Arquiteto Rodrigues não presenciou influência de Pessegueiro sobre Câmara de Espinho
O arquiteto João Rodrigues, arguido no processo Vórtex, disse hoje que nunca assistiu a nenhum ato que pudesse indicar algum poder de influência na Câmara de Espinho por parte do empresário Francisco Pessegueiro, coarguido no processo.
“Nunca presenciei qualquer influência, qualquer privilégio, que o Francisco [Pessegueiro] ou a construções Pessegueiro tivesse sobre os agentes políticos ou técnicos”, disse o arguido.
João Rodrigues, que trabalhou nos projetos realizados pela construtora de Pessegueiro, é o segundo arguido a prestar declarações, desde que começou o julgamento, a 05 de setembro no tribunal de Espinho, no distrito de Aveiro.
Perante o coletivo de juízes, o arquiteto insistiu que não tinha conhecimento do alegado plano para corromper o ex-presidente da Câmara Pinto Moreira e o seu sucessor, Miguel Reis, afirmando nãoacreditar naquilo que era dito por Pessegueiro, que classificou como “balelas”.
Questionado sobre o alegado “poder de influência” nas decisões tomadas na autarquia, que Pessegueiro dizia ter nas conversas com o arguido Paulo Malafaia, o arquiteto esclareceu que a intenção do construtor era “criar uma ideia de estabilidade para que o Paulo não tivesse receio ou que não prosseguisse com os negócios, conforme se tinha comprometido”.
“Se tivesse visualizado, presenciado alguma coisa anómala, alguma conversa anómala na presençade terceiros, nomeadamente nas pessoas que ele dizia ter supremacia, garanto que no primeiro diafalava com o meu sócio e deixávamos de trabalhar com a construtora [Pessegueiro]”, vincou o arquiteto.
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