Projeto privado de Espinho envolve 70ME e pode estar pronto até 2024
A requalificação da zona sul de Espinho vai envolver um projeto imobiliário de habitação e negócios avaliado em 70 milhões de euros, revelou hoje o promotor da obra, propondo-se concluí-la até 2024 caso seja aprovada pelos órgãos autárquicos.
O investimento anunciado para essa autarquia do distrito de Aveiro esteve em estudo dois anos, é do grupo português Fortera e já obteve da Câmara Municipal um parecer que o reconhece como de "interesse público e estratégico" para a cidade.
Em declarações à Lusa, o diretor-geral do grupo, Elad Drod, realça que "este é o maior projeto privado a desenvolver na cidade de Espinho nas últimas décadas" e confia que terá autorização para avançar.
Depois de o grupo Fortera já ter custeado o empreendimento "Espinho One" entre as ruas 3, 6 e 66, o seu novo investimento local prevê a criação de espaços de habitação, comércio, serviços e hotelaria na mais antiga zona industrial da cidade, entre a ribeira de Silvalde, a Rua do Golfe e a Rua 43.
Já com pareceres favoráveis por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, da Agência Portuguesa do Ambiente e da Infraestruturas de Portugal, a empreitada deverá implicar 132 postos de trabalho durante a fase de concretização e, uma vez concluída a obra, a expectativa é que as diversas valências do empreendimento gerem cerca de 150 novos empregos.
A escolha de Espinho como destino dos referidos 70 milhões de euros prende-se com a profunda requalificação urbanística que está a decorrer na cidade, sobretudo na faixa de terreno que ficou desocupada após o enterramento da linha férrea do Norte em 2008.
"É uma cidade ótima para se viver e reúne vários elementos de sucesso: a história, as praias, o casino, o golfe e acessos muito facilitados a outras cidades", defende Elad Dror.
Quanto a prazos, o empresário de origem israelita adianta: "Caso tudo seja aprovado, começaremos imediatamente a desenhar as infraestruturas e a primeira fase da torre residencial. Acreditamos que a primeira etapa levará três anos para ser concluída”.
“Paralelamente, iniciaremos a nossa estratégia de procura de operadores para a parte comercial e de serviços, e se tudo correr bem, podemos iniciar as restantes fases no prazo de um ano", descreveu.
Noção quanto ao preço dos diversos espaços a disponibilizar só se terá mais tarde, "pois o projeto não está ainda 100% definido", tal como acontece com o seu modelo de eficiência energética.
O que Elad Dror garante é que o atual contexto de pandemia terá influência nas escolhas arquitetónicas.
"Depois de as pessoas passarem tanto tempo confinadas nas suas casas, a refletir sobre as mudanças, sobre o que precisam e o que desejam, estou certo que todas as questões que envolvem melhorias habitacionais estarão em alta", explica.
Estimando que o empreendimento fique "concluído em 2023-2024", o promotor afirma que esse espaço urbano procurará assim corresponder às motivações geradas pela covid-19 ao nível de áreas comuns, espaços verdes, exteriores e terraços, e viabilizar a devida combinação de zonas de trabalho e lazer.
Elad Dror reconhece, ainda assim, que na taxa e rapidez de ocupação desses apartamentos e escritórios influirão outros aspetos e, nesse sentido, conclui:
"Desejo que, por essa altura, todos os setores de atividade estejam normalizados".
FONTE :Lusa/Fim
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