Porto obras na linha Rosa do metro transformam em estaleiros
O centro do Porto está virado do avesso e em Gaia, no trajeto de Santo Ovídio a Vila d'Este, também há zonas em transformação profunda.
As obras da Metro para construir a Linha Rosa (S. Bento/Casa da Música)
O impacto das empreitadas das novas extensões, por agora, sente-se mais nos condicionamentos de trânsito e no ruído associado aos trabalhos.
Mas escondido pelas barreiras de metal há todo um trabalho que escapa aos olhos de quem passa.
No Porto, relativamente à estação S. Bento II, entre outros trabalhos, no subsolo está em curso a construção da caixa de desvio do rio de Vila, que afeta também o Largo S. Domingos.
Junto ao Hospital de Santo António está em fase de conclusão a ação da Jet-Grouting (máquina que projeta betão para consolidar escavações) quanto ao poço de saída de emergência.
Nos próximos dias, a máquina tratará do poço de saída do elevador.
Na Galiza, as escavações estão avançadas.
A Casa da Música marcará o fim da viagem da Linha Rosa.
À semelhança dos demais pontos, está em curso o desvio de serviços afetados, como água, luz e gás, entre outros.
Em Fevereiro começará a ser escavado um túnel que fará a ligação à Linha Azul, só para operação não comercial.
Metro encomenda estudo para compensar prejuízos
Empresários que estão a perder clientela devido às obras de ampliação da rede vão receber indemnizações.
Negócios da Praça da Liberdade com quebras significativas
A Metro do Porto encomendou a uma sociedade de técnicos de contas o levantamento dos negócios que estão a ter prejuízos por causa das obras de ampliação da rede.
O objetivo é, nos casos em que a legislação o permita, indemnizar quem está a perder clientela devido à proximidade dos estaleiros, sobretudo estabelecimentos de comércio e restauração.
Na Praça da Liberdade, por exemplo, a construção da linha Rosa - que ligará a Boavista a S. Bento - vai implicar a relocalização provisória da David Rosas e da Farmácia Vitália.
O estudo está a ser feito desde o início do ano, mas ainda não há data para o ressarcimento.
Num esclarecimento enviado ao JN, a Metro do Porto lembra que as indemnizações "serão inteiramente pagas com dinheiros públicos" e que a referida análise terá de ser "rigorosa, independente e transparente".
Seja pelo barulho, seja pelo pó ou porque há menos pessoas a passar por ali, os empresários de restauração da Praça da Liberdade que estão mais próximos do estaleiro dizem estar a perder clientes de dia para dia.
E receiam que o cenário piore quando for cortado o acesso pedonal à Rua dos Clérigos junto à relojoaria David Rosas, loja que vai mudar de sítio, provavelmente para a Rua de Ramalho Ortigão.
Do outro lado da praça, o avanço das máquinas vai isolar por completo a Farmácia Vitália, que terá de passar para uma loja provisória a instalar na Avenida D. Afonso Henriques.
Para este caso, a Metro do Porto prevê a transferência de instalações na primavera/verão e por um período de oito meses.
FONTE : JN
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