sábado, 30 de abril de 2022

Cerca de 100 pessoas protestam contra obra na Linha do Norte na Aguda

 

Cerca de 100 pessoas protestam contra obra na Linha do Norte na Aguda


 
Obra do século XIX, obstáculo social e interesses económicos foram argumentos utilizados pelas 100 pessoas que protestaram hoje na Aguda contra a obra da Infraestruturas de Portugal (IP) no troço de Vila Nova de Gaia da Linha do Norte.


Em causa está a empreitada de renovação da Linha do Norte – subtroço 3.3 - Ovar/Gaia – que abrange cerca de 14 quilómetros de linha e 13 passagens desniveladas, das quais 10 são passagens inferiores e apenas três são passagens superiores pedonais (na Estação da Granja, no Apeadeiro da Aguda e nas Moutadas).

Leo Caves, cidadão britânico, compareceu no protesto de bicicleta e, à Lusa, explicou a sua indignação, afirmando que vive a 500 metros do apeadeiro e que todos os dias atravessa a linha nos seus passeios. Indignado, apontou para a passagem superior construída e desabafou: “isto é uma solução do século XIX”.

“É curioso como o Governo português estimula a compra de bicicletas e, ao mesmo tempo, faça obras destas”, continuou.

Mário Mendes, arquiteto e também residente perto do apeadeiro, acrescentou críticas à obra a cargo da empresa pública IP, argumentando que “a solução aplicada vai piorar em todos os aspetos a vida das pessoas”, a começar pela “segurança porque os elevadores vão ter ainda menos segurança que uma passagem subterrânea”.

“Argumentar o contrário é uma falácia, porque os elevadores são muito piores pois qualquer indivíduo pode ali assaltar um idoso”, avisou.

Ainda sobre a passagem superior, o arquiteto afirmou que “a cota a vencer para passar as catenárias é muito superior do que se a opção for uma passagem subterrânea, que não precisa de mais do que três ou quatro metros, enquanto na catenária são 10 metros. Além disso, a instalação dos elevadores implica custos elevadíssimos e as avarias irão ser uma constante”.

“Invocar o nível freático é absolutamente ridículo, as bombas que poderiam funcionar relativamente ao nível freático também existem nas passagens para automóveis e o custo do funcionamento delas seria muito inferior ao da manutenção e de energia gasta”, prosseguiu.

Sobre os muros de seis metros que estão a ser montados ao longo da linha, Mário Mendes optaria por “um guarda nas passagens de nível”, uma solução” muito menos dispendiosa”.

“Há interesses económicos que são notórios e que depois vão acarretar mais despesas porque as coisas vão funcionar mal e obrigar a procurar mais soluções.

 Isto não é forma de gerir a IP”, protestou.

Ao lado, Isabel Barros fez outra queixa, assegurando que está a ser construído “um separador social”.

“As pessoas usam muito esta ligação, mesmo as mais velhas.

 Avançar com isto vai arrasar a vida de quem sai para ir às compras, à farmácia, de quem cruza a linha para ir ao mar”, enfatizou a também moradora na Aguda.

Porta-voz do grupo “Amigos da Aguda”, Ivo Pinhal explicou à Lusa que a queixa apresentada no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, anunciada na sexta-feira, é “para tentar encontrar uma solução que se adeque à urbanização paisagística das duas localidades”.

“Embargar a obra é difícil, a menos que tenhamos o apoio da Câmara de Vila Nova de Gaia e da Junta de Freguesia [de Arcozelo]. 

O que nós pedimos é que nos ouçam, porque não conseguimos um canal de comunicação fixo e coerente com a câmara e com a junta”, disse.

Por seu lado, Vasco Sousa, do movimento “Granja Cidadãos” testemunhou “estar iminente a construção na Granja de uma passagem superior” e que a Câmara de Gaia, na sexta-feira, “plantou árvores antes dos muros, alguns deles com seis metros de altura”.

“Não diria que haja evidência de um canal de comunicação construtivo ou que isto seja uma solução temporária, mas que caminhemos para soluções definitivas que passem por colocar passagens inferiores e muros e barreiras acústicas de muitos menor dimensão, de um metro, como em muitas cidades europeias”, respondeu o porta-voz quando questionado se na última semana havia encontrado sinais positivos para a luta que estão a fazer.


FONTE : Lusa/Fim











































sexta-feira, 29 de abril de 2022

Dia Mundial da Dança 2022 - Espetáculo Comemorativo

 


Espetáculo Comemorativo 



As comemorações do Dia Mundial da Dança tiveram início nos dois agrupamentos de escolas do concelho com a realização de workshops e mostras de dança junto dos alunos dos diversos ciclos de ensino.  



O ponto alto das comemorações do Dia Mundial da Dança decorreu no Centro Multimeios de Espinho com "Espetáculo comemorativo" organizado pela GAD-Giselle Academia de Dança, que contou com a presença de diversas escolas de dança num espetáculo memorável de celebração da dança com arte universal.

Ainda no âmbito das celebrações, o dia 30 de abril (sábado) decorreram inúmeras iniciativas de promoção da dança com destaque para as atividades desenvolvidas pelo Ginásio Progresso "On Day Dance" realizado na Esplanada e para a atuação de todas as classes da MTV Dance Academy que decorreu no Largo da Câmara Municipal.

As comemorações do Dia Mundial da Dança encerraram com performance itinerante da Academia de Dança de Espinho que teve início no Largo da Câmara e termino no largo da Graciosa. 

Um espetáculo que contagiou os presentes e que apresentou diferentes estilos de dança desde jive até ao samba.

O Dia Mundial da Dança foi instituído em 1982 pelo Conselho Internacional da Dança (CID), entidade criada sob a égide da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

 A data foi escolhida para recordar o nascimento do coreógrafo francês Jean-Georges Noverre, um dos pioneiros da dança moderna.

Esta foi uma iniciativa organizada pelo Município de Espinho que contou com o apoio da GAD-Giselle Academia de Dança, MTV Dance Academy, Ginásio Progresso, Academia de Dança de Espinho, InDance Escola de Artes de Palco, Academia de Bailado Paulo VI e Attitude Academia de Artes.















Obra da IP na Granja em Gaia motiva queixa no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto

 


Obra da IP na Granja em Gaia motiva queixa no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto


O “Praia da Granja, Cidadãos”, um dos movimentos cívicos de Vila Nova de Gaia que tem contestado as obras da Infraestruturas de Portugal (IP) na Linha do Norte, enviou uma queixa ao Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto.


No texto, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, o grupo rebate as justificações apresentadas pela IP para a construção de uma passagem pedonal superior na estação da Granja, ao invés da inferior que os moradores e comerciantes da zona desejam.

“Impõe-se (…) rebater cada um desses argumentos e demonstrar a sua falácia, sobretudo no âmbito global da empreitada de renovação da Linha do Norte em causa – subtroço 3.3 - Ovar/Gaia – que abrange cerca de 14 quilómetros de linha e 13 passagens desniveladas, das quais 10 são passagens inferiores e apenas três são passagens superiores pedonais (na Estação da Granja, no Apeadeiro da Aguda e nas Moutadas)”, lê-se na queixa dirigida ao Procurador da República.

No relatório feito pelo “Praia da Granja, Cidadãos” são descritas e rebatidas as justificações da IP, desde logo a explicação de que a opção por uma passagem pedonal inferior não oferece condições de segurança.

“A IP alega motivos de insalubridade e insegurança para não executar uma passagem inferior pedonal na Estação da Granja, mas prevê, incoerentemente, na mesma empreitada, a execução de quatro passagens inferiores pedonais”, refere o movimento.

No mesmo texto, o grupo recorda que apresentou em agosto do ano passado “uma solução em túnel alternativa à passagem superior prevista para o local”, a qual, acrescentam, dispunha de “dimensões generosas e francas entradas de luz natural que incrementava substancialmente o grau de segurança e o nível salubridade previstos na solução de 2010 que foi sujeita a discussão pública”.

Quanto à justificação da IP relacionada com os níveis freáticos, o grupo de Vila Nova de Gaia diz que “em cinco das 10 passagens inferiores previstas na empreitada verificam-se níveis freáticos elevados, designadamente, em duas passagens inferiores rodoviárias [Boca Mar e Quinta Forbes] e três pedonais [Rio Largo, Mira e Estação de Valadares]”.

“Nessas cinco passagens inferiores estão previstos sistemas de bombagem redundantes, com recurso a grupos geradores, que asseguram o escoamento das águas em caso de emergência”, referem.

Em causa está o projeto que a IP tem vindo a implementar ao longo do troço ferroviário da Linha do Norte entre Espinho (distrito de Aveiro) e Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), o qual inclui a colocação de separações acústicas, reformulação de apeadeiros e construção de passagens pedonais superiores para substituir as atuais.

Esta obra já motivou uma queixa ao Ministério Público, bem como ao Provedor da Justiça Europeu, com o argumento de mau uso de fundos comunitários, apresentada pelos moradores.

Somam-se petições públicas e pedidos de esclarecimento e está marcado para sábado às 10:30 com início no apeadeiro da Aguda um protesto que junta quer o “Praia da Granja, Cidadãos”, quer o movimento “Amigos da Aguda” que também tem vindo a contestar a obra.

A 14 de abril, em resposta à agência Lusa, a IP afirmou que a construção de uma passagem inferior pedonal para substituir a superior recentemente colocada na estação da Granja constitui “maior risco à segurança dos utentes”.

“A criação de uma passagem inferior pedonal não asseguraria condições de visibilidade do exterior para o interior da passagem, o que constitui um maior risco a segurança dos utentes, e, em caso de falha de fornecimento de energia ao sistema de bombagem, ficaria impedido o acesso dos passageiros à plataforma central e a evacuação dos mesmos em casos de emergência e socorro”, referiu a IP.

Na resposta, a IP admitia que se comprometeu, após a reclamação apresentada no ano passado por um grupo de cidadãos, a analisar a viabilidade de uma solução de desnivelamento inferior à linha férrea, no entanto concluiu que essa não é possível.

“[A passagem superior oferece] melhores condições de salubridade e segurança”, resumiu a empresa.


FONTE : Lusa/Fim










Fotografia Cidadãos Praia da Granja




























Moradores da Aguda e da Granja, em Gaia, marcam protesto contra obra da IP


Moradores da Aguda e da Granja, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, agendaram para sábado um protesto contra as obras que a Infraestruturas de Portugal (IP) está a levar a cabo na Linha do Norte.

“Pretendemos mostrar no terreno o quanto esta obra é penalizadora para todos e por vários motivos: prejudica a mobilidade, descaracteriza a zona e atenta contra o ambiente”, disse hoje à agência Lusa Ivo Pinhal, do movimento “Amigos da Aguda”.

A ação de protesto está marcada para as 10:30 de sábado no apeadeiro da Aguda, em Gaia, e, após distribuição de informação, o grupo seguirá para a estação da Granja para replicar a iniciativa.

Em causa está o projeto que a IP tem vindo a implementar ao longo do troço ferroviário da Linha do Norte entre Espinho (distrito de Aveiro) e Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), o qual inclui a colocação de separações acústicas, reformulação de apeadeiros e construção de passagens pedonais superiores para substituir as atuais.

Um dos movimentos locais já avançou com uma queixa ao Ministério Público, bem como ao Provedor da Justiça Europeu, com o argumento de mau uso de fundos comunitários.

Ivo Pinhal contou que os movimentos da Aguda e da Granja estão a convidar a população a participar no protesto através do “passa a palavra” e de apelos nas redes sociais.

Os organizadores da iniciativa, que em posições públicas recentes classificaram algumas das estruturas que estão a ser implementadas de “mamarracho”, “escarro arquitetónico” ou “muros de Berlim”, querem “alertar a IP e as autarquias locais para os efeitos da obra e pedir que esta seja revertida ou pelo menos alterada”.

“Da IP e da Câmara de Gaia continuamos sem resposta. 

A Junta de Freguesia de Arcozelo está a encetar conversações e já pediu reuniões”, descreveu Ivo Pinhal.

Esta obra já motivou petições públicas e pedidos de esclarecimento, bem como a promessa de ações de protesto no terreno, sendo que a estrutura mais criticada é a passagem superior pedonal da Granja.

Os moradores defendem a sua substituição por uma passagem inferior, mas, em resposta à agência Lusa, a IP explicou que essa solução constitui “maior risco à segurança dos utentes”.

“A criação de uma passagem inferior pedonal não asseguraria condições de visibilidade do exterior para o interior da passagem, o que constitui um maior risco a segurança dos utentes, e, em caso de falha de fornecimento de energia ao sistema de bombagem, ficaria impedido o acesso dos passageiros à plataforma central e a evacuação dos mesmos em casos de emergência e socorro”, lê-se no esclarecimento da IP.

Ainda a propósito deste tema, na quinta-feira, a associação ambientalista Campo Aberto acusou a IP de atitude “pouco democrática”, manifestando-se “solidária” com os moradores.

“A posição da IP parece-nos eivada, mesmo que possa ter algum fundamento de índole técnica, de uma atitude tipicamente tecnocrática e, portanto, não democrática, de desprezar a priori os interesses dos moradores e as suas opiniões”, referiu a Campo Aberto numa mensagem enviada à Lusa.

A somar às críticas sobre a passagem superior colocada na Granja, os moradores têm vindo a criticar as barreiras antirruído que estão a ser colocadas junto à linha, apontando que com muros de 3,5 metros de altura em alguns locais as populações ficam “entaipadas”.

A Lusa contactou a Câmara de Gaia que recordou que este processo inclui uma ação judicial, algo que “o município respeita”, mas “impede a continuação do debate público”.

“A ação é contra a IP, mas estando o Município em questão, importa respeitar os tribunais e deixá-los fazer a devida avaliação”, respondeu a autarquia.

Lusa/Fim

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Arquitecto Miguel Reis escreveu Facebook sobre requalificação da Linha do Vouguinha

 

Requalificação da Linha do Vouga



Reunião de trabalho e visita técnica à Linha do Vouga


A convite do Presidente da Câmara Municipal de Espinho, Miguel Reis, a ATSM, Associação de Municípios das Terras de Santa Maria, realizou  (28 de Abril) uma visita técnica e reunião de trabalho em Espinho no âmbito da requalificação da Linha do Vouga.

Este encontro teve como objetivo encontrar a melhor solução para  a criação de um interface entre a Linha do Vouga e a Linha do Norte. 

Para além de representar um grande avanço no domínio da mobilidade, a existência de um interface  entre as duas linhas em Espinho é absolutamente fundamental para garantir a viabilidade da Linha do Vouga, cujo projeto de requalificação tem garantido um investimento global de 34 milhões de euros para a ligação Espinho-Aveiro.

Procurando conciliar o interface ferroviário com um processo de requalificação da zona envolvente, o presidente Miguel Reis assumiu como indispensável que a solução a adotar tivesse o mínimo impacto possível no tecido urbano, evitando que o concelho volte a sofrer constrangimentos provocadas pelas intervenções na linha de comboio.

A solução será agora apresentada ao Ministério das Infraestruturas e à Infraestruturas de Portugal, estando prevista para breve uma nova reunião in loco com estas entidades.





2ª fase da requalificação da Rua 20 - Segunda camada de betuminoso na Rua 20

  

Segunda  camada de betuminoso  na Rua 20