sábado, 7 de fevereiro de 2009

Espinho: Mulher “alicia” homens na Internet

Espinho: Mulher “alicia” homens na Internet

Conhece os homens na Internet, atraindo-os para encontros amorosos em hotéis, onde os droga e os rouba, desaparecendo sem deixar rasto

As autoridades policiais estão na pista de uma mulher suspeita de usar a Internet para atrair homens para um roubo “silencioso” que as vítimas só descobrem pela manhã, quando acordam do efeito das drogas que ela lhes misturou nas bebidas. Para já são conhecidas três vítimas, mas apenas em dois casos (Espinho e Viseu) a mulher, de 39 anos, usou o método de “Drink Spiking”, adição de drogas na bebida. Num outro, em Faro, optou por convencer o homem a entregar-lhe cerca de 500 euros para pagar o funeral da mãe.

Esta mulher “insinuante” da Internet tem actuado em locais distintos na perspectiva de nunca ser apanhada. Apresenta-se como mulher ardente e carente, procura homens sempre acima dos 45 anos e durante algum tempo vai mantendo o “romance virtual”, até concordar com o encontro num local designado por ela. O quarto de hotel é pago pelas vítimas, que viajam centenas de quilómetros para uma “noite escaldante” que nunca acontece, porque são drogadas e adormecem. Quando acordam não se lembram de nada, só se apercebendo do que se passou quando dão pela falta da carteira.

O primeiro caso conhecido ocorreu em Espinho, quando um homem de 53 anos viajou de Castelo Branco para se encontrar com a “predadora” num hotel. A viagem tinha sido longa e, por isso, quando conheceu a “musa” com 1,60 metros, “fortezinha”, que se apresenta com Cristina, foram comeram qualquer coisa.

A vítima, que pediu anonimato, ainda se recorda de ter comido uma sandes e bebido um sumo. Tudo o resto foi-lhe contado pelos responsáveis do hotel, depois de ser encontrado pela PSP a cambalear na rua. Soube então que a mulher pagou 40 euros por um quarto de hotel, com o seu cartão de multibanco, fez alguns levantamentos em dinheiro e ainda pagou compras em lojas na zona de Gaia.

Outro caso semelhante ocorreu em Viseu e outro em Faro. Neste caso, não houve oportunidade de drogar a vítima e, por isso, depois de receber um telefonema começou a chorar, explicando que a mãe morreu e que não tinha dinheiro para fazer o funeral. A vítima foi com ela levantar 200 euros ao multibanco e deu-lhe outros 300 que trazia na carteira. Foi a última vez que a viu.

Francisco Manuel

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