Covid-19: Gaia desinfeta ruas com “produtos duradouros” e pede menos lixo no chão
"É importante que as pessoas percebam que há uma atenção especial para aquilo que é público, nos passeios e espaços de deposição dos lixos. Apelo às pessoas para que nos ajudem, porque o que temos assistido nos últimos dias é a contentores vazios e lixo no chão ou encostado aos contentores", referiu Eduardo Vítor Rodrigues.
O autarca, que falava à agência Lusa, depois de ter acompanhado uma ação de higienização da via pública, medida que foi reforçada há cerca de duas semanas devido à pandemia associada ao novo coronavírus, disse perceber que "as pessoas não queiram abrir os contentores, presumindo sempre que mais vale colocar o lixo no chão do que tocar no contentor", mas alertou para "o duplo risco" que essa decisão acarreta, uma vez que "deixa as ruas sujas e com lixo à mercê de animais".
"Eventualmente, podem-se prevenir e usar luvas no despejo do seu lixo. Este comportamento que estamos a assistir não ajuda em nada", disse o autarca.
Eduardo Vítor Rodrigues percorreu, esta manhã, as ruas entre a câmara municipal, na Avenida da República, e a Unidade 2 do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e acompanhou o trabalho das equipas de desinfeção intensa da via pública.
A gestão dessas equipas está a ser feita pela autarquia em articulação com a empresa Águas de Gaia e a empresa SUMA, sponsável pela recolha de resíduos e limpeza urbana.
"Pedimos às pessoas que fiquem em casa, mas na rua está ainda muita gente a trabalhar", disse o autarca, apontando que foi seu objetivo "motivar e agradecer às dezenas e dezenas de pessoas que trabalham, algumas de madrugada, e com fatos de proteção especiais" para limpar contentores do lixo, entre outro mobiliário urbano.
"A intervenção que tem um duplo momento: uma lavagem com detergente específico, um produto biologicamente aceitável para crianças e animais, e a desinfeção com produto de aplicação direta que tem a vantagem de gerar uma película que aguenta alguns dias. As equipas atuam no mesmo local dia sim, dia não, apesar de o produto ter uma garantia de permanência superior", descreveu o autarca.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Portugal tem 33 mortes associadas ao vírus que provoca a covid-19, revelou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Estão confirmadas 14 mortes na região Norte, seis na região Centro, 12 na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve.
O boletim da DGS regista 2.362 pessoas infetadas pelo novo coronavírus (mais 302), a grande maioria (2.159) está a recuperar em casa e 203 estão internadas (mais dois), 48 das quais em Unidades de Cuidados Intensivos (mais uma).
FONTE :
Lusa/Fim
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