segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Metro do Porto - Uma mão cheia de dificuldades para abrir a estação da Liberdade no Porto

 

Uma mão cheia de dificuldades para abrir a estação da Liberdade no Porto


Construção fica concluída em junho do próximo ano, a um mês do arranque da operação da Linha Rosa do metro. 


Ligação pedonal subterrânea está preparada para receber entrada do museu do rio da Vila.

Conseguimos contabilizar as maiores adversidades da escavação e construção da última estação da Linha Rosa do metro do Porto, a da Praça da Liberdade, com os dedos de uma mão. 

Foram os achados arqueológicos, as alterações ao projeto para responder aos desvios de trânsito, o consequente avanço da empreitada por fases, a necessária e sempre urgente libertação da superfície e, por fim, a construção de um novo túnel para o rio da Vila. 

Ou seja, cinco adversidades contribuíram para o já elevado nível de complexidade da obra, prevendo-se o fim da construção desta estação em junho do próximo ano, a um mês do arranque da operação.

Lá, na Liberdade (como já lhe chama a equipa da Metro), a aproximadamente 16 metros de profundidade, faz-se “um esforço extra para tentar minimizar os impactos no prazo de conclusão do projeto”, garante o gestor de contrato para a construção da também batizada “linha circular”, Pedro Lé Costa.

“Neste momento, estamos a trabalhar 24 horas por dia e os resultados são visíveis”, sublinha o também engenheiro civil, enquanto sobe o olhar para o cais e aponta para as paredes já elevadas junto ao fosso onde será instalado o carril. 

Uma das plataformas não será tão larga quanto o habitual - em vez de quatro metros de largura, terá cerca de três -, porque partilha uma parede com o hotel do Palácio das Cardosas. 

Mas foi graças à utilização de uma hidrofresa (máquina utilizada para construir paredes subterrâneas) que a equipa conseguiu aproveitar aquela área ao máximo, explica Pedro Lé Costa. 

Caso contrário, a plataforma poderia ser ainda mais pequena.

Voltemos ao “esforço extra”.

 Se, nota o engenheiro civil especializado em construção mineira, a Metro tivesse mantido o projeto original, “provavelmente [o trânsito no] Largo dos Loios ainda não tinha sido reaberto”.

Chegamos assim à segunda maior dificuldade da equipa durante a obra: a necessidade de implementar diferentes fases para “reduzir ao máximo o impacto na superfície em termos de desvios de trânsito”.

Os achados arqueológicos (o mais conhecido é o caso da Fonte da Natividade, cuja instalação no novo Jardim de Sophia, na Galiza, ainda não estará totalmente decidida) ocupam, naturalmente, o primeiro lugar, já que obrigam sempre a uma paragem dos trabalhos.

“O faseamento obrigou a um planeamento e a uma logística que não permitiram uma continuidade normal, ou ótima, dos trabalhos. 

Tivemos de fazer ajustes ao projeto (mais um desafio, o terceiro) para devolver mais rapidamente os espaços à cidade, como é o caso do Largo dos Loios”, insiste.

De qualquer modo, o prazo previsto para a conclusão desta estação é junho do próximo ano.

 “Obviamente, temos compromissos com a Câmara do Porto e o projeto está idealizado no sentido de libertar bastante mais cedo do que isso as zonas ocupadas atualmente”, sublinha Pedro Lé Costa, referindo assim a quarta adversidade da obra. 

A linha ficará pronta em julho do próximo ano.


Fonte JN



















Fonte JN




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