Uma operação de fiscalização para quem circula em velocípedes /trotinetes
A MUBi - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta alertou ontem para os riscos de uma “abordagem desproporcionada” da operação de fiscalização da PSP aos utilizadores de bicicletas e trotinetes, que come- çou ontem e se prolonga até dia 3.
A associação defende que os comportamentos de risco na estrada estão, “em larga maioria”, associados à “condução de veículos motorizados”.
Numa carta aberta enviada ao diretor nacional da PSP, Luís Carrilho, a MUBi diz estar empenhada em colaborar com a PSP, e as demais autoridades, para promover a segurança rodoviária.
Contudo, pede aos agentes para haver mais prioridade na fiscalização do excesso de velocidade e do estacionamento abusivo.
A associação teme que, com uma operação focada nos velocípedes, haja uma “abordagem desproporcionada” por parte da PSP, que penalize “modos de transporte universais, benignos e sustentáveis, desencorajando inadvertidamente a sua utilização”.
Os automóveis são os veículos mais envolvidos em acidentes.
No último relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, representaram 71% dos sinistros.
Nos primeiros quatros meses de 2025, a polícia contabilizou “623 sinistros com utilizadores de velocípedes e trotinetes envolvidos, dos quais 479 resultaram vítimas (16 feri- dos graves e 500 feridos leves)”, apontou ontem a PSP em comuniado.
Até à próxima terça-feira está em curso, em todo o país.
Uma operação de fiscalização para quem circula em velocípedes.
Frederico Moura e Sá, urbanista e professor na Universidade de Aveiro, Explica que, mais do que a quantidade de sinistros, era importante saber se “o número de quilómetros percorridos” em bicicleta ou trotinete está a subir em Portugal.
“Seria um dado mais objetivo”, afirma ao JN.
Fonte : JN