terça-feira, 22 de setembro de 2009

Procissão teve gente como há muito não se via

 

Multidão na festa de Nossa Senhora da Ajuda ficou-se pelo centro. 


Divertimentos com pouco negócio

 

A procissão em honra da Nossa Senhora da Ajuda, em Espinho, foi vista por milhares de pessoas, que invadiram o centro da cidade. 

Os divertimentos, localizados na zona norte, não tiveram, porém, a adesão desejada. 

E geraram críticas.

Filas de gente por todo o lado, a sair das dezenas de camionetas de excursão estacionadas no espaço da feira semanal, a sair de comboios, à porta das casas de banho da estação, nos cafés, e, claro está, em todas as bermas das ruas por onde o cortejo iria passar.

É assim, sempre, no dia da procissão em honra da Nossa Senhora da Ajuda, em Espinho, mas, este ano, diz quem sempre assistiu ao evento religioso mais importante do concelho, todas as expectativas foram superadas.

 O facto de ter sido feito um tapete de flores de meio quilómetro de comprimento a servir de passadeira à procissão também terá ajudado.

"Até parece a Senhora da Ajuda de antigamente", fez notar Adelina Soares, de 82 anos. 

"A única diferença é que, antes, as pessoas estreavam roupa nova neste dia e hoje já vi por aí muitas fraldas de fora e muitas raízes por pintar", criticou, sem papas na língua, chamando a atenção para o "tailleur" cor de malva impecável e para a permanente feita há dois dias.

No entanto, se por um lado, os responsáveis pelos cafés do centro da cidade não tiveram mãos a medir, o mesmo não puderam dizer aqueles que vivem dos bilhetes dos carrosséis. 

É que, os divertimentos e a roulottes de comes e bebes, que antes do enterramento da linha se posicionavam ao logo da Avenida 8, no centro, tiveram de se contentar, mais uma vez, em ficar na entrada norte da cidade.

E a verdade é que, apesar de em Espinho tudo estar próximo de tudo, o certo é que, ontem, o clima que ali se vivia era de puro desânimo atendendo aos milhares de potenciais clientes que se limitaram a ficar perto do percurso da procissão. 

"Não se compreende. 

Dizem que não se pode usar o espaço liberto da linha de caminho de ferro porque a placa não aguenta, mas a verdade é que, a sul da Rua 33 são às dezenas e dezenas de carros ali estacionados e ninguém diz nada", criticou Leonel Matos, taxista. 

"O ideal é que a festa estivesse toda junta, de maneira que toda a gente ganhasse com os milhares de pessoas que cá vêm e não apenas alguns", concluiu.

A festa, porém, continua até sábado.





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