Trotinetes abranda com medidas de estacionamento, mas abre ‘guerra’ com bicicletas

 Caos em Lisboa com trotinetes abranda com medidas de estacionamento, mas abre ‘guerra’ com bicicletas

O ‘caos’ das trotinetes em Lisboa parece estar a abrandar. 

Passaram sete meses desde que a Câmara Municipal assinou um protocolo com as várias operadoras que disponibilizam esta modalidade de transporte, de forma a criar regras para circulação e acima de tudo estacionamento, e verifica-se que, de facto, estão menos destes veículos em cima de passeios, abandonados no meio de estradas, caminhos ou à porta de casas, lojas e outros estabelecimentos.

Com efeito, a autarquia adianta ao Jornal de Notícias que “o ordenamento do estacionamento da mobilidade suave melhorou significativamente” depois de serem definidos os novos lugares específicos para parqueamento de trotinetes.

Por outro lado, com este problema resolvido, outro surgiu: uma ‘guerra’ com as bicicletas.

 A  Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBi) relata receber “muitas queixas” de que os espaços que antes eram destinados a bicicletas afora “estão cheio de trotinetes”.

A associação considera que “o acordo feito entre a Câmara e as operadoras veio a encorajar a que as trotinetes ocupem os poucos espaços de estacionamento de bicicletas”, e sugeres que se reserve pelo menos um lugar em cada ‘hotspot’ de parque de estacionamento automóvel para as trotinetes, já que estas não precisam de cadeado.

Também alguns utilizadores regulares destas trotinetes relatam que as aplicações ainda não funcionam a 100% no que respeita aos parqueamento mal identificados, por problemas de geolocalização, e que indicam locais para deixar trotinetes como no meio da estrada, ou dentro de uma escola.

Recorde-se que Paris vai banir este transporte a partir de setembro. 

Já em Portugal, A Câmara de Lisboa não foi tão longe, mas também reduziu a velocidade máxima permitida para este veículo para 20 km/h.

Recorde-se que os acidentes graves com trotinetes aumentaram 23% até julho deste ano, face ao mesmo período do ano passado, com o INEM a registar 851 casos.