Anta e Guetim lançam petição contra traçado do TGV em Espinho
A União de Freguesias de Anta e Guetim, em Espinho, lançou uma petição pública online contra o traçado da Linha de Alta Velocidade.
Uma das alternativas prevê a demolição de 42 habitações e a amputação do Parque da Picadela.
“Anta e Guetim dizem não ao traçado da linha Alta Velocidade Porto-Lisboa” - assim é designada a petição online criada por esta união de freguesias, com o objetivo de levar o assunto à Assembleia da República, uma vez que, segundo a autarquia, “um processo desta envergadura é político e não técnico”, devendo por isso a população estar acima de “qualquer decisão”.
De acordo com o texto da petição, os dois traçados propostos “têm um preço demasiado alto para as freguesias de Anta e Guetim”.
“Aqueles que têm a 'sorte' de não verem as suas casas e terrenos afetados terão de conviver 'paredes meias' com ruídos e vibrações e/ou paisagens de muros de betão”, acrescenta.
Dependendo do traçado escolhido, está em causa a demolição de cinco a 42 habitações, “a destruição do Parque da Picadela e das áreas verdes junto à ribeira da Gaiteira e da ribeira de Silvalde, assim como a desvalorização do valor imobiliário dos terrenos da freguesia”.
Ao JN, o presidente da União de Freguesias, Nuno Almeida, diz ser necessário “encontrar vias alternativas, porque o afastamento da linha ainda pode ser feito".
"Pode ser criado um traçado que não crie um conflito tão grande”, atenta.
“Ainda é possível alterar, porque não se trata do projeto final, não há uma decisão final”, reforça Nuno Almeida.
O autarca acredita que a população acompanha a preocupação da União de freguesias.
Mas sublinha que esta petição servirá para “perceber a dimensão do descontentamento da população que pode assim dar mais força a esta reivindicação [de alteração dos traçados]”.
“As juntas são sempre maltratadas nestes processos finais, mas queremos que nos ouçam”, reivindica.
A União de Freguesias mais populosa do concelho de Espinho exige que sejam procuradas “outras alternativas a nascente, ocupando terrenos desocupados, que respeitem o ambiente, a comunidade local e os princípios do desenvolvimento sustentável”.
Fonte JN
https://peticaopublica.com/mobile/pview.aspx?pi=PT117308
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