sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Brevemente demolição da antiga sede do Sp. Espinho na Rua 8






Demolição da antiga sede do Sp. Espinho avança se dono da obra garantir traça original


A antiga sede do Sp. Espinho poderá ser demolida devido ao seu estado de degradação, anunciou a 24 Janeiro de  2019 a autarquia, impondo como condição que o proprietário garanta a reconstituição da traça original do imóvel.

"O edifício classificado da rua 8 está em iminente situação de ruína, pondo em risco a segurança pública com o eventual desprendimento de vários ornamentos que integram a fachada do prédio", revelou fonte da Câmara Municipal de Espinho.


Após avaliação técnica do local, a autarquia diz estar disposta a autorizar que a sociedade imobiliária detentora do prédio avance para a demolição, mas, dado que o edifício está "classificado como de elevado interesse histórico-cultural e arquitetónico", impõe "rigorosas condições" à emissão da devida licença.

"A autorização só será concedida depois de comprovada a capacidade técnica [do proprietário] para repor na íntegra as características originais deste exemplar arquitetónico que faz parte do património da cidade", declara a fonte do município.

Em estilo Arte Nova, a antiga sede do Sp. Espinho começou por ser um balneário marinho, inaugurado em maio de 1915, e já então se apresentava em planta retangular com dois pisos e sobreloja. Na fachada continua a exibir pilastras assentes sobre pedestais e uma porta com verga curva, decorada com motivos vegetalistas e encimada por um óculo circular.

"Face à situação do edifício, aos perigos que representa para o domínio público e à obrigatoriedade legal de preservar a fachada principal ou garantir a sua replicação, a Câmara Municipal de Espinho elaborou um conjunto de relatórios técnicos que identificam as condições e requisitos exigidos ao proprietário para o desmonte da fachada", diz a mesma fonte.

Um deles é que o proprietário do imóvel se comprometa de forma sectorizada "a proceder à contenção e controlo dos edifícios consolidados a Norte e a Sul do edifício a demolir", após o que terá que "reconstruir todos os elementos decorativos da fachada e desmontar os ornamentos que se encontram em estado de ruína ou desprendimento".

Beirais, varandas e cornijas serão assim retirados do edifício original e sujeitos a reconstituição, de forma a que possam ser reproduzidos de forma "mais precisa".

No mesmo sentido, todos os novos materiais a aplicar no prédio estarão sujeitos à avaliação de técnicos municipais para garantir que a reconstrução salvaguarde "todos os elementos ornamentais de acordo com a traça original e a matéria-prima [nela] utilizada".



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