domingo, 23 de setembro de 2007

Buscas em terra e no mar na zona de Espinho




Buscas em terra e no mar na praia de Paramos




Um jovem de 25 anos foi dado como desaparecido ontem à tarde quando surfava com dois amigos na praia de Paramos, concelho de Espinho.



Segundo Artur Silva, dos Bombeiros Voluntários de Espinho, o surfista teve “uma cãibra numa perna que o atirou abaixo da prancha. Posteriormente, terá embatido nas rochas do esporão, encontrando-se desaparecido desde esse momento”.

Gabriel Bessa, residente em Baião, era, segundo apurou o CM, um amador no surf, que praticava de forma esporádica. Ainda segundo Artur Silva, a ondulação do mar “estava óptima para o surf, mas apenas para quem sabe o que está a fazer, porque a corrente é forte e bastante perigosa. 

Aliás, para nadar as condições estão terríveis”, adiantou.

Imediatamente após o alerta dado aos Bombeiros de Espinho, às 12h48, foi montada uma operação de salvamento que envolveu três lanchas, uma moto de água, um helicóptero, equipas de mergulhadores, entre outros meios de ajuda terrestre e marítima. 

No terreno esteve igualmente um psicólogo para acompanhar os pais do jovem desaparecido.

As buscas para encontrar Gabriel Bessa, que se estenderam até ao pôr-do-sol de ontem, revelaram-se infrutíferas e são retomadas na manhã de hoje.


ESPECTADOR SOFRE ATAQUE

Foram muitos os curiosos que se juntaram na praia de Paramos para assistir a todas as movimentações. Um desses espectadores, um homem com cerca de 50 anos, sofreu um ataque epiléptico quando estava nas rochas junto à praia.

 Os Bombeiros no local, que já conheciam o historial clínico do doente, reagiram de imediato e transportaram-no para o Hospital de Espinho.


FONTE CM














sábado, 15 de setembro de 2007

Rebaixamento da via-férrea em Espinho avança no Outono


Rebaixamento da via-férrea em Espinho avança no Outono


Aquela que já é conhecida como a "obra do século" vai brevemente arrancar em Espinho.



O concurso público para a empreitada de rebaixamento da linha férrea que atravessa o centro da cidade acabou de ser lançado, e ontem, na presença do presidente da câmara, José Mota, e do secretário de Estado dos Transportes, Rui Cunha, realizou-se no Centro Multimeios a cerimónia destinada a anunciar aquele pontapé de saída.

José Mota não escondeu o seu regozijo ao ver aproximar-se a concretização daquele que é um sonho antigo da população, confrontada com a divisão provocada pela linha do comboio em pleno miolo urbano.

 "Este é um acto de rara importância para o país e constitui mais um passo para a requalificação urbana de Espinho", proclamou o autarca.

É que, no lugar ocupado desde há mais de um século pela linha férrea, nascerá uma zona verde vocacionada para o lazer e a fruição cultural.

Este novo jardim cobrirá pelo menos parte do percurso subterrâneo do comboio que se estenderá por cerca de um quilómetro.

Para quem vier de sul para norte, o túnel terá início pouco antes do estádio do Sporting de Espinho e terminará junto à Rua 13.

 Em ambas as extremidades do túnel haverá rampas com 500 metros de comprimento.

Deste modo, a travessia da cidade em comboio assemelhar-se-á a uma pequena viagem de metropolitano, com a plataforma de entrada e largada de passageiros a ficar situada no subsolo.

O edifício da estação, esse, manter-se-á à superfície, entre as ruas 25 e 27, ligeiramente a sul da localização actual.

 "Este é o nosso metro".

"Este é o Polis que não tivemos, o nosso metro, e por isso temos direito a este investimento", referiu José Mota aos jornalistas.

A empreitada, que, faltando ainda os trâmites do concurso, deverá ter início apenas no próximo Outono, está orçada em 9,8 milhões de contos, tendo o secretário de Estado Rui Cunha assumido ontem o compromisso de evitar qualquer deslize financeiro; mais tarde, porém, o presidente da Refer, Cardoso dos Reis, viria a admitir serem as obras no subsolo "de risco", devido às frequentes vicissitudes que comportam.

Seja como for, o investimento será também custeado pela autarquia, em grande parte no que se refere aos arranjos à superfície.

Tendo Mota assumido há dois anos uma verba entre quatro e cinco milhões de contos, desta vez preferiu não concretizar:

"Não sei quanto é que a câmara vai gastar nem estou preocupado com isso. 

O que eu quero é que a obra se faça!".

 "É fácil reivindicar rebaixamentos", referiu José Mota, numa alusão a pretensões semelhantes de outras localidades servidas pelo comboio (Trofa, por exemplo); "mais difícil é assumir que se paga uma parte", acrescentou.

O rebaixamento da linha só ficará concluído em 2004. 

"Temos pela frente três anos dolorosos", previu o presidente da câmara.

Descontando os incómodos normais causados por uma obra de grande envergadura, Cardoso dos Reis espera, todavia, que a empreitada não ocasione especiais transtornos ao normal tráfego ferroviário, a não ser em ocasiões pontuais; o decurso da obra será acompanhado por um técnico da Refer especialmente destacado para o efeito.

Estas dores de cabeça não desanimam Mota que, em plena cerimónia, se virou para o pároco, dizendo:

"Não é possível chegar ao Céu sem passar pelo Purgatório, não é verdade, padre Manuel?

 Mas vamos para lá com a alma limpinha e depois não voltamos a sair".

Na mesma linha se pronunciou Rui Cunha, que salientou a eliminação do impacte ambiental negativo de um comboio a atravessar uma cidade à superfície, com todo o seu cortejo de "incomodidades, ruído e perturbação".

Na opinião de José Mota, o rebaixamento da linha é apenas um dos investimentos destinados a conferir a Espinho uma qualidade de vida "compatível com a cidade que queremos ter".

Assim, está na forja a aplicação de um novo ordenamento de trânsito, através da criação de mais lugares de estacionamento e da aposta nas zonas para peões.

Para o autarca espinhense, "as pessoas têm direito a não respirar o cheiro dos tubos de escape nem a tropeçar num automóvel em qualquer canto".


ARQUIVO  GAZETA DE ESPINHO 





Milhares festejam Senhora da Ajuda no meio das obras