quinta-feira, 9 de março de 2023

A ASAE na ação de fiscalização efectuada, os supermercados poderão ter que baixar os preços



ASAE instaura 17 processos por preços especulativos nos super e hipermercados



A ASAE instaurou hoje 17 processos-crime por especulação de preços em supermercados e hipermercados, entre os 125 fiscalizados, detetando em bens alimentares diferenças de 39% entre o preço afixado e disponibilizado ao consumidor e o pago em caixa.



A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), em comunicado divulgado, adianta que a operação de fiscalização teve lugar durante o dia de hoje, de norte a sul do continente, e foi direcionada à cadeia alimentar (supermercados e hipermercados), designadamente ao nível da verificação do cumprimento legal da afixação de preços e da prática do alegado lucro ilegítimo (especulação), obtido na venda de bens alimentares e não alimentares.

O balanço da ação, que contou com 38 brigadas para fiscalizar 125 operadores económicos, somou 17 processos-crime instaurados pela prática do crime de especulação, um delito antieconómico, por detetarem "variações de preço de bens alimentares a atingirem os 39% relativamente ao preço afixado e disponibilizado ao consumidor e o preço pago".

Os agentes da ASAE instauraram também 14 processos contraordenacionais, sendo as principais infrações detetadas o incumprimento à venda com redução de preços, a prática de ações comerciais enganosas, a falta de afixação de preços e a falta de controlo metrológico em instrumentos de pesagem de produtos alimentares.

No comunicado, a ASAE anuncia que vai continuar estas ações de fiscalização, em todo o território nacional, "em prol de uma sã e leal concorrência" entre operadores económicos, e na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores.


Fonte  Lusa/fim









































Aumento dos custos de utilização leva portugueses a  abdicarem de andar de carro



• Portugueses gastam por mês 188 euros para usarem automóvel, um custo que a maioria considera elevado (52%).


• Para 60% é prioritário reduzir custos, sobretudo com combustível – por isso, 7 em 10 decidiram circular menos.

• 49% passaram a confiar a manutenção e reparação a independentes, em detrimento das redes de marcas de  automóveis.

Na hora de comprar um carro, não basta apenas ter disponibilidade financeira para tal, é necessário ter 
também em conta outras despesas que advêm da utilização do veículo. 

Tudo somado, pode sair muito caro  aos portugueses. 

E enquanto uns podem abdicar da sua compra, ou diminuir a sua utilização diária, outros não têm outra opção a não ser a sua utilização diária. 

Mas como é que estes aumentos estão a ser encarados  pelos proprietários? 

E quais as alternativas que estes encontram para fazer face a esta situação? 

Ter carro está a tornar-se um luxo?

Um ónus financeiro cada vez mais elevado

Não há dúvida de que ter um carro é, no geral, bastante caro e os proprietários começam a senti-lo cada vez mais.

 De acordo com o novo estudo do Observador Cetelem Automóvel 2023, para a maioria dos 
condutores portugueses (52%) o custo de utilização dos veículos é elevado, sendo que, no que respeita 
aos custos anuais de utilização, os portugueses que são proprietários de pelo menos um carro, gastam em  média 2.258 euros por ano, o que equivale a 188 euros por mês. 

Relativamente aos restantes países do estudo,   verifica-se que é nos Estados Unidos, Áustria e Noruega que o custo de utilização dos automóveis é mais  elevado, alcançando quase €4.000 anualmente.


Aumento dramático dos combustíveis



Quase todas as semanas os preços dos combustíveis sofrem oscilações. 

No entanto, há uma opinião que se  mantém fixa: os preços dos combustíveis são elevados. 

A afirmação é clara: segundo os dados do Observador  Cetelem, em Portugal, 73% consideram os preços dos combustíveis elevados, sendo que, por mês, à data do inquérito, os portugueses gastavam em média 121 euros – menos 20 euros face à média europeia e  menos 12 euros face à média global. 

Na europa, só os polacos pagam menos mensalmente, cerca de 112  euros. Por outro lado, os belgas (165 euros) são os que pagam mais.


Seguros e manutenção ainda considerados razoáveis


No que respeita aos seguros, neste estudo, os preços são considerados elevados por 4 em cada 10 
portugueses, gastando estes em média cerca de 337 euros por ano com o seguro, menos do que os 572 euros  em média gastos a nível europeu e global. 

Na europa 1 em cada 2 condutores partilha da mesma opinião, existindo vários países europeus onde as opiniões negativas representam a maioria.

 Este é particularmente o  caso na Bélgica e na Noruega.

Em relação à manutenção e reparação, as opiniões dos condutores são semelhantes, com 4 em cada 10 dos  portugueses (43%) e dos inquiridos em geral a consideram estes custos demasiado elevados. 

Na europa,  os espanhóis (48%) são os mais críticos relativamente a estes custos, assim como os belgas (46%) e franceses (45%). 

Segue-se Portugal, Itália e Polónia com 43% dos inquiridos a concordarem com essa afirmação. 

É prioritário reduzir custos, a todo o custo Perante esta situação de aumento de custos, os condutores não deixaram de reagir, com 6 em cada 10 portugueses a tomar medidas para limitar os custos de utilização dos seus veículos. 

A vontade de limitar  os custos observa-se mais fortemente em 4 países com economias mais frágeis – Turquia (78%), África do Sul,  Brasil e México (74% respetivamente). 

Relativamente às medidas tomadas pelos portugueses, os dados do Observador Cetelem Auto revelam que  a prioridade é mesmo reduzir as despesas do combustível (61%), seguindo-se as despesas relacionadas com as portagens (28%), com a assistência e manutenção (27%), com estacionamentos (24%) e, por fim, com o seguro (20%). 

A nível global, as prioridades têm uma ligeira variação: para 65% dos entrevistados, a  primeira coisa a fazer é reduzir o orçamento do combustível, mas depois segue-se a vontade de atuar ao nível da manutenção e dos seguros dos veículos.


Quais as soluções encontradas para reduzir custos de combustível, manutenção e seguro? 


Para diminuir os custos com os combustíveis, a primeira solução encontrada pelos portugueses é drástica: circular menos.

 Neste sentido, 7 em cada 10 portugueses afirmam que já abdicaram de andar de carro –um valor superior ao registado a nível mundial (6 em cada 10). 

Ainda assim, em países com economias mais frágeis, tais como a Turquia ou a África do Sul, esta proporção atinge quase 8 em cada 10 pessoas. 

Por outro lado, 51% dos portugueses estão a otimizar a sua condução (44% a média global) e 50% optam por comparar os preços dos combustíveis e encontrar a estação de serviços mais barata - 46% a nível global.

Ao cumprir o objetivo de eliminar custos com a manutenção, as redes de marcas de automóveis são as 
primeiras a ser penalizadas: 49% dos portugueses passaram a confiar a manutenção e reparação a 
independentes – 40% a média global. 

E 25% dos portugueses optaram por reparem eles próprios o seu  veículo – 30% média global. Já 21% dos portugueses escolheram mesmo limitar a manutenção – 25%  média global.

Ao nível da redução de custos dos seguros, a principal solução escolhida pelos portugueses consiste em 
comparar ofertas (37% vs 32% a média global) e a segunda opção, seguida por 34% dos portugueses é 
renegociar o preço do seguro regularmente – 20% a nível global.

 Já 25% dos portugueses estão a optar por limitar a proteção, escolhendo uma apólice contra terceiros - 17% nível global.


Comprar carro também está mais caro 


Os portugueses somam ainda a estas despesas a atualização do Imposto Sobre Veículos (ISV) e do Imposto 

Único de Circulação (IUC) que, tal como anunciado, serão atualizados à taxa da inflação, em 2023 –
aumentando não só os custos de utilização, mas fazendo-se notar também, de acordo com a opinião de 86%  dos portugueses, no aumento de preços das viaturas. 

Uma opinião a par com a dos austríacos e italianos.

 Os polacos são, no entanto, os que mais concordam com a ideia (89%).

Já os holandeses (23%) e os noruegueses  (20%) são os inquiridos que mais consideram que os preços estabilizaram.


Metodologia


As análises económicas e de marketing, bem como as previsões, foram realizadas em parceria com a empresa de estudos e consultoria  C-Ways, especializada em Marketing de Antecipação. 

O inquérito quantitativo aos consumidores foi conduzido pela Harris Interactive entre 23 de junho e 8 de julho de 2022, em 18 países: África do Sul, Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos,  França, Holanda, Itália, Japão, México, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido e Turquia. 

No total, foram entrevistadas online 16.600  pessoas (método de recolha CAWI). 

Os s entrevistados, com idades entre 18 e 65 anos, foram selecionados a partir de amostras nacionais  representativas de cada país. 

A representatividade da amostra é assegurada pelo método de quotas (sexo, idade). Foram realizadas 800  em cada país, exceto em França onde foram realizadas 3.000 entrevistas

Sem comentários: