quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Horários dos novos autocarros da UNIR em Gaia e Espinho

 

UNIR, Espinho mais unido e ligado de forma única 


A partir do dia 1 de dezembro, sexta-feira, os habitantes da Área Metropolitana do Porto (AMP) poderão contar com uma nova rede de transportes públicos, chamada UNIR. Esta rede visa melhorar a mobilidade, a acessibilidade e a sustentabilidade dos 17 municípios que compõem a AMP, incluindo o concelho de Espinho.


A UNIR oferece mais de 430 linhas de autocarros, que operam de forma integrada e coordenada, com o bilhete  Andante. O Andante permite viajar em todos os modos de transporte da rede, sem necessidade de comprar bilhetes diferentes ou fazer transbordos.

O concelho de Espinho está integrado no Lote 4 da rede UNIR, juntamente com Vila Nova de Gaia. Pode já consultar os horários já disponíveis: https://www.unirmobilidade.pt/municipios/

A rede UNIR pretende ser uma solução de transporte eficiente, confortável e ecológica para os cidadãos de Espinho e da AMP. 




























Nova rede de autocarros UNIR entra ao serviço sexta-feira na AMP


A nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto, denominada UNIR, entra ao serviço na sexta-feira, depois de um concurso público lançado em 2020 ter determinado uma 'revolução' no transporte rodoviário de passageiros na região.


A nova rede - e respetiva imagem - irá substituir os serviços efetuados pelos cerca de 30 operadores privados rodoviários na AMP, como por exemplo a Caima, AV Feirense, Transdev, UT Carvalhos, Gondomarense, Pacense, Arriva, Maré, Landim, Valpi, Litoral Norte, Souto, MGC, Seluve, Espírito Santo, entre outros.


A AMP vai desembolsar um total de 311,6 milhões de euros ao longo de sete anos no âmbito da nova rede de transportes públicos rodoviários, segundo os contratos.


Por que motivo foi implementada a rede UNIR? 


Com a implementação do Regime Jurídico do Serviço Público do Transporte de Passageiros, em junho de 2015, deu-se "uma profunda alteração do modelo institucional de planeamento e gestão do serviço público de transporte de passageiros e do quadro legal de organização do respetivo mercado, em Portugal", segundo o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).

Os municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP), com exceção do Porto, delegaram na instituição competências como autoridade de transportes para concessionar a privados o serviço do transporte público rodoviário de passageiros tanto em cada um dos concelhos, como nas ligações dentro de concelhos da AMP.

Assim, em 2020 foi lançado um concurso público em que a AMP foi dividida em cinco lotes: Norte Nascente, Norte Centro, Norte Poente, Sul Nascente e Sul Poente, cada um atribuído a uma empresa.

Este processo determinou que terminasse o antigo modelo de concessões linha a linha, herdado de 1948, e com isso as mais de 30 empresas privadas de transporte rodoviário na AMP passarão a cinco, uma para cada lote.


 Então o que é a UNIR? 


A UNIR é a marca uniformizada sob o qual os operadores dos cinco lotes operarão. Isto é, apesar de existir uma empresa para cada lote, todos operarão debaixo da mesma imagem, com o mesmo bilhete.


A marca mais visível será o design dos autocarros, que serão sobretudo azuis, pretos e brancos, e acabam também os títulos de transporte individuais de cada operadora. Todos estão agora sob orientação do sistema Andante, já utilizado no Metro do Porto, na Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), na CP - Comboios de Portugal e também nos operadores privados rodoviários.

A rede foi desenhada pela AMP e pelos municípios.


O que acontece à rede da STCP? 


Nada. 

As mudanças em curso com a UNIR visam apenas os operadores privados, e a rede da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) mantém-se tal como está, com exclusividade de operação dentro da cidade do Porto.

As linhas que servem os concelhos vizinhos de Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Valongo e Gondomar também se mantêm inalteradas.


 Por que demorou tanto tempo a implementação da UNIR? 


O processo foi marcado, ao longo dos anos, por sucessivas impugnações por parte de alguns dos atuais operadores no terreno, que perderam o concurso público e operam, atualmente, ao abrigo de licenças provisórias que caducam no dia 03 de dezembro.

Em causa estiveram sucessivas impugnações e levantamentos do efeito suspensivo das mesmas, que permitiram que o processo fosse avançando, lentamente, desde a data do lançamento do concurso (janeiro de 2020).

Em julho do ano passado, na sequência das impugnações, o presidente da AMP e da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, chegou a ir a tribunal, como testemunha, bem como os responsáveis da Espírito Santo, UTC e MGC.

Anteriormente, até à primeira etapa de adjudicação, em fevereiro de 2022, dois dos operadores vencedores (os espanhóis Nex Continental Holdings e Xerpa Mobility) chegaram também a ir para tribunal, exigindo que a AMP desse seguimento ao processo.

Também chegou a haver um diferendo público entre a anterior Comissão Executiva e o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, que recusou, em junho de 2021, assumir encargos de 933 mil euros por ano


Quem vai gerir a rede? 


Para já, a gestão da rede está a cargo da Área Metropolitana do Porto (AMP), mas os autarcas da região já aprovaram a criação de uma nova empresa metropolitana de transportes, que aguarda implementação.

A futura empresa vai integrar os TIP - Transportes Intermodais do Porto, que gere o sistema de bilhética Andante, passando também a gestão do Andante para a nova empresa.


 Quais as características da rede UNIR? 


A nova rede terá 439 linhas, que serão identificadas por quatro dígitos cada uma, seguindo uma lógica de atribuição por concelho, e contará com autocarros que serão sobretudo azuis, brancos e pretos.

Os 672 autocarros contarão com internet sem fios, ar condicionado, referenciação GPS (para controlo da AMP e futura informação ao público) e obedecem a critérios ambientais mais restritivos (normas de emissões de dióxido de carbono Euro VI e Euro V), havendo também autocarros elétricos.

Apesar do acrescento de um dígito face aos números da STCP, os municípios servidos pela empresa pública (que o continuarão a ser) mantêm o mesmo número inicial das suas linhas, já que em Matosinhos se mantém o 5, na Maia o 6, em Valongo o 7, em Gondomar o 8 e em Vila Nova de Gaia o 9.

A Arouca ficou atribuído o código de linha 10XX, a Oliveira de Azeméis os códigos 123X, 124X (linhas urbanas) e 12XX, a São João da Madeira o 14XX, a Vale de Cambra 16XX, a Santa Maria da Feira 20XX e 21XX (rede urbana), à Póvoa de Varzim 30XX e 33XX (rede urbana), a Vila do Conde 35XX, a Matosinhos 50XX e 51XX (rede noturna), a Maia 60XX, a Trofa 63XX, Santo Tirso 66XX, Valongo 70XX, Paredes 73XX, Gondomar 80XX, Vila Nova de Gaia 90XX e Espinho 95XX.


O que acontece às paragens ? 


Fruto das alterações à rede, algumas paragens vão ser também alteradas, sendo progressivamente instalados os postaletes que identificarão as linhas que servem cada uma delas.

De acordo com o manual de imagem da UNIR, a que a Lusa teve acesso, as indicações de linhas nos postes terão uma configuração semelhante às da STCP, com identificação da zona Andante, nome e código da paragem.

Tal como sucede na STCP, nas paragens também estarão afixados os horários previstos de passagens dos autocarros.

O projeto da UNIR prevê ainda a disponibilização de horários em tempo real através de aplicações móveis.


Onde é possível consultar informação sobre a UNIR? 


A AMP lançou o ‘site’ www.unirmobilidade.pt que disponibiliza um conversor de linhas tendo como ponto de partida a rede atual, bem como os horários da nova rede (para já, em três lotes).

No 'site', também já foi lançado um portal onde é possível consultar e localizar as linhas de cada município na nova rede, bem como as respetivas paragens.

Quanto aos horários, de acordo com o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, "todos aqueles que existiam mantêm-se e são acrescentados uns tantos", garantindo que não haverá "nenhuma desregulação" neste âmbito, com a introdução da nova rede.


Quanto custará a rede UNIR? 


A AMP vai desembolsar um total de 311,6 milhões de euros ao longo de sete anos no âmbito da nova rede de transportes públicos rodoviários, segundo os contratos.

O preço base do concurso público era de 394 milhões de euros, pelo que a AMP pagará um preço 82,4 milhões de euros abaixo do previsto aquando do lançamento do procedimento, em 2020.

O lote mais caro foi o Norte Nascente (Santo Tirso/Valongo/Paredes/Gondomar), adjudicado pela AMP à Nex Continental Holdings (conhecida como Alsa) por 93,5 milhões de euros, seguindo-se o Norte Centro (Maia/Matosinhos/Trofa), adjudicado à Vianorbus (consórcio Barraqueiro e Resende) por 82,3 milhões de euros.

Na tabela segue-se o lote Sul Poente (Vila Nova de Gaia e Espinho), adjudicado à Transportes Beira Douro (da Auto Viação Feirense) por 59,8 milhões de euros, o Sul Nascente (Santa Maria da Feira/São João da Madeira/Arouca/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra), adjudicado à Xerbus (Xerpa Mobility e Monbus) por 41,9 milhões de euros, e o Norte Poente (Póvoa de Varzim/Vila do Conde), adjudicado à Porto Mobilidade (consórcio Transdev, Auto Viação do Minho e Litoral Norte) por 34,1 milhões de euros.


Fonte : Lusa/Fim

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