segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Entregam pizzas e levam livros


A Biblioteca Municipal de Espinho (BME) tem sido palco de diversos workshops e afins sobre os mais variados temas, desde como contar de forma imaginativa uma boa história as filhos até às regras de segurança para crianças e idosos. Agora, uma acção de formação sobre a biblioteca em si, o que lá existe, os seus utentes, como aceder e usar o catálogo on-line, entre muitas outras coisas que à partida poderia interessar apenas a futuros bibliotecários ou a potenciais utilizadores, mas, em vez disso tendo por público alvo entregadores de pizzas é, no mínimo,surpreendente. Mas foi exactamente isso que aconteceu.
Em duas rondas, os estafetas da Pizza Hut de Espinho, fardados a rigor com as tradicionais t-shirts vermelhas, entraram pela biblioteca adentro para aprender sobre aquele universo. É que, os ditos estafetas não mais se limitarão a entregar "Camponesas" ou "Margaritas". Agora, a elas podem juntar livros, CD ou DVD.

Três títulos a seleccionar

Para tal, basta a quem o desejar e estiver dentro da zona de abrangência da Pizza Hut de Espinho, possuir o chamado cartão único da Biblioteca, possível de obter naaquele equipamento a custo zero, e, duas horas antes de fazer o pedido da pizza por telefone pelo número habitual (707221122), aceder ao site www.cm-espinho.pt/biblioteca e seleccionar três títulos para o caso da primeira escolha não estar disponível.

Enviado o pedido para o e-mail pizza.livro@cm-espinho.pt , basta esperar pela confirmação e, quando fizer o pedido da pizza, referir a encomenda feita à Biblioteca Municipal.

A iniciativa, denominada "Uma pizza, um livro", partiu da Biblioteca, mas depressa teve a aceitação da Pizza Hut e, segundo Rui Costa, responsável por aquele negócio dentro do grupo Ibersol, "caso tenha pernas para andar, a experiência pode até ser levada a cabo noutras localidades".

Para a bibliotecária Isabel Sousa, o objectivo passa sobretudo pela conquista de mais leitores e por uma maior divulgação das vantagens de utilização do catálogo on-line.

Questionado sobre o esforço em termos de recursos humanos que o projecto implica, já que o serviço está disponível das 18 às 23 horas de sextas e sábados, obrigando a ter um funcionário a trabalhar fora do horário normal da Biblioteca o vereador da Cultura, Carlos Gaio, disse que, tendo em conta os fins, vale a pena o tal esforço

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