Estação de Porto São Bento
Azulejos e arquitectura
O átrio principal da estação está revestido de azulejos de temática histórica.
Cobrindo uma superfície de cerca de 551 m², representam, principalmente, cenas passadas no Norte do país, estando retratados, entre outros aspectos, o Torneio de Arcos de Valdevez (painel Batalha de Arcos de Valdevez), a apresentação de Egas Moniz com os filhos ao Rei Afonso VII de Leão e Castela, no século XII, a entrada de D. João I e de D. Filipa de Lencastre no Porto (painel Entrada de João I no Porto), em 1387, a Conquista de Ceuta, em 1415, e a vida tradicional campestre (painéis Vistas e Cenas Rurais); um friso colorido (História dos Transportes) dedica-se à evolução dos transportes em Portugal, concluindo com a inauguração dos caminhos de ferro.
Foram produzidos na Fábrica de Sacavém e instalados entre 1905 e 1906 pelo artista Jorge Colaço, que, nessa altura, se afirmava como o mais popular azulejador em Portugal.
Os azulejos apresentam um estilo típico da Arte Nova, utilizando cores muito claras, conhecidas como cores-pastel.
Além dos azulejos, outros aspectos a destacar na estação são a cobertura sobre as vias e a monumental fachada, que, como a maior parte das obras de Marques da Silva na cidade do Porto, apresenta uma forte influência francesa, que se verificou especialmente nas torres laterais, com um estilo típico da Escola de Fontainebleau, oscilando entre a Arquitectura renascentista e a Belle Époque.
Em 21 de Maio de 1875 foi inaugurada a Estação de Campanhã que foi desde logo considerada como a principal interface no Porto, com um movimento de passageiros e mercadorias muito elevado.
Porém, estava situada numa zona de periferia do Porto, muito longe do centro da cidade, criando problemas de acesso, pelo que se iniciou o planeamento de uma nova gare ferroviária que ficasse mais próxima da zona central.
Planeamento e construção
Em 1 de Novembro de 1893 a construção da estação de São Bento já tinha sido novamente adiada.
Em 23 de Novembro de 1893, a Direcção-Geral das Obras Publicas apresentou uma proposta para a exploração provisória, na qual se deveria construir, sem prejuízo do projecto completo, um dos túneis laterais do lado da Rua da Madeira, sendo um dos cais construído de mercadorias aproveitado para serviço de passageiros; esta proposta foi aceite, e foi posta em concurso.
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