sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Conheça as obras....

gazeta de espinho

Depois de vários adiamentos, linha deve estar enterrada

Depois de vários adiamentos, linha deve estar enterrada

Obra de rebaixamento da via-férrea no atravessamento da cidade de Espinho continua a dividir opiniões.

Arrancou em 2004 e tinha-se previsto que terminaria 2007, mas desacordos entre o empreiteiro responsável e a REFER levaram ao adiamento da data de conclusão para Junho de 2008. Desde o início que a obra de rebaixamento da via-férrea no atravessamento de Espinho esteve envolta em controvérsia e, a quatro meses de chegar ao prazo limite de conclusão, o panorama não mudou muito.

Ainda que tenha sido uma empreitada reclamada há décadas e os seus benefícios sejam amplamente proclamados pela Câmara de Espinho e pela REFER, nomeadamente ao nível da requalificação do meio urbano, do aumento da qualidade visual da paisagem associada e da redução do ruído com origem na circulação ferroviária, a verdade é que uma obra de tão elevada envergadura (o seu custo total é de 60 milhões de euros) implica inconvenientes que nem todos os espinhenses estão dispostos a aguentar.

Trata-se de uma obra de grande impacto que assenta na construção de um túnel de quase 1000 metros por onde passarão a circular comboios. O espaço da superfície será dedicado à implantação de duas praças destinadas ao lazer. A mais importante é a que vai ficar a Norte da estação e que se vai estender até junto do casino da cidade.

Segundo Rolando Sousa, vice-presidente da Câmara de Espinho, este espaço “é muito importante, pois corta a barreira que existia entre as pessoas que viviam junto ao mar e aquelas que viviam junto à linha”. A obra  passa ainda pela criação de novos espaços de estacionamento e zonas verdes.

“Velocidade de cruzeiro”
“Esta empreitada, que está em curso já há alguns anos, está hoje em velocidade de cruzeiro e prevê-se que no final do mês de Maio, o comboio possa circular dentro do túnel. Naturalmente que ainda há mais obras a fazer”, esclarece Rolando Sousa.

Apesar das garantias, a alteração do prazo para a conclusão da obra foi algo que sempre intrigou os espinenhenses. O autarca justifica o atraso: “Foi o resultado de uma discussão bastante prolongada entre o empreiteiro e o dono da obra, que é a REFER, relativamente à dureza do maciço xistoso que existia no local”.

De acordo com Rolando Sousa, “foi necessária uma paragem da obra para se estudar a situação e tentar um consenso entre o empreiteiro e a REFER, o que aconteceu mais tarde”.

Questionado se se verificaram implicações em termos de custos financeiros por causa desse mesmo atraso, o político afirmou que “provavelmente houve um aumento substancial de custos para a REFER, mas para a Câmara de Espinho não. A verba continuou nos 20 milhões [um terço da totalidade], aspecto que decorria do protocolo”.

Obra contestada
O enterramento da linha motivou já várias manifestações por parte de agentes económicos e sociais da cidade, nomeadamente comerciantes e habitantes da Marinha de Silvalde. Os moradores temiam que o seu bairro se tornasse um gueto, devido à construção de um muro entre as partes norte e sul da cidade.

Para Rolando Sousa, “sempre que há as obras, há contestações”, mas defende que não cabe à autarquia “fazer qualquer tipo de cedências, pois a obra em si não é da câmara, mas sim da REFER. A autarquia procura, sim, conciliar os interesses da REFER com os dos habitantes”.

Rolando Sousa concordou ainda com as declarações do presidente da Câmara de Espinho, José Mota, segundo o qual o rebaixamento da via-férrea no atravessamento da cidade “é vital“, pelo que os seus inconvenientes são um mal necessário com vista a um bem maior.










terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Abaixo-assinado contra invasão de parcómetros

Abaixo-assinado contra invasão de parcómetros

clip_image002

Estacionamento no centro de Espinho vai ter mudanças em breve com parcómetros e parques

Um grupo de cidadãos de Espinho entregou na Câmara um abaixo-assinado com duas mil assinaturas contra a colocação de parcómetros naquilo que dizem ser cerca de 90% da área verdadeiramente urbana da cidade. Tal medida, aprovada pela Assembleia Municipal, e que compreende igualmente a construção e exploração de dois parques de estacionamento subterrâneos, um junto ao Centro Multimeios, e outro no largo da igreja matriz, dizem, irá "condenar o futuro de Espinho". "Se permitirmos que esta solução avance, estaremos a assinar a certidão de óbito para cidade", pode ler-se no abaixo-assinado.

"No núcleo duro da área comercial de Espinho, ou seja, entre as ruas 15 e 25 e as ruas 8 e 20, faz todo o sentido existir parcómetros, pois os cerca de 400 lugares de estacionamento ali existentes estão normalmente ocupados durante quase todo o dia por automóveis deixados por pessoas que vão trabalhar para as cidades vizinhas, como Gaia e Porto. No entanto, achamos excessivo colocar parcómetros além dessa área, como está previsto. Isso poderá levar as pessoas a, em vez de vir a Espinho, preferirem ir para os centros comerciais onde têm lugares de estacionamento em abundância e que cada vez mais proliferam nas nossas imediações", criticou José Serrano.

Questionado sobre quando serão instalados os ditos parcómetros, o vice-presidente da Câmara, Rolando de Sousa, explicou que após ter sido aprovado o regulamento pela Assembleia Municipal, o documento foi entregue à empresa "Irmãos Cavaco", que ganhou o concurso de construção e exploração dos tais dois parques e dos parcómetros, esperando-se agora o seu acordo. Quando isso acontecer, poderão ser colocados os parcómetros.

De referir que a área de "jurisdição" da empresa "Irmãos Cavaco" no que se refere à colocação e exploração de parcómetros está compreendida entre as ruas 7 e 33 e as ruas 8 e 28, embora, pelo menos para já, os parcómetros serão colocados numa área mais restrita, nomeadamente entre as ruas 62 e 27 e as ruas 8 e 28, incluindo uma parte da rua 26.

Rolando de Sousa esclareceu ainda que a empresa avançará primeiramente com a construção do parque junto do Multimeios, com 200 lugares, e só quando aquele tiver uma taxa de ocupação de cerca de 80% é que avançará para a construção do segundo, com 100 lugares.

Entretanto, está já previsto um terceiro parque de estacionamento subterrâneo, desta feita junto à via-férrea, com espaço para 500 automóveis