quinta-feira, 6 de julho de 2023

Autocarros privados de Gaia sem perspetiva de voltar ao terminal no Porto

 


Autocarros privados de Gaia sem perspetiva de voltar ao terminal no Porto


O regresso dos autocarros privados das operadoras de Gaia ao terminal das Camélias, no Porto, está sem perspetiva de acontecer, face à inexistência de contactos entre estes e a Câmara do Porto, disseram à Lusa fontes oficiais.



Quer a Câmara do Porto quer um dos operadores ouvidos pela Lusa disseram não existir quaisquer contactos entre as partes desde que os autocarros de vários operadores gaienses deixaram de ir ao terminal das Camélias, perto da Praça da Batalha, após a renovação do terminal no início de junho.

"Não houve negociações [desde junho]. Continuamos a aguardar para chegar a um consenso e disponíveis a conversar com a Câmara do Porto no sentido de encontrar a melhor solução", disse à Lusa o administrador da Espírito Santo, Luís Espírito Santo, sediada em Gaia.

Por seu lado, fonte oficial da Câmara do Porto confirma que desde que os operadores deixaram de ir ao terminal das Camélias "não houve qualquer contacto", acreditando assim a autarquia que "todos os envolvidos estão confortáveis com o Regulamento e com a opção do município", e que continua disponível para receber os operadores.

A Lusa tentou também contactar a UT Carvalhos, sem sucesso, e a MGC Transportes, cuja fonte oficial não quis falar sobre o caso mas confirmou que algumas das suas linhas deixaram de ir ao terminal das Camélias.

Em causa está o pagamento de uma taxa de permanência no terminal além dos 10 minutos do 'toque' (isento de pagamento) para largar e recolher passageiros, previsto no regulamento municipal, cujo tempo as operadoras dizem ser insuficiente e inviável financeiramente.

Como os operadores recusam efetuar esse pagamento, os autocarros terminam as viagens em Gaia na zona de General Torres e também da Serra do Pilar, no caso das provenientes das zonas de Oliveira do Douro e Gervide.

"Relativamente ao pagamento do toque, importa referir que esta informação é pública e faz parte do código regulamentar, tendo sido sempre transmitida aos operadores. O que é agora pedido é tempo de suporte para os autocarros ficarem estacionados. Sendo aquele um terminal central da cidade, pretendemos a maior rotatividade possível por parte dos operadores, até porque falamos de um espaço exíguo", refere a Câmara do Porto.




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