Ex-reitor da Universidade do Minho eleito a Norte com 2.112 votos até às 24:00 - DGAL
O ex-reitor da Universidade do Minho António Cunha foi eleito na terça-feira presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) tendo até às 24:00 sido escolhido por 2.112 dos 4.091 eleitores inscritos.
De acordo com os dados provisórios às 24:00, divulgados pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) e que excluem a informação de 11 mesas eleitorais, votaram 2.932 autarcas, tendo-se registado 684 votos brancos, 126 nulos e 2.112 votos a favor.
Quando anunciou a sua candidatura, o ex-reitor da Universidade do Minho e candidato único revelou que o convite resultou de "um acordo entre os dois partidos", PS e PSD.
Apesar de ser formalmente uma eleição, os candidatos resultaram de um acordo entre o Governo e o líder da oposição, Rui Rio, e o sistema não é consensual.
Perto de 4.100 eleitos de 86 concelhos puderam participam pela primeira vez na votação para eleger o presidente da CCDR-N.
Além da votação dos colégios eleitorais, constituídos pelos membros dos executivos e das assembleias municipais de cada câmara das regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, os presidentes das 278 câmaras do continente elegeram também um dos dois vice-presidentes das estruturas da região a que pertencem (o outro é nomeado pelo Governo).
Para a vice-presidência do organismo do Norte foi eleito o ex-autarca social-democrata de Macedo de Cavaleiros Beraldino Pinto (também candidato único), com 60 votos a favor e 11 brancos, num universo de 86 eleitores inscritos.
Na Área Metropolitana do Porto votaram 13 dos 17 presidentes de câmara, tendo o ex-autarca social-democrata de Macedo de Cavaleiros sido eleito com 11 votos a favor e dois brancos.
Além do presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, e do presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira - que já tinham anunciado que não iam participar nas eleições para a CCDR-N -, não votaram os presidentes da Câmara de São Joao da Madeira, Emídio Gomes, e a autarca de Vila Conde, Elisa Ferraz, segundo fonte ligada ao processo eleitoral.
Na semana passada, o movimento independente de Rui Moreira apelou ao boicote dos autarcas às eleições, considerando-as "uma farsa que, sob a capa de uma eleição, encobre uma eleição".
No mesmo dia, Pinto Moreira anunciou que também não iria participar naquele ato eleitoral por considerar o processo "uma autêntica farsa" e um "presente envenenado" antecipadamente decidido.
Na terça-feira, o grupo municipal do Porto e os eleitos do distrito de Bragança do BE revelaram que iriam votar em branco na eleição, manifestando a sua oposição a um modelo que "reforça o centralismo e assegura o controlo por PS e PSD da distribuição dos fundos comunitários”.
As Comissões de Coordenação Desenvolvimento Regional são serviços desconcentrados da Administração Central, dotados de autonomia administrativa e financeira, incumbidos de executar medidas para o desenvolvimento das respetivas regiões, como a gestão de fundos comunitários.
FONTE Lusa/Fim
Sem comentários:
Enviar um comentário