quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Gaia vota criação da empresa metropolitana de transportes para gerir rede Unir & Autocarros da Unir com vidros partidos quase todos os dias


Gaia vota criação da empresa metropolitana de transportes para gerir rede Unir 


A Câmara de Gaia vota, na segunda-feira, a aprovação da criação da empresa metropolitana de transportes, depois de o processo ter sido retirado da Câmara do Porto devido ao impasse relativo às obras no Coliseu do Porto, entretanto desbloqueado.


Para a reunião do executivo gaiense, marcada para segunda-feira, consta um ponto na ordem do dia relativo à "criação da empresa metropolitana de transportes da AMP [Área Metropolitana do Porto]", a "aprovação do segundo contrato de aditamento aos contratos administrativos de delegação de competências entre a AMP e os seus municípios", e a "aprovação da celebração do contrato interadministrativo de delegação e subdelegação de competências entre a AMP e a EMPT", a Empresa Metropolitana de Transportes do Porto.

Na prática, trata-se de uma ratificação, pelo município de Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), da criação da empresa metropolitana de transportes, pensada sobretudo para gerir a rede Unir, que entrou em funcionamento em dezembro, um processo que terá de ocorrer em todas as autarquias da AMP, para a participação na empresa.

Um ponto semelhante tinha sido colocado na ordem de trabalhos da reunião de Câmara do Porto em 18 de dezembro, mas foi retirado por decisão do presidente da autarquia, Rui Moreira (independente), argumentando que eram "as consequências lógicas" do chumbo do apoio às obras do Coliseu do Porto, prometendo avaliar as propostas "uma a uma", pondo de parte a "solidariedade metropolitana".

Três dias antes, sete dos 17 municípios da AMP tinham votado contra a proposta de comparticipação para as obras reabilitação do Coliseu, cujo apoio tinha sido aprovado por “unanimidade dos presentes” numa reunião de trabalho do Conselho Metropolitano do Porto a 20 de outubro

Rui Moreira admitiu que a futura empresa metropolitana de transportes poderia avançar sem o Porto, advogando que "a partir do momento em que há veto na Área Metropolitana, imagine-se o que é, numa empresa dessas, haver veto relativamente ao Andante ou à distribuição de resultados".

Em 03 de janeiro, o presidente da AMP e também da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues (PS), rejeitou que a empresa metropolitana fosse uma moeda de troca para a aprovação das obras no Coliseu do Porto.

Na sexta-feira, após semanas de negociação, os municípios da AMP aprovaram, por unanimidade, comparticipar em 2,5 milhões de euros as obras de requalificação do Coliseu do Porto, em parcelas financeiras diferentes, cabendo à Câmara do Porto pagar 350 mil euros, desbloqueando o impasse.

Na mesma ocasião, O presidente da AMP adiantou que o processo de constituição da empresa metropolitana de transportes já foi enviado para o Tribunal de Contas para apreciação.

A nova empresa de transportes da AMP - Transportes Metropolitanos do Porto - deverá contar com cerca de 60 trabalhadores, dos quais três administradores, de acordo com um estudo económico-financeiro a que a Lusa teve acesso.

A empresa deverá integrar as valências do TIP - Transportes Intermodais do Porto, o agrupamento complementar de empresas (ACE) que gere o sistema Andante (participado em igual percentagem - 33,3% - pela CP, Metro do Porto e STCP) e as competências da AMP em termos de mobilidade e transportes.

A constituição da Transportes Metropolitanos do Porto vai ainda implicar a criação de dois órgãos consultivos: o Conselho de Mobilidade Metropolitana e o Conselho Consultivo das Tecnologias para a Mobilidade.

O capital social da empresa será de dois milhões de euros, repartidos pelos 17 municípios da AMP.

Fonte Lusa/Fim


Dezenas de veículos parados em Gaia para reparação.


 Vandalismo sobe de tom e líder da AMP pede intervenção.


Quase todos os dias aparecem autocarros da Unir com os vidros partidos ou pneus rasgados. 

Nos primeiros dois meses de operação da nova rede de transportes da Área Metropolitana do Porto (AMP), mais de 50 veículos já foram alvo de vandalismo só em Gaia. 

Nesse lote (que inclui Espinho), ainda estão parados cerca de 20 autocarros para reparação e oito ficaram destruídos num incêndio de origem criminosa. 

Todos os delitos foram reportados às autoridades e haverá suspeitos já identificados, com o líder da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, a pedir “uma intervenção que ponha cobro a tudo isto”.


Fonte JN




Fonte JN


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