terça-feira, 10 de abril de 2007

Aeródromo de Paramos coloca aves em risco




Aeródromo de Paramos coloca aves em risco





A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) protestou, em comunicado, contra o alargamento da pista do aeródromo de Paramos, em Espinho, considerando que "a conclusão do alargamento da pista e a regularização da passagem de aeronaves a baixa altitude pela lagoa de Paramos /barrinha de Esmoriz, aumentará, provavelmente de forma irrecuperável, a pressão sobre um ecossistema frágil e único na costa situada entre a Ria de Aveiro e o Estuário do Minho".

A designação daquela área como IBA (do inglês Important Bird Áreas) foi proposta pela SPEA, sendo as IBA locais com significado internacional para a conservação de aves à escala global.

Neste caso, um dos critérios que levou à designação da zona como IBA foi o facto de ali nidificarem quatro espécies de aves ameaçadas a garça-vermelha; a águia-sapeira; o garçote e o pernilongo.

A SPEA alertou, igualmente, para o facto de o alargamento ir reduzir, se não mesmo eliminar, o turismo de Natureza do local, referindo que se realizam inúmeras visitas de observação de aves organizadas por associações como a própria SPEA, a Quercus e o FAPAS. A área é também procurada para actividades de escolas secundárias e várias associações locais de defesa do Ambiente.

A SPEA lamentou que a vedação que está a ser erguida numa extensão de 200 metros constitua um "branqueamento oficioso da situação ilegal criada em 2004", concluindo que o Aeroclube da Costa Verde, concessionário do aeródromo, deve assumir a renaturalização da área em causa.

Estas críticas surgem depois de o Bloco de Esquerda também se ter insurgido contra o alargamento da pista

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