Covid-19. Houve residentes de Ovar a “furar o cerco”, denuncia presidente da Câmara de Espinho
Com a A29 e a estrada nacional vedada entre Ovar e Espinho, Pinto Moreira alerta residentes de um e outro concelho que continuam a circular nas vias secundárias. Autarca fala em “descoordenação brutal” e pondera colocação de barreiras físicas nas estradas municipais para evitar cadeias de contágio. Espinho tem cinco casos confirmados
Um dia depois de o Governo ter decretado o estado de calamidade em Ovar para travar a propagação do novo coronavírus, o presidente da Câmara de Espinho alerta que moradores com familiares de um lado dos concelhos-fronteira estão a desrespeitar a cerca sanitária. “Esta quarta-feira, houve residentes a furar o cerco, é lamentável a descoordenação brutal”, refere Pinto Moreira, apelando à população para respeitar as medidas de interdição de circulação entre os dois municípios para evitar cadeias de transmissão do surto.
No concelho de Espinho estão registados, desde segunda-feira, cinco casos positivos de Covid-19, “felizmente todos estáveis”, diz ao Expresso o autarca, embora preocupado com o fluxo de familiares que teimam em transgredir a ordem de não entrar ou sair do concelho vizinho, que tem 30 casos positivos. Apesar de a A29 e a estrada nacional estarem vedadas entre os dois municípios (e de os comboios da Linha do Norte não efetuarem paragens de entrada e saída de passageiros em Ovar), Pinto Moreira avança que, esta quarta-feira, moradores das duas cidades circularam por caminhos municipais, situação que a autarquia e as juntas de freguesia vão monitorizar durante esta quinta-feira.
“Caso se mantenha a transgressão do plano de emergência distrital, decretado ainda antes do estado de emergência nacional, vamos reunir com a Comissão Municipal de Proteção Civil e a tutela para que sejam equacionadas barreiras físicas nas vias secundárias”, avança ao Expresso. A preocupação deve-se ao elevado número de casos confirmados da infeção nos municípios limítrofes, não só em Ovar, mas também em Santa Maria da Feira, razão que levou o autarca a ativar terça-feira à noite o plano municipal de emergência de Proteção Civil de Espinho.
A decisão foi comunicada à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil através do Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro, aos municípios de Santa Maria da Feira, Ovar e Vila Nova de Gaia, a todos os agentes de proteção civil de Espinho e à população.
Pinto Moreira refere ainda ter sido contactado por várias entidades patronais do concelho a queixaram-se de que estava a chegar “pessoal de Ovar”, tendo sido transmitido para às empresas o regresso imediato dos trabalhadores a casa. O edil foi ainda questionado por empresários locais sobre a possibilidade de serem autorizados “salvo-condutos” de funcionários residentes em Espinho, “sob pena de terem de parar a produção”, pedido recusado por “acima de tudo estar a saúde pública”.
FONTE :
Expresso
Com a A29 e a estrada nacional vedada entre Ovar e Espinho, Pinto Moreira alerta residentes de um e outro concelho que continuam a circular nas vias secundárias. Autarca fala em “descoordenação brutal” e pondera colocação de barreiras físicas nas estradas municipais para evitar cadeias de contágio. Espinho tem cinco casos confirmados
Um dia depois de o Governo ter decretado o estado de calamidade em Ovar para travar a propagação do novo coronavírus, o presidente da Câmara de Espinho alerta que moradores com familiares de um lado dos concelhos-fronteira estão a desrespeitar a cerca sanitária. “Esta quarta-feira, houve residentes a furar o cerco, é lamentável a descoordenação brutal”, refere Pinto Moreira, apelando à população para respeitar as medidas de interdição de circulação entre os dois municípios para evitar cadeias de transmissão do surto.
No concelho de Espinho estão registados, desde segunda-feira, cinco casos positivos de Covid-19, “felizmente todos estáveis”, diz ao Expresso o autarca, embora preocupado com o fluxo de familiares que teimam em transgredir a ordem de não entrar ou sair do concelho vizinho, que tem 30 casos positivos. Apesar de a A29 e a estrada nacional estarem vedadas entre os dois municípios (e de os comboios da Linha do Norte não efetuarem paragens de entrada e saída de passageiros em Ovar), Pinto Moreira avança que, esta quarta-feira, moradores das duas cidades circularam por caminhos municipais, situação que a autarquia e as juntas de freguesia vão monitorizar durante esta quinta-feira.
“Caso se mantenha a transgressão do plano de emergência distrital, decretado ainda antes do estado de emergência nacional, vamos reunir com a Comissão Municipal de Proteção Civil e a tutela para que sejam equacionadas barreiras físicas nas vias secundárias”, avança ao Expresso. A preocupação deve-se ao elevado número de casos confirmados da infeção nos municípios limítrofes, não só em Ovar, mas também em Santa Maria da Feira, razão que levou o autarca a ativar terça-feira à noite o plano municipal de emergência de Proteção Civil de Espinho.
A decisão foi comunicada à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil através do Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro, aos municípios de Santa Maria da Feira, Ovar e Vila Nova de Gaia, a todos os agentes de proteção civil de Espinho e à população.
Pinto Moreira refere ainda ter sido contactado por várias entidades patronais do concelho a queixaram-se de que estava a chegar “pessoal de Ovar”, tendo sido transmitido para às empresas o regresso imediato dos trabalhadores a casa. O edil foi ainda questionado por empresários locais sobre a possibilidade de serem autorizados “salvo-condutos” de funcionários residentes em Espinho, “sob pena de terem de parar a produção”, pedido recusado por “acima de tudo estar a saúde pública”.
FONTE :
Expresso
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