domingo, 9 de agosto de 2020

Inauguração da exposição "“Do círculo vermelho à cidade geométrica”



Exposição "“Do círculo vermelho à cidade geométrica”

Nadim Afonso

A exposição evocativa do centenário de nascimento de Nadir Afonso (1920–2020), com curadoria de Laura Afonso, é uma viagem pelo percurso artístico de Nadir Afonso através do abstracionismo geométrico. As obras estão distribuídas por vários núcleos e dão uma perspetiva antológica do que foi a sua criação artística desde os finais dos anos 40 até às pinturas do século XXI.



Patente até 10 de Outubro.







Eexposição de Nadir Afonso com inéditos da sua produção final

  50 obras de Nadir Afonso (1920-2013), entre as quais telas com paisagens citadinas ou balneares e alguns inéditos produzidos no final da sua carreira.

Patente até 10 de outubro na Galeria Amadeo de Souza-Cardoso, a mostra intitula-se "Do Círculo Vermelho à Cidade Geométrica" e tem curadoria da presidente da Fundação Nadir Afonso, Laura Afonso, que procurou assinalar o centenário do nascimento do pintor com "uma mostra antológica" percorrendo todo o seu percurso artístico.

"Por um lado, temos quadros que representam todas as fases de criação do autor ao longo da sua vida, o que é bom para quem vier conhecer a sua obra pela primeira vez, e, por outro, incluímos alguns inéditos de grandes dimensões, que foram criados nos último anos de Nadir e tornam a exposição mais interessante para quem já conhece bem a sua obra", explica Laura Afonso .

Com entrada gratuita, a nova exposição distingue-se ainda pela sua "tónica especial", na medida em que explora temas que constituem "a essência de Espinho e da sua tradição marítima": inclui telas com "sugestões de cidade" e integra também "muitas cenas balneares, com figuras de mulheres na praia e a predominância dos seus azuis, tão característicos".

Laura Afonso admite que a maioria dos trabalhos presentes no FACE reflete o período mais geométrico da carreira de Nadir, no final dos anos 1940, mas defende que é "particularmente curiosa e interessante" a produção em que se "identificam referências ao ambiente de Espinho", por essa ser uma cidade onde o pintor foi presença assídua durante os seus estudos no Porto.

"Na altura, Espinho tinha uma vida muito ativa, cheia de casinos, cafés e tertúlias, e o Nadir ia lá muitas vezes, como já fizera Amadeo [de Souza-Cardoso] e acontecia também com outros intelectuais da época", afirma a curadora da mostra "Do Círculo Vermelho à Cidade Geométrica".

Quanto às obras do pintor a exibir pela primeira vez na presente mostra, a presidente da Fundação Nadir Afonso destaca o quadro que, numa tela de dois por 2,5 metros, apresenta "uma sugestão de cidade no estilo que é tão próprio do artista que facilmente se reconhece à primeira vista como sendo da sua autoria".

"Sabe-se logo que um quadro é do Nadir só de olhar para ele e isso só acontece com os autores mais geniais", conclui Laura Afonso.






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