sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Preço elevado dos veículos elétricos (a água) condiciona a aposta da mobilidade elétrica (a água)



 Preço elevado dos veículos elétricos condiciona a aposta da mobilidade elétrica 


Atualmente, apenas 7% dos condutores portugueses são proprietários de um veículo híbrido ou elétrico 


81% dos condutores não compraram um carro elétrico devido ao custo elevado 

 Se não se tornar acessível para a maioria, adoção da mobilidade elétrica pode estar comprometida 

O Observador Cetelem começa a divulgar, esta semana, um novo estudo internacional dedicado ao sector automóvel com o tema 


«Ter carro, quanto custa?»


Que tem por base uma consulta a 16 600 consumidores em 18 países, com o propósito de acompanhar, antecipar e abrir caminho a respostas que se perspetivam ser cruciais para o futuro do sector. 


Chegou a Era dos veículos elétricos?


 À medida que a crise ambiental se torna mais concreta para os cidadãos, tudo parece indicar que chegou o momento dos veículos elétricos. 

A proibição de venda de veículos novos a gasóleo e a gasolina a partir de 2035 aponta igualmente neste sentido, assim como a antecipação de muitos fabricantes da passagem a uma produção 100% elétrica.

 No entanto, os dados sobre a propriedade e as dificuldades de compra dos consumidores, agravadas por um período de inflação, mostram que há ainda um longo caminho a percorrer para esta transição, que terá de ocorrer no curto espaço de tempo de uma década.


 Portugal ainda é dos países europeus com menos elétricos.

 

De acordo com o novo estudo Observador Cetelem Automóvel 2023, apenas 7% dos condutores portugueses afirmavam, no ano passado, ter um híbrido ou elétrico, o que faz de Portugal um dos países europeus com menos proprietários deste tipo de veículos a seguir à Polónia (3%). 

É em países como a Noruega (23%), o Japão (23%) e a China (22%) onde encontramos maior proporção de proprietários de elétricos. Por outro lado, na África do Sul e no México, estas viaturas são quase inexistentes. 

Uma realidade semelhante à do mercado de usados, com apenas 4% dos condutores a afirmarem que compraram um veículo em segunda mão híbrido ou elétrico, o que se explica com a chegada recente em maior escala destas viaturas ao mercado.


Preço elevado leva portugueses a desistirem de comprar elétricos 


Apesar de no início do ano, de acordo com a ACAP, se ter verificado uma procura crescente por carros novos 100% elétricos, ultrapassando pela primeira vez a fasquia das duas mil unidades vendidas em três meses consecutivos, é preciso ultrapassar aquele que é entendido como um dos maiores obstáculos à adoção da mobilidade elétrica: o elevado custo de aquisição. 

Os dados do estudo do Observador Cetelem Automóvel 2023 corroboram isso mesmo, ao concluírem que o preço elevado deste tipo de veículos já levou muitos condutores, 8 em cada 10, a desistirem da compra e a decidirem não comprar uma viatura elétrica devido ao preço elevado, optando antes por uma viatura a gasóleo ou a gasolina.

 Portugal é mesmo o segundo país europeu e o terceiro a nível global, em que este critério é tido em conta pela maior parte dos inquiridos. 

Esta questão apenas não recolhe a maior parte das opiniões entre os residentes na Noruega (49%) e na China (46%), países onde a maturidade dos automóveis elétricos é mais antiga e firmada.

 Perante este contexto, os consumidores parecem indicar que, para apostarem na mobilidade elétrica, aguardam que as viaturas passem a ser financeiramente acessíveis. 

Se tal não ocorrer, poderão estar em causa as metas estabelecidas em todo o continente europeu.

 Uma mensagem que algumas marcas parecem ter já compreendido, fazendo promessas de viaturas com preços mais baixos nos próximos tempos. 


Metodologia 


As análises económicas e de marketing, bem como as previsões, foram realizadas em parceria com a empresa de estudos e consultoria C-Ways, especializada em Marketing de Antecipação.

 O inquérito quantitativo aos consumidores foi conduzido pela Harris Interactive entre 23 de junho e 8 de julho de 2022, em 18 países: África do Sul, Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Japão, México, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido e Turquia.


 No total, foram entrevistadas online 16.600 pessoas (método de recolha CAWI).


 Os entrevistados, com idades entre 18 e 65 anos, foram selecionados a partir de amostras nacionais representativas de cada país. 

A representatividade da amostra é assegurada pelo método de quotas (sexo, idade). 

Foram realizadas 800 em cada país, exceto em França onde foram realizadas 3.000 entrevistas. 


Fonte : Sara Vinagre 


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