Catarina Martins não teme contágio das eleições na Madeira
A cabeça de lista do Bloco de Esquerda às eleições europeias, Catarina Martins, disse hoje não temer nenhum efeito de contágio das eleições regionais na Madeira, onde os bloquistas obtiveram um mau resultado, perdendo a representação na Assembleia Legislativa.
“São realidades muito diferentes. Aliás, como sabem, com um partido que é regional na Madeira e que teve um resultado inesperado, extraordinário.
As eleições europeias são outra coisa”, disse Catarina Martins.
A cabeça de lista do Bloco falava aos jornalistas na Feira de Espinho, no distrito de Aveiro, local que escolheu para iniciar a campanha oficial para as eleições europeias por ser a sua “feira de infância”.
“Os meus avós moravam numa aldeia aqui perto.
Sempre aqui vim, sempre foi um sítio de felicidade, de encontro, pessoas que pensam de formas diversas, mas que aqui estão e essa ideia de que nós estamos juntos neste caminho e em contacto com todas as pessoas”, explicou.
A cabeça de lista dos bloquistas disse esperar que a campanha para as europeias possa esclarecer os portugueses sobre o impacto que as decisões europeias têm na sua vida.
“É preciso que as pessoas saibam que nas eleições europeias se determinam coisas fundamentais para a nossa vida, da escola que vai ser construída ao comboio que possa existir, das taxas de juro da habitação, ao preço dos medicamentos”, referiu.
A candidata escusou-se ainda a definir uma meta para o número de deputados a eleger pelo Bloco, admitindo apenas que quer ter “um resultado forte”, sustentando que é preciso uma esquerda de confiança no Parlamento Europeu para “contrariar um projeto de extrema-direita que ataca a liberdade das mulheres e os direitos de toda a gente”.
Na feira de Espinho, onde teve uma receção calorosa, Catarina Martins distribuiu panfletos, cumprimentou os feirantes e populares, tirou “selfies”, ouviu incentivos e elogios e até uma promessa de uma feirante de levar-lhe nabos a Bruxelas.
“Vais comer lá no Parlamento um caldo de nabos ou não?
Depois liga-me que eu vou levar-te o nabo”, disse Conceição Carvalho, dirigindo-se a Catarina Martins, que respondeu que iria cobrar a promessa.
A feirante há 40 anos na Feira de Espinho até sugeriu um ‘slogan’ para o Bloco:
“Quando a direita cansa, a esquerda avança”.
Fonte : Lusa/Fim
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