segunda-feira, 21 de junho de 2021

Encerramento do jogo nos Casinos de Lisboa, Estoril e Vilamoura.

 


Encerramento do jogo nos Casinos de Lisboa, Estoril e Vilamoura.



O Sindicato dos Empregados de Banca dos Casinos - SEBC, vem por este meio manifestar o seu mais profundo desagrado no que diz respeito à decisão Governamental de se proceder ao encerramento do jogo nos casinos de Lisboa, Estoril e Vilamoura.


Entendemos, sim, e concordamos plenamente, que sejam tomadas medidas para conter a propagação do vírus Covid-19 na área metropolitana de Lisboa, bem como no Concelho de Loulé.

No entanto, parece-nos demasiado estranho que a contenção da pandemia naquelas zonas apenas contemple uma classe de trabalhadores - os profissionais ligados ao jogo - no que aos casinos diz respeito, sendo que continua a ser permitido o funcionamento de outras áreas dos mesmos, nomeadamente a restauração e as zonas de espetáculos.

Ora, uma vez que estes sectores apenas existem dentro dos casinos de forma a dar assistência ao jogo, e, encontrando-se este encerrado, não encontramos qualquer  justificação para o seu funcionamento de forma independente.

 Além de que isto provoca uma situação absurda, uma vez que parece indicar que dentro do mesmo espaço físico existem zonas mais seguras que outras.

Desta forma, sendo o objetivo primordial destas medidas, a contenção da propagação do vírus, então, questionamos nós: que sentido faz permitir que se abra um estabelecimento onde apenas algumas das atividades se encontram fechadas e permitir que outras se mantenham abertas? 

É como autorizar, por exemplo, o funcionamento de um shopping, mas declarar que umas lojas podem abrir, enquanto que outras têm que se manter encerradas, sendo que o espaço é o mesmo. 

Por outro lado, esta medida é extremamente discriminatória, uma vez que apenas priva os trabalhadores ligados ao jogo do seu rendimento. 

Assim sendo, parece-nos da mais elementar justiça que o Estado atribua uma compensação financeira a estes trabalhadores, já que estas medidas de contenção apenas a eles prejudicam de forma direta e inequívoca.









Ficheiro Relacionado:






















 Sindicato contra “absurdo” de se fechar o jogo nos casinos e se manterem espetáculos




O Sindicato dos Empregados de Banca dos Casinos (SEBC) classificou hoje de "absurda" e "estranha" a decisão governamental de encerrar o jogo nos casinos de Lisboa, Estoril e Vilamoura, deixando abertos os respetivos restaurantes e salas de espetáculo.

Fonte oficial da estrutura sindical que foi criada em 2020 e que representa cerca de 100 pagadores de banca de todo o país quer, por isso, que o Estado compense financeiramente os trabalhadores que estão impedidos de trabalhar enquanto outros colegas da mesma entidade patronal continuam no ativo.

O SEBC concorda que sejam precisas medidas para conter a propagação da covid-19 na área metropolitana de Lisboa e no concelho de Loulé, no Algarve, mas considera "demasiado estranho que a contenção da pandemia nessas zonas apenas contemple uma classe de trabalhadores no que aos casinos diz respeito".

A crítica do sindicato deve-se ao facto de o Governo apenas ter proibido o trabalho dos profissionais ligados ao jogo e "continuar a permitir o funcionamento de outras áreas dos casinos, nomeadamente a restauração e as zonas de espetáculos".

"Uma vez que esses setores apenas existem dentro dos casinos de forma a dar assistência ao jogo, encontrando-se esse encerrado, não encontramos qualquer justificação para o seu funcionamento de forma independente. Além de que isto provoca uma situação absurda, pois parece indicar que dentro do mesmo espaço físico existem zonas mais seguras do que outras", diz o SEBC.

A estrutura sindical compara a situação real dos casinos a uma hipotética medida que afetaria mais população: "É como autorizar, por exemplo, o funcionamento de um ‘shopping', mas declarar que umas lojas podem abrir, enquanto outras têm que se manter encerradas, sendo que o espaço é o mesmo".

Declarando que a decisão do Governo de manter operacional só parte dos casinos "é extremamente discriminatória, uma vez que apenas priva do seu rendimento os trabalhadores ligados ao jogo", o sindicato defende ser "da mais elementar justiça que o Estado atribua uma compensação financeira a esses trabalhadores, já que as presentes medidas de contenção apenas a eles prejudicam de forma direta e inequívoca".

O SEBC realça, aliás, que "neste momento os trabalhadores ainda não sabem o que lhes vai acontecer em termos salariais porque aguardam a decisão das empresas".

Um dos cenários possíveis é que esse pessoal fique em "lay-off", o que, para os profissionais da banca, será mais gravoso do que o verificado noutras áreas de atividade, já que cerca de 50% da remuneração mensal real desses funcionários é auferida em gratificações e os cálculos do Estado para atribuição do respetivo apoio social não consideram essas gorjetas – apesar de 10% das mesmas estarem sujeitas a impostos.

No caso dos profissionais de banca do Casino de Vilamoura, o SEBC adianta que foram reafetados aos dois outros espaços de jogo do Algarve, na Praia da Rocha, no concelho de Portimão, e em Monte Gordo, no de Vila Real de Santo António, com a entidade patronal a garantir o devido transporte, mas obrigando um dos trabalhadores a cumprir funções de motorista, "o que não está correto".

FONTE  Lusa/Fim

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