Guerra nas estradas

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O Blogue nasceu através de uma das séries da Guerra nas Estradas na TV canal AMC Break O Blogue Guerra nas Estradas conta histórias passa-se nas nossas estradas e nas ruas. Peões, ciclistas e condutores não respeitam as regras do código de estrada. As imagens de vídeos valem mais que mil palavras.

Direito autoral ou direito de autor

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AVISO

domingo, 22 de junho de 2025

Cerimónia de Abertura FEST 2025

 

Festival decorre de 21 a 29 de junho em Espinho


Filme erótico português brilha em festival de cinema


Arriba Beach', com Inês Herédia, é apresentado no FEST - Festival Novos Realizadores, Novo Cinema como "o primeiro thriller erótico nacional, com conotação LGBT".

A guerra e as suas consequências marcam também a programação da competição. Songs of Slow Burning Earth, de Olha Zhurba, regista em tom sensorial os dois anos da invasão russa à Ucrânia, com o olhar de uma geração que insiste em imaginar o futuro.

 To Close Your Eyes And See Fire, de Nicola von Leffern & Jakob Carl Sauer, mergulha no rescaldo da explosão no porto de Beirute através de múltiplas personagens e sensibilidades artísticas. 

Da Dinamarca, A Place in the Sun, de Mette Carla Albrechtsen, oferece uma crítica melancólica sobre o impacto do turismo e a desumanização dos destinos de férias.

Na produção portuguesa, C’est pas la vie en rose, de Leonor Bettencourt Loureiro, encerra o festival. 

A realizadora regressa a Espinho com uma obra que observa a Lisboa contemporânea e as tensões da gentrificação através da história de uma dupla de músicos estrangeiros que decide viver na capital.

O Grande Prémio Nacional, com quatro programas e 23 curtas-metragens, dá palco a novos autores e a temas como a crise da habitação. 

Destacam-se a comédia Agente Imobiliário Sem Casa Para Viver, de Filipe Amorim, o documentário Business as Usual, de Pedro Vinícius, e Fragmented, de Balolas Carvalho e Tanya Mara, com nova referência à Palestina. 

No campo da ficção, surgem obras como Arriba Beach, de Nishchaya Gera — um thriller erótico com Inês Herédia — e O Tempo das Cerejas, de Clara Frazão Parente, sobre o corpo e a experiência feminina. 

A competição inclui ainda novos filmes de Welket Bungué, Henrique Prudêncio, José Freitas e do estreante Luís Filipe Borges.

A secção Lince de Prata apresenta uma seleção internacional de curtas inovadoras e provocadoras. 

Entre os destaques está My Mother is a Cow, de Moara Passoni (Brasil), um conto de realismo mágico que teve estreia em Veneza; Inflatable Bear, Hourly, de Elisabeth Werchosin (Alemanha), uma abordagem surreal às dificuldades laborais de uma imigrante em Berlim; e Karmash, de Aleem Bukhari (Paquistão), um thriller com raízes tradicionais e linguagem de género, exibido na Quinzena dos Realizadores em Cannes. 

Outros títulos a destacar incluem Wassupkaylle, uma sátira ao universo dos influencers e à busca desesperada por atenção; Lux Carne, de Gabriel Grosclaude (Suíça), que imagina um futuro distópico em que matar os animais que consumimos se torna lei; e The Age Of The Flowing Plants, de Magali Ugarte de Pablo (México), uma fantasia de auto-descoberta feminina.

Este ano, o cinema como espaço de resistência política surge também no foco dedicado à Geórgia na secção Be Kind Rewind. 

Num momento em que o país vive uma forte mobilização contra ameaças à sua soberania democrática, o festival apresenta um programa de curtas e longas-metragens de autores como Rusudan Glurijdze, Elene Mikaberidze e Tornike Koplatadze — uma nova geração que se tem destacado pela ousadia formal e pelo compromisso com o presente.

O programa de masterclasses do FEST 2025 reúne uma seleção notável de profissionais do cinema internacional e nacional, com sessões distribuídas entre 23 e 28 de junho.

 Scandar Copti, Martin Percy, Filipe Carvalho, Gonçalo Galvão Teles, Guillermo Garcia-Ramos, Edison Alcaide, Nick Page, Chris King, John Cameron, Jens Petersen, Paul Davies, Kaveh Farnam, Philippe Rousselot, Katie Byron e Brillante Mendoza são alguns dos nomes em destaque, oferecendo perspetivas valiosas sobre realização, produção, direção de arte, montagem, som, música e indústria cinematográfica.

Com uma programação ampla e diversa, o FEST 2025 posiciona-se como um palco de interrogação e imaginação, onde o cinema serve de espelho e motor de transformação.

 Entre histórias de resistência, lutas sociais e visões do futuro, o festival continua a ser um espaço onde o olhar crítico e poético encontra o mundo.


Programa de cinema


https://site.fest.pt/media/456699/cinema2025web_compressed.pdf




















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