quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Peixeira de Espinho - "É do nosso mar! É peixe do nosso mar!".

 



Fotos Direitos Reservados























Venda de peixe nas ruas de Espinho ainda é tradição



"É do nosso mar! 


É peixe do nosso mar!". 

O pregão ecoa pela rua e quase ninguém lhe fica indifente. 

Debaixo de um sol impiedoso, Maria da Assunção, a cara sulcada pelas rugas que as agruras da vida lhe foram emprestando ao longo de 67 anos, espera apenas por mais dois ou três clientes para esvaziar o carrinho em madeira com o peixe que de manhãzinha bem cedo foi buscar à praia.

 Cada prato, aí com um quarteirão de carapaus, custa duzentos escudos. 

"O meu marido costuma ir ao Furadouro, mas hoje vim cá comprar.

 Foi tirado há bocado do mar", comenta uma compradora, indiferente às lojas que o mercado municipal, a poucas dezenas de metros, ainda expõe para a Rua 23, em Espinho. 

Apesar das condições de higiene não serem as mais recomendáveis - o peixe pode estar longas horas exposto ao sol - e de o lucro não ser chorudo, o negócio lá vai dando para sobreviver a um dia-a-dia amarrado às magras reformas.

Olhadas como figuras típicas e íntimas da cidade, as varinas vendem na rua praticamente desde crianças e o seu pregão continua tão familiar como outrora. 

"Vender peixe com uma canastra na rua é uma tradição vareira. 

Há um barco que chega, as pessoas pegam no peixe e sobem as ruas a apregoar. 

A arte xávega e o leilão do peixe à borda de água fazem parte da tradição", explica Fernando Rocha, vereador do pelouro dos Mercados e Feiras da Câmara de Espinho, que faz questão de lembrar a proibição de venda ambulante na cidade e da responsabilidade da polícia na fiscalização deste comércio.

A delegada de saúde do concelho de Espinho, Maria Manuel Santiago, reforça esta ideia, mas condescende com as varinas, "por se tratar de pessoas com poucos recursos, daí raramente se chegar à autuação".

 "Como é pouca quantidade de peixe, rapidamente é vendido e não estará muito tempo ao calor e ao sol.

 Não quer dizer que esteja nas melhores condições. 

Comprar peixe nessas condições apresenta um risco acrescido, mas até agora não temos tido conhecimento de queixas de intoxicações devido à fraca qualidade do peixe", diz esta responsável, que lamenta não dispor de mais meios de fiscalização.

Apesar deste olhar compreensivo, as autoridades não são olhadas com muito bons olhos por quem vende na rua:

 "Está ali um mercado que não presta para nada. 

A câmara não pinta, nem caia, nem nada. 

Só serve para levar o povo aos passeios, a comer e a beber", protesta Maria da Assunção, que, mesmo assim, lá vai lamentando não ter dinheiro para pagar o aluguer exigido. 

"[Ante]Ontem, estive aqui e ganhei três contos. 

Com os 36 de reforma, tenho de pagar água, luz, telefone... não dá para nada".

Descontente com a autarquia, mas por motivos distintos, está Irene Moreira, uma das três proprietárias de um dos estabelecimentos do mercado. 

"A câmara não quer saber. 

Até parece que dizem à polícia para não mexer com as peixeiras. 

E depois há quem diga que o peixe com areia tem tradição, que é fresquinho, que é da rua... mas muitas vezes elas metem barrete".

Há 54 anos a vender na rua, Maria Brandão não sabe o que há-de fazer se um dia a proibirem de levar o seu carrinho cidade fora a anunciar o seu "peixe fresco do nosso mar". 

"Sempre vendi nas ruas de Espinho, nunca pensei em ir para uma loja porque não tenho dinheiro para isso. 

Com mil escudos para a sopa já estamos satisfeitas".

 Para esta mulher de cabelos brancos e mãos rudes, um dos grandes problemas é quase só trabalhar de Verão. 

E de Inverno?

 A resposta veio com um encolher de ombros:

 "Às vezes, o dinheiro não chega...

"Construído em 1911, o Mercado Municipal de Espinho quase nunca sofreu obras de remodelação, mesmo fazendo parte do Plano Director Municipal e do Património de Memórias da Cidade de Espinho.

  Uma das poucas excepções foi a operação levada a cabo há cerca de dez anos, quando a autarquia mandou fazer novos portões, tendo sido notório o esforço para respeitar os originais - simples, sem quaisquer motivos. 

Agora, tudo indica que os comerciantes vão poder, dentro de cerca de um ano e meio, trabalhar num novo edifício, que terá um piso extra destinado a oito espaços para estabelecimentos de restauração (isso obrigará à construção de uma cobertura).

 No piso térreo, continuarão as tradicionais lojas de venda de produtos alimentares e de plantas, com a novidade de as peixarias deixarem de ser viradas para a rua, conforme se verifica actualmente. 

A decoração do mercado procurará fazer um apelo à simplicidade, com azulejos brancos nas paredes e uma calçada portuguesa.


FONTE : Público

Mário Barros 







sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Inauguração do edifício da Biblioteca Municipal de Espinho




A data de abertura ao público está, por isso, ainda em suspenso, continuando a funcionar a biblioteca provisoriamente instalada no salão nobre da Piscina Solário Atlântico.

Apesar disso, todas as atenções se virarão hoje para o Parque João de Deus, também requalificado, onde foi construída de raiz aquela que, em 2004 e segundo um estudo citado pelo vice-presidente da Câmara, Rolando de Sousa, era a obra mais ambicionada pela população.

A biblioteca, cujo projecto de arquitectura ficou a cargo de Rui Lacerda, foi concebida tendo por base a forma dos antigos quarteirões de Espinho, cujo centro ficava sempre livre. Neste caso, o interior da biblioteca é marcado por um espaço aberto, dispensando assim a existência de corredores.

Curioso é o facto de o edifício ser atravessado por uma rua que liga a Avenida 24 ao interior do Parque João de Deus. O objectivo passou por levar as pessoas que habitualmente já por ali entravam a caminho do jardim a continuar a fazê-lo de forma a convidá-las a entrar na biblioteca.

Um espaço bem diferente do inicialmente previsto, com três pisos, e que foi considerado demasiado grande e dispendioso.

Recorde-se que o projecto teve de ser reformulado de forma a cumprir as regras das Bibliotecas Municipais do tipo 2, ou seja, para concelhos com população entre os 20 mil e os 50 mil habitantes. Além das secções diferenciadas para adultos e crianças, a biblioteca integra também espaços polivalentes para actividades de animação, colóquios e exposições. Tratou-se de um investimento na ordem dos 2,5 milhões de euros.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Edifício da Biblioteca Municipal inaugurado sexta-feira

O edifício da nova Biblioteca Municipal de Espinho vai ser inaugurado sexta-feira propondo-se alterar aquele que é o conceito tradicional de usufruto deste tipo de equipamentos.

A inira-estrutura ainda não tem data definida para a sua abertura ao público.

O arquitecto Rui Lacerda, autor do projecto orçado em cerca de três milhões de euros, define o edifício como "um grande «open space» sem corredores, onde se circula livremente, e com o objectivo de acabar com a ideia de que os livros têm de estar para um lado e os leitores para outro".

domingo, 27 de setembro de 2009

Comerciantes reclamam de atraso nas obras

Comerciantes reclamam de atraso nas obras



Comerciantes reclamam de atraso nas obras


Clientes e feirantes do mercado semanal de Espinho queixam-se das obras que duram há mais de um ano e da falta de condições higiénicas na zona do peixe, a funcionar junto a montes de terra e pedras.


A primeira intervenção no âmbito das obras de requalificação do mercado demorou um ano a executar pelos funcionários da autarquia e ficou concluída há cerca de dois meses. 

Agora, o novo arranjo está adjudicado a uma empresa privada e, segundo o vereador da Câmara Municipal de Espinho Manuel Rocha, demorará um mês a ficar pronto, "para depois o resto continuar no ano que vem". 

Na intervenção em curso, o investimento previsto é de 103 mil euros.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Procissão teve gente como há muito não se via

 

Multidão na festa de Nossa Senhora da Ajuda ficou-se pelo centro. 


Divertimentos com pouco negócio

 

A procissão em honra da Nossa Senhora da Ajuda, em Espinho, foi vista por milhares de pessoas, que invadiram o centro da cidade. 

Os divertimentos, localizados na zona norte, não tiveram, porém, a adesão desejada. 

E geraram críticas.

Filas de gente por todo o lado, a sair das dezenas de camionetas de excursão estacionadas no espaço da feira semanal, a sair de comboios, à porta das casas de banho da estação, nos cafés, e, claro está, em todas as bermas das ruas por onde o cortejo iria passar.

É assim, sempre, no dia da procissão em honra da Nossa Senhora da Ajuda, em Espinho, mas, este ano, diz quem sempre assistiu ao evento religioso mais importante do concelho, todas as expectativas foram superadas.

 O facto de ter sido feito um tapete de flores de meio quilómetro de comprimento a servir de passadeira à procissão também terá ajudado.

"Até parece a Senhora da Ajuda de antigamente", fez notar Adelina Soares, de 82 anos. 

"A única diferença é que, antes, as pessoas estreavam roupa nova neste dia e hoje já vi por aí muitas fraldas de fora e muitas raízes por pintar", criticou, sem papas na língua, chamando a atenção para o "tailleur" cor de malva impecável e para a permanente feita há dois dias.

No entanto, se por um lado, os responsáveis pelos cafés do centro da cidade não tiveram mãos a medir, o mesmo não puderam dizer aqueles que vivem dos bilhetes dos carrosséis. 

É que, os divertimentos e a roulottes de comes e bebes, que antes do enterramento da linha se posicionavam ao logo da Avenida 8, no centro, tiveram de se contentar, mais uma vez, em ficar na entrada norte da cidade.

E a verdade é que, apesar de em Espinho tudo estar próximo de tudo, o certo é que, ontem, o clima que ali se vivia era de puro desânimo atendendo aos milhares de potenciais clientes que se limitaram a ficar perto do percurso da procissão. 

"Não se compreende. 

Dizem que não se pode usar o espaço liberto da linha de caminho de ferro porque a placa não aguenta, mas a verdade é que, a sul da Rua 33 são às dezenas e dezenas de carros ali estacionados e ninguém diz nada", criticou Leonel Matos, taxista. 

"O ideal é que a festa estivesse toda junta, de maneira que toda a gente ganhasse com os milhares de pessoas que cá vêm e não apenas alguns", concluiu.

A festa, porém, continua até sábado.





domingo, 20 de setembro de 2009

Festas Nª Srª d'Ajuda 2009 - Fogo de Artifício

 









Fogo de Artifício 



Os fogos de artifício são explosivos de efeito pirotécnico ou sonoro feitos para fins de entretenimento, efeitos estéticos ou visuais. 

Geralmente são utilizados em festividades, eventos, celebrações ou para efeitos especiais e visuais em apresentações, concertos, peças de teatro ou afins.

Fogos de artifício são utilizados nas mais diversas ocasiões, principalmente em ocasiões festivas, feriados e festas religiosas. 

Eles também podem ter diversos tipos, formatos e efeitos diferentes: os mais comuns são os fogos de estampido e fogos de efeitos visuais que são divididos em diversos tipos (bombas, foguetes, rojões, fontes, etc), classificações (tipos, efeitos e categorias) e níveis de restrição (leis, regulamentos, licenças para solta-los, etc).

O Brasil atualmente é o segundo maior produtor de fogos de artifício do mundo, perdendo apenas para a China.. 

A cidade de Santo Antônio do Monte, no estado de Minas Gerais é a sede do polo brasileiro de fabricação de fogos de artifício.






terça-feira, 28 de julho de 2009

Feirantes ao sol e com dificuldades nos acessos

  


Venda de fruta e de legumes no mercado semanal em novo local mas ainda com falta de sombra

 

 

gazeta de espinho feiraA mudança dos vendedores de frutas e legumes da feira de Espinho para um novo local, deu-se, ontem, segunda-feira, sem incidentes, mas cedo ouviram-se críticas sobre a falta de sombra e as dificuldades nos acessos aos postos de venda.

O novo espaço de venda de frutas e legumes da feira de Espinho, entre as ruas 29 e 31, está bonito de se ver. 

Dispostos em quarteirões, os postos de venda dão uma imagem de organização e qualidade e a inexistência de covas e cordas atravessadas é mais-valia.

A mudança deu-se ontem, sem incidentes, mas, para os feirantes, ainda muito há fazer, nomeadamente deixar crescer as árvores para que haja sombra e os produtos não se arrisquem a ficar estragados ainda antes da hora do almoço em dias de sol . 

Há que também esperar que a Câmara encontre uma melhor solução para os acessos aos postos de venda para as descargas dos produtos.

Sabendo de antemão que o mais difícil seria montar as novas barracas e colocar em exposição os produtos a tempo de, logo às primeiras horas da manhã, estar tudo pronto para atender os clientes madrugadores, a maioria dos feirantes começou o trabalho anteontem à tarde.

No caso de Fátima Bastos, além da barraca, até a fruta pernoitou na feira. 

"Deixamos tudo tapado, para ninguém roubar nada. 

Foi a solução que encontramos para evitar os engarrafamentos de hoje (ontem) de madrugada", disse.

É que, dado haver apenas um corredor central por onde podem passar os veículos dos feirantes, estes têm de ser muito rápidos na descarga e transporte dos caixotes com produtos para os postos de venda, isto para que não haja discussão. 

Basta um veículo ali parado, para mais nenhum outro passar.

"Já alertamos a Câmara para a necessidade de melhorar os acessos, que neste momento é o maior problema, e penso que se encontrará uma solução na medida em que o diálogo que temos mantido com a Autarquia tem sido positivo", explicou Joaquim Pereira, da Associação de Feirantes do Distrito do Porto que ontem esteve no local a acompanhar a mudança.

 "É o primeiro dia, as pessoas ainda estão a habituar-se", notou.

A ambientar-se com a mudança estavam também vários clientes. 

"Costumo comprar sempre à mesma pessoa, mas ainda não consegui encontrá-la. Se não conseguir, acabarei por comprar a outra" queixou-se Rosa Félix.

domingo, 19 de julho de 2009

Contestado fecho de marginal sem aviso

 

 

No primeiro dia do encerramento da marginal de Espinho ao trânsito foram os banhistas que mais se mostraram indignados com a medida, sobretudo devido à falta de informação.

Houve mesmo quem cortasse um cadeado.image

O fecho ao trânsito da Rua 2, em Espinho, irritou muitos dos banhistas que ontem se preparavam para deixar os carros na marginal, antes de seguirem para a praia, como era seu costume. Apanhados de surpresa, até porque, referiram, não encontraram no caminho qualquer indicação de que a rua iria estar fechada, veraneantes viram-se obrigados a recuar e a procurar lugar para estacionar noutras zonas da cidade. Houve, porém, quem não se ficasse pelos ajustes.

Cerca das 11.45 horas, um automobilista, que havia descido a Rua 31 em direcção ao mar, deparou-se com o cadeado a fechar a Rua 2 quando já lá se encontrava defronte. Com uma fila de carros atrás, conduzidos por outros desconhecedores da nova postura, o referido indivíduo depressa tratou de sair do automóvel, partiu o cadeado e atirou-o ao chão.

Feito isto, arrancou ao longo da Rua 2, para indignação de vários moradores que assistiram à cena e que logo acorreram para voltar a prender o cadeado. "Se é para estar fechado, é para estar fechado", replicaram.

Os moradores da Rua 2 parecem ser mesmo os mais satisfeitos com a medida levada a cabo pela Câmara a fim de melhorar da qualidade do ar. Uma medida, porém, que só será levada a cabo ao final de semana, durante a época balnear.

Já quanto aos comerciantes, depois de terem demonstrado, na sua grande maioria, uma forte discordância por temerem que a impossibilidade de ali estacionar afaste os clientes, sobretudo quando na maior parte da cidade o estacionamento agora é pago, mostraram-se, ontem, mais reservados. Disseram querer esperar para ver se o futuro lhes dará razão ou não.

"Na essência é uma boa medida, já que, até agora, as pessoas vinham para aí, estacionavam os carros e ali os deixavam todo o dia. O problema é que a Câmara não devia avançar com o fecho da rua sem antes criar condições", explicou Fernando Brandão, do restaurante BaíaSol.

"Não há dúvida que a calma que agora aqui se sente é uma maravilha, sem ruídos, nem cheiros. E as crianças podem andar mais livremente. É que havia aí gente que passava a uma velocidade que metia medo", concluiu Jorge Mendonça, vendedor de gelados.

Também os pesados de mercadorias (com mais de 3,5 toneladas) estão proibidos de circular abaixo da Avenida 32.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Marginal fecha ao trânsito aos fins-de-semana

 

Rua 2 vai ficar sem carros já a partir de amanhã, sábado.  Comerciantes apanhados de surpresa.

A Rua 2, junto às praias de Espinho, vai ser fechada ao trânsito ao fim-de-semana, durante todo o Verão, e já a partir de amanhã. A medida da Câmara, levada a cabo em prol da qualidade do ar, está a hojerevoltar os comerciantes.

A notícia caiu como uma bomba. "Se isso acontecer, chego lá e corto os cadeados. É que ninguém duvide" - Paula Zagalo, do conhecido Restaurante Zagalo, em plena Rua 2, defronte do mar de Espinho, não esconde a raiva. "Como se já não bastassem os problemas que nós temos, com as quebras no negócio por causa da falta de dinheiro, vem agora a Câmara para nos dar a machadada fatal. Mas isto não vai ficar assim, não vai não", acrescentou, com o desespero espelhado no olhar.

Demonstrando total desconhecimento acerca da medida que vai ser adoptada pela Câmara de Espinho, com vista à melhoria da qualidade do ar, já a partir de amanhã, responsáveis pelos vários restaurantes da Rua 2 - cuja parte aberta ao trânsito é cerca de metade da marginal da cidade -,bem como banhistas e veraneantes, mostravam-se, ontem, surpreendidos e revoltados.

"Como é que a Câmara faz uma coisa destas em pleno Verão e sem criar condições, parques de estacionamento? Se a falta de lugares de estacionamento já era um problema, por causa de tantas obras, tanto que nos vimos obrigados a pagar o estacionamento pelos nossos clientes para que não fugissem daqui, como é que vai ser agora?", questionou Joaquim Teixeira, funcionário do Restaurante EspinhoMar 2.

"Acho muito bem. Há anos que deviam ter feito isso. As pessoas vêm para aí às sete horas da manhã, entopem isso de carros e depois nem as ambulâncias conseguem passar", salientou, por sua vez, Vítor Brito, gerente do Restaurante Dolche, uma das únicas vozes concordantes. O vereador Manuel Rocha disse ao JN nãoacreditar que os restaurantes e outros negócios instalados na Rua 2 venham a sofrer com o encerramento ao trânsito. "Imagine-se aquela marginal livre de automóveis, cheia de gente a passear livremente. Estou convicto de que, com o tempo, as pessoas vão preferir a rua fechada", explicou.

"O maior impacto, penso, será mesmo no estacionamento, mas para isso temos a parte nascente da cidade onde, desde que o estacionamento passou a ser pago, se encontram muitos lugares livres. Mais: na Avenida 8, entre o Casino e o Restaurante Cabana já é permitido estacionar, durante a época balnear, nos dois lados da rua e, num deles, em cima de metade do passeio", acrescentou.

O porquê de tal medida, explicou Manuel Rocha, prende-se então, com um compromisso assumido pela Câmara no âmbito de um plano de melhoria da qualidade do ar levado a cabo pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte de forma a diminuir a quantidade de partículas PM10. Além do fecho da Rua 2 ao trânsito ao fim-de-semana, a Câmara adoptou também por medida a proibição de circulação de veículos pesados de mercadorias a poente da Avenida 32. Até agora era só a partir da Rua 20 para poente.

O JN procurou saber qual a opinião do presidente da Junta de Freguesia de Espinho, Rui Torres, mas este mostrou-se tão surpreendido com a medida como todos os outros.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Requalificação Liceu de Espinho

 

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Fotos Direitos Reservados



Aumento do pavilhão desportivo

Pavilhões  de aulas  NOVOS

Contentores na escola para acolher alunos

domingo, 21 de junho de 2009

XIII Encontro De Estátuas Vivas - 2009



XIII Encontro De Estátuas Vivas 





A cidade de Espinho recebe este fim-de-semana a 13.ª edição de encontro de estátuas vivas mais antigo da Europa, este ano com 45 participantes, reforçando a aposta na qualidade das suas propostas.

"Guardiões da Terra", "Ícaros", "Turismo em tempo de crise", "Orfeu mecânico" e "Não mordas a mão que te dá de comer" são alguns dos temas que vão motivar manifestações da chamada "imobilidade expressiva" em diversos locais do Largo da Câmara Municipal e da Rua 19.

O programa do XIII Encontro de Estátuas Vivas de Espinho arranca no sábado à noite, com a iniciativa "Lu(g)ar de Estátuas", que, segundo Idalina Sousa, responsável técnica pela organização do evento, reúne "num ambiente mágico 14 participantes premiados em anos anteriores".








quinta-feira, 18 de junho de 2009

Museu municipal de ESPINHO

Museu municipal de ESPINHO


Museu inaugurado em junho de 2009, localizado no Fórum de Arte e Cultura de Espinho (FACE), antiga Fábrica de Conservas Brandão, Gomes & Companhia. Integra três exposições permanentes: fábrica de conservas, arte xávega e bairro piscatório/operário. Dispõe ainda de uma galeria de exposições temporárias, um centro de documentação e investigação em história local e um serviço educativo.

CONTACTOS
Avenida João de Deus
4500, Espinho

tel:227326258

fax: 227335867

email: museu.municipal@cm-espinho.pt

website: https://www.facebook.com/museumunicipalespinho/

terça-feira, 16 de junho de 2009

ReCaFE - Já começou Requalificação da zona ferroviária




Já começou Requalificação da zona ferroviária



Equipamentos e arranjos exteriores da plataforma á superfície melhorarão qualidade de vida na cidade


Na sequência das obras de rebaixamento da via-férrea da linha do Norte,no tramo que atravessa a cidade , Câmara promoveu um concurso público, com a colaboração da Ordem dos arquitectos Portugueses , com vista a elaboração do projecto de equipamentos e de arranjos exteriores da plataforma a superfície sobre o respectivo túnel.

Foram estabelecidos os seguintes princípios orientadores:  conferir uma coesão entre a malha existente,os edifícios e os cenários envolventes e a plataforma; melhor a qualidade de vida e a imagem da cidade ;tratar o espaço público , incluindo pavimentos, mobiliário urbano e elementos vegetais e arbóreos ; levar a cidade a desfrutar de novos espaços públicos; tornar a cidade acessível ,favorecer actividade pedonal ; dar resposta a novas actividades em espaços urbanos abertos desde eventos colectivos ao turismo cultural .

O concurso foi ganho pelo arquitecto Rui Lacerda

terça-feira, 9 de junho de 2009

ReCaFe - Requalificação da zona ferroviária aguarda licença para terraplanagens


 

Requalificação da zona ferroviária aguarda licença para terraplanagens 


Ainda não se notam mudanças na zona de Espinho que espera ser requalificada desde que a circulação do comboio é subterrânea, mas o arquitecto Rui Lacerda Machado garante que "a obra não está parada" e José Mota diz que se irá "processar por fases, com cuidado".

"A obra não está parada. Está em movimento, em elaboração, [com] rectificações no terreno, ajustamento de cotas", afirma Rui Lacerda Machado, que assina o projecto destinado a dar uma nova utilização ao terreno onde, até Maio de 2008, os comboios da Linha do Norte circulavam à superfície.
"Nesta altura, foi entregue na Câmara Municipal o projecto de terraplanagens", declara o arquitecto, "e, por opções camarárias, [a obra] irá ser feita por fases".

"A primeira é considerada de grande importância estratégica", visando a extensão entre a entrada norte da cidade, no local onde foi derrubada a ponte que antes dava acesso às praias, e a Rua 15, mais próxima do centro de Espinho.

"Todos sabemos da ânsia das pessoas de ver obra realizada", reconhece Rui Lacerda Machado, afirmando que "vai ser executada, está a ser pensada para tal e vai aparecer".

José Mota, presidente da Câmara Municipal de Espinho, declara: "As coisas não podem ser feitas à toa e este projecto vai realizar-se de forma faseada, com muito cuidado".

O investimento em causa está estimado em cinco milhões de euros e deverá ser objecto de uma candidatura ao QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional.

"Estamos convencidos de que a obra vai custar mais que isso e, em alguns aspectos, como o do estacionamento subterrâneo [para 400 viaturas], pensamos fazer uma concessão de construção", adianta o autarca.

Rui Lacerda Machado anuncia, no entanto, homogeneidade para todas as intervenções a concretizar na que virá a ser uma Avenida 8 alargada, de forma a garantir a devida "sutura" entre as zonas antes separadas pela linha férrea.

Essa unidade será garantida com recurso a um "desenho de pavimento que tudo invade e que recorda uma rede de pescadores estendida - a rede dos pescadores que estão na origem e deram vida a Espinho".

A mesma malha gráfica representará também os carris "do comboio que um dia ocupou o espaço, serviu para o desenvolvimento económico da cidade e hoje, enterrando-se, dá lugar a espaços de ócio e serviços de que os cidadãos se servem".

Essa geometria implicará várias escalas: os pavimentos constroem-se com diferentes materiais e a agregação de vários módulos permite definir tanto as zonas verdes onde se implantam árvores ou superfícies de água iluminadas, como as áreas onde ficarão localizados bares, restaurantes, o posto de turismo, zonas de jogos, um parque infantil e outros espaços lúdicos e de serviços.

Rui Lacerda Machado reconhece que "a reformulação e requalificação de todo este vazio é uma aspiração justa da comunidade espinhense" e defende que o seu projecto - cuja "contemporaneidade pretende render a homenagem devida à história do local" - se propõe "dar resposta a esse anseio".
"Esta obra vai, de facto, mudar esta parte da cidade", acrescenta.

"Cria novas possibilidades e novas formas de estar num local que já foi também emblemático para a cidade. Vai proporcionar um grande espaço de animação, lazer e convívio. Um espaço que seja apetecível para a comunidade".

"É um facto que esta área, só por si, não é o motor de transformação da cidade", admite o arquitecto. Mas "deve ser o início de uma abordagem mais ampla, no sentido do tratamento de outras áreas de Espinho".




segunda-feira, 25 de maio de 2009

Parque João de Deus Espinho









Parque João de Deus Espinho



Tal como aconteceu com a Câmara Municipal de Espinho, a construção do Parque João de Deus deveu-se ao então Presidente da Câmara Municipal, Dr. Augusto Braga de Castro Soares, que desempenhou funções entre 1938 e 1942. 


A construção dá início em 1943.

Amplo jardim, no centro da urbe, repleto de arvoredo e par aterre floridos, cujas espécies vegetais são constituídas de colorido alegre e vivo, fazendo do local um cenário matizado de beleza singular. 

O local convida ao desfrute da tranquilidade, debaixo de uma das suas frondosas e convidativas árvores.



terça-feira, 21 de abril de 2009

Dois anos de obras inquietam comércio

 

Intervenção no espaço da antiga linha férrea revirou a cidade

 

As obras de requalificação do espaço liberto pelo enterramento da linha férrea, em Espinho, já começaram e deverão prolongar- -se por cerca de dois anos. Muitos dos comerciantes temem, entretanto, a morte dos negócios.1

Quase um ano passado após a entrada em funcionamento da nova estação de caminho-de-ferro de Espinho e do túnel, o espaço à superfície liberto pelo enterramento da linha começa, agora, a ser palco das obras de requalificação.

Já foram feitas terraplanagens na zona do antigo pontão, na entrada norte da cidade, bem como as sondagens ao terreno necessárias para a construção de uma ponte sobre o rio Largo.

Segundo a Câmara, seguir-se-á a intervenção na Rua 8, a nascente do antigo canal ferroviário. Prevê-se que dentro de dois anos a obra fique completa e que a visão dos arquitectos Rui Lacerda, Patxi Mangado e Álvaro Rocha, os vencedores do concurso de ideias, seja uma realidade.

Cépticos continuam, porém, os comerciantes das imediações. Clélia Correia é uma delas."Acho que, no fim, este espaço vai ser uma mais-valia para a cidade, mas ninguém me convence que serão só dois anos de obras. Até porque sei de fonte segura que será muito mais. Não acredito que isto fique em pleno em menos de dez anos", afirmou, não sem alguma amargura por ter visto os pais obrigados a fechar as portas de quatro lojas situadas junto à nova estação e a abrir uma outra junto à igreja matriz.2

"A zona continua completamente morta, apesar da nova estação já estar a funcionar há quase um ano. Como se já não bastasse a crise, a cidade não consegue atrair gente e dinheiro. Mas compreende-se: o aspecto de toda esta zona é horrível", lamenta Clélia.

Lurdes Marques, comerciante com loja aberta no Centro Comercial Solverde 2, frente ao espaço antes ocupado pela linha, é da mesma opinião. "À noite, que era sempre um corrupio de gente, não se vê ninguém a partir das nove horas, muito por causa da fraca iluminação do espaço onde vai ser feita a obra. As pessoas têm medo de andar por aqui", criticou.

Luís Carvalho, da Associação de Concessionários de Praia e Bares da Zona Norte, ele próprio concessionário de um bar em Espinho, acredita, por seu lado, que depois de todo o sacrifício, a cidade vai tornar-se muito atractiva. "No fim, tenho a certeza que haverá muitos interessados em vir a Espinho e até em investir na cidade", disse, esperançado.

Até lá, Espinho deverá ver surgir na grande área de intervenção, compreendida entre as ruas 15 e 35, diversos largos e praças. Partindo de norte, frente ao Centro Comercial Solverde 1, nascerá o novo Largo do Marquês da Graciosa com diversos elementos escultóricos de homenagem a figuras das artes que passaram por Espinho.

Seguir-se-á a Praça do Casino, um espaço predominantemente pedonal marcado pelo verde e por espelhos de água. Mais a sul, surgirá a Praça da Senhora da Ajuda, frente à capela, onde se destacará um coreto contemporâneo e um posto de turismo, duas obras que a Câmara já assumiu.

Frente à antiga fábrica Progresso, hoje transformada em bloco de apartamentos, situar-se-á uma praça com o mesmo nome, local de equipamentos lúdicos e espaços infantis. Ao longo de grande parte do espaço poderão surgir equipamentos como cafés e restaurantes que terão ainda de ser objecto de concursos públicos de construção e concessão.

terça-feira, 3 de março de 2009

Até os feirantes se queixam da crise


Até os feirantes se queixam da crise



A Feira de Espinho é uma das maiores do país mas já perdeu mais de metade dos clientes, só no último ano.