Centro Multimeios de Espinho fecha e despede 20 funcionários
O Centro de Multimeios de Espinho foi encerrado e deixa no desemprego 20 funcionários, na sequência extinção da Fundação Navegar, que geria o edifício onde funcionava planetário, galeria de exposições, espaço internet, sala de concertos e cinema.
O presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira (PSD), admite que o organismo criado em 2000 no mandato de José Mota (PS) "funcionou de forma irregular desde o seu início", já que o Governo não o reconhecia como fundação pelo facto de integrar na sua constituição a RTP.
Pinto Moreira lamenta que o Governo não tenha considerado a "especificidade" da Navegar no que se refere à divulgação da astronomia e das artes, nem o "'know-how' altamente especializado e exportador" dos seus técnicos, mas garante que, atendendo "ao histórico" da fundação, "não restou outra alternativa que não seja, face ao atual quadro, o encerramento do Centro Multimeios de Espinho".
Todas as atividades desse equipamento estão assim suspensas desde este fim de semana e um comunicado à porta do edifício explica à população o facto com duas circunstâncias: a Resolução do Conselho de Ministros de comunicar ao INRP - Instituto Nacional de Registos o "cancelamento do registo (da Fundação Navegar) como pessoa coletiva" e a recomendação ao Tribunal de Contas para que apure a eventual "responsabilidade financeira dos titulares dos órgãos autárquicos que tenham deliberado favoravelmente a atribuição de apoios financeiros públicos (à Navegar e outras na mesma situação), por falta do seu reconhecimento como fundações".
Na mesma nota, a autarquia informa: "A Câmara Municipal de Espinho e o Conselho de Administração da Fundação estão a procurar uma solução tão rápida quanto possível, que permita a abertura do Centro Multimeios, colocando-o desta forma ao dispor da população".
Segundo Pinto Moreira, essa solução poderá passar pela entrega do edifício à exploração de terceiros, o que terá a vantagem de "poder preservar os 20 postos de trabalho" associados ao Multimeios, mas continuará a não representar grande poupança para o Estado, já que manter-se-á a despesa da autarquia com a manutenção e o funcionamento do edifício, "só com a diferença de que a receita deixa de pertencer à Câmara".
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