Abate de árvores junto à feira causa indignação
A Câmara de Espinho mandou abater cerca de 30 árvores existentes junto ao mercado do peixe, no espaço da feira semanal, com o objectivo de preparar o terreno para a obra de requalificação.
O corte surpreendeu não só moradores, mas também o presidente da Junta de Espinho, Rui Torres, que diz estar "indignado", bem como alguns partidos da Oposição, como a CDU, que acusa já a autarquia de estar a cometer um "crime ambiental".
"Estamos e sempre estivemos a favor da requalificação e até de uma reordenação do espaço da feira, mas nunca poderíamos concordar com o abate puro e simples de árvores saudáveis que fazem parte da vida de Espinho há pelo menos 50 anos", explicou Alexandre Silva, deputado municipal da CDU.
"Isto é um verdadeiro crime ambiental", criticou.
O vereador do Ambiente, Manuel Rocha, explicou, ao JN, que as árvores abatidas (choupos), nunca foram as ideais para aquele espaço.
"Foram ali plantadas há 30 ou 40 anos, até por que não duram muito mais do que isso, numa altura em que eram baratas.
São relativamente frágeis, tanto que há algum tempo duas ou três caíram num temporal em cima de automóveis estacionados.
Mais: são árvores que largam uma espécie de algodão ao qual muitas pessoas são alérgicas", explicou.
Apesar do abate, diz Manuel Rocha o espaço voltará a ter árvores.
"Estamos a tratar o terreno para receber novo piso e vamos deixar espaços para as novas árvores, de folha caduca, que irão ser plantadas em Outubro"
Natacha Palma
FONTE JN
Sem comentários:
Enviar um comentário