquilo que irá acontecer, Rodrigo dos Santos apenas disse que «vamos pensar e fazer, para já, uma avaliação dos estragos.
Sabemos que a Câmara Municipal poderá ajudar-nos repor aquilo que está danificado, certo é que não iremos fazer obras de fundo. Mas vamos fazer uma avaliação dos estragos nestes próximos três dias», prometeu Rodrigo dos Santos que garantiu que «o clube não irá parar».
Lembre-se que todos os jogos das equipas de andebol – desde os seniores aos minis – e de voleibol – masculinos e femininos em quase todos os escalões –, deverão realizar-se em casa emprestada, possivelmente na Nave Polivalente de Espinho, com a possibilidade, ainda, de o clube vir a utilizar, a partir do dia 24, o Pavilhão Municipal de Anta que poderá vir a ser entregue pelo Tribunal Judicial de Espinho à Câmara Municipal, uma vez que será lido nesse dia o acórdão de um mega-processo judicial que envolve mais de quatro dezenas de arguidos por alegadas burlas a seguradoras e para o qual aquele equipamento foi requisitado.
Gazeta de Espinho ,18 de Fevereiro de 2011
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