segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Associação empresarial de Espinho reclama da falta de iluminação pública na cidade








Associação empresarial 
de Espinho reclama da 
falta de 
iluminação pública na cidade





 A associação empresarial "Viver Espinho", que representa dezenas de comerciantes desse município do distrito de Aveiro, reclamou hoje que a segurança de negócios e cidadãos vem sendo prejudicada pela falta de iluminação pública em determinadas zonas da cidade.

Essa organização remete a responsabilidade para a distribuidora elétrica EDP, mas, segundo essa, as falhas prendem-se apenas com avarias normais, intervenções indevidas por terceiros e cortes intencionais destinados a viabilizar as obras em curso na alameda 8, acima do túnel ferroviário.

Numa carta aberta a diversas entidades locais e nacionais, entre as quais a provedoria da EDP e a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, o presidente da "Viver Espinho", José Nunes da Silva, defende que o problema persiste há "seis anos" e afeta sobretudo as áreas "entre a rua 2 e a rua 4, entre a Piscina Municipal e a rua 23, bem como diversos outros apontamentos" ao longo dessas e outras artérias dessa cidade costeira.

Em causa estão assim alguns dos pontos mais frequentados do concelho, como é o caso da marginal marítima entre o casino e a praia da Baía.

Por isso mesmo, a associação empresarial sublinha a sua "estupefação" por tantos candeeiros estarem desligados "numa praça de elevada projeção turística, com restaurantes e outros agentes económicos do sector terciário, nomeadamente o restaurante Aquário e a gelataria Amore Mio, no edifício do Aparthotel Solverde".

Nunes da Silva acrescenta que tanto os empresários e clientes desses estabelecimentos como a população fixa e flutuante das zonas críticas "referem não se sentir seguros" nas áreas mencionadas, pelo que acusa a EDP de "contribuir para a eventual diminuição da segurança real, efetiva e percebida de pessoas e bens, além de afetar a imagem da cidade e, como tal, a sua economia".

Essa sensação de insegurança ter-se-á acentuado no primeiro semestre de 2020, quando se verificou em Espinho um número anormal de assaltos a lojas, o que comerciantes, moradores e autarquia também relacionaram com a falta de efetivos da PSP para assegurar o patrulhamento da cidade.

Notando que "o cidadão julga que [este problema da iluminação] é da responsabilidade do município", a associação "Viver Espinho" insiste que a culpa recai sobre a EDP, cujo serviço público na cidade está a causar "mal-estar" e vem prejudicando "entidades que são alheias" à situação atual.

Contactada pela Lusa, a EDP Distribuição atribui a carência de iluminação sobretudo às obras em curso desde 2017 para requalificação da alameda onde antigamente circulavam os comboios da Linha do Norte.

"Analisando o histórico das intervenções no centro da cidade de Espinho, verifica-se a ocorrência de três situações", responde fonte oficial da empresa, referindo-se a "avarias decorrentes da normal exploração da rede de iluminação pública, avarias decorrentes da intervenção de terceiros e ainda desligações ou retirada de colunas ou pontos de luz no âmbito das intervenções da requalificação do canal ferroviário".

No que se refere às avarias da rede pública, a EDP diz que "tem procedido à regularização das mesmas em tempo útil", enquanto no que concerne à empreitada na zona onde antes passavam os comboios realça que essa é "uma obra de grande escala, que contempla, entre outras infraestruturas, a renovação de toda a iluminação na zona delimitada pelas ruas 15 e 33, e pelas ruas 4 e 8".

A mesma fonte especifica: "Dada a existência de mudanças na disposição das vias, em passeios e, em alguns casos, nas cotas de piso, a progressão das obras origina a retirada das infraestruturas [de eletricidade] existentes, sendo essa remoção realizada no âmbito das intervenções previstas e sob a orientação da Câmara Municipal".

Quando as interrupções de iluminação se deverem a circunstâncias não explicadas pela referida empreitada, a EDP apela a que as falhas sejam reportadas à empresa através da sua página na internet, da sua aplicação telefónica ou das suas linhas de apoio (através dos números 808.100.100, 218.100.100 e 800.506.506).

FONTE.: LUSA

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