domingo, 27 de outubro de 2019

Exposição “Jaime Isidoro: divulgador, colecionador e artista”






Visite esta exposição nas Galerias Amadeo de Souza-Cardoso até 1 de janeiro de 2020



Dez anos volvidos sobre o desaparecimento de Jaime Isidoro (1924-2009), que carinhosamente denominamos como o "pai das bienais", é tempo de vasculhar as entranhas do tempo, os seus arquivos e a coleção de obras de arte que deixou, de incalculável valor pecuniário, com número de peças superior a milhar e meio e com uma amplitude de autores que vai de António Carneiro (1872-1930) a Mauro Cerqueira (n. 1982). O interesse da coleção, que aqui se expõe uma pequena percentagem, reside no facto de a mesma não resultar apenas de uma prática de aquisição ou de uma lógica de trocas com outros artistas (uma vez que Jaime Isidoro foi, primeiro que tudo, pintor), mas antes conta-nos a história de uma intensa atividade como dinamizador e ativista cultural, iniciada no arranque da segunda metade do século XX e que fará dele, porque não, pelo menos um dos pais do mercado da arte (contemporânea) em Portugal. Dez anos após o seu desaparecimento, com 84 anos vividos, este é o princípio do estudo da sua coleção, através da qual se pretende tornar de domínio público a sua importância como divulgador cultural, nunca esquecendo que Jaime Isidoro foi sempre, e primeiro, pintor!
Helena Mendes Pereira




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