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Vive numa casa junto ao mar em risco de ruir
Moradora e senhorio de habitação na Rua 2, em Espinho, não se entendem quanto a obras
Espinho Uma mulher de 73 anos mora numa casa a ameaçar ruína. O telhado da habitação, situada na Rua 2, mesmo em frente ao mar, colapsou parcialmente há cerca de três meses. Inquilina e senhorio não se entendem. A moradora, Dalila Santos, acusa o senhorio de não fazer obras de manutenção para obriga-la a deixar a casa. O proprietário, Severino Rebelo, nega essa intenção e adianta que já propôs fazer obras.
Dalila Santos vive há 36 anos naquela habitação. Em março, recebeu uma carta do proprietário referindo a necessidade de obras, já que o imóvel, dizia a missiva, corre o risco de ruir. Na carta, é proposto à inquilina que deixe a habitação temporariamente para que as obras sejam efetuadas e a renegociação do valor da renda. Em alternativa, Severino Rebelo propõe que Dalila abandone em definitivo a casa, em troca de uma indemnização correspondente a dois anos de rendas.
"O senhorio não quer fazer a reparação para eu não ter condições de viver aqui" , acusa a moradora.
"Eu não vou sair daqui de forma alguma. Nem que tenha que dormir na casa de banho, quando a água começar a cair dentro de casa", garante Dalila Santos, aludindo ao colapso de parte do telhado da habitação.
A inquilina adianta que está disponivel para ir temporariamente para outra casa enquanto se fazem as obras, desde que as despesas sejam suportadas pelo proprietário.
"Ele quer que eu vá para casa de uma filha em vez de me arranjar alternativa para eu viver", afirma, revoltada, Dalila Santos.
Senhorio explica Severino Rebelo justifica que a casa "corre o risco de ruir" e que "precisa de obras urgentes". "Mas não as posso fazer com a inquilina lá dentro e ela recusa sair enquanto faço as obras", sublinhou.
Sobre a possibilidade de efetuar obras de manutenção apenas no telhado, o senhorio diz que tal não é possível. "Já lá chamei um homem, mas ele recusa-se a ir para cima do telhado porque aquilo pode cair", refere.
Confrontado com o teor da carta enviada à moradora, Severino Rebelo nega estar a forçar a saída da mulher em definitivo, apesar de reconhecer que essa é uma "alternativa" proposta .•
Salomão Rodrigues
FONTE: JN
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