quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Rebaixamento da linha férrea deve ficar concluído em 2008

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Rebaixamento da linha férrea deve ficar concluído em 2008

 Manuel Azevedo Hidrofresa permitiu um novo dinamismo na empreitada, que passará a ter um turno de trabalho nocturno .

A obra de rebaixamento da linha férrea em Espinho está a ganhar forma.

 Construídas as paredes da rampa norte de acesso ao túnel, a vala já está a ser escavada, começando a aproximar- -se daquela que vai ser a entrada do túnel propriamente dito. 

 Além dessa, estão em curso mais três frentes de obra. 

Concluída a parede poente da rampa sul, prossegue a construção da parede nascente, isto enquanto estão já a ser construídas as paredes do futuro túnel.


 Entretanto, decorrem os trabalhos de reposição de infraestruturas de serviços afectados, tais como as redes de saneamento e de águas pluviais e a rede telefónica.

 Para já, os trabalhos decorrem entre as 8 e as 19 horas, mas a partir de Setembro o ritmo da obra irá acelerar com a criação de um segundo turno que irá laborar entre as 20 e as 4 horas da manhã. 

 Máquina veio da Alemanha. 

 No entanto, se tudo tivesse corrido conforme o previsto, a obra de rebaixamento da linha deveria já estar concluída. 

 No início de 2004, altura em que os trabalhos no terreno principiaram, calculava-se um prazo de execução de 30 meses, prazo esse que teria finalizado no passado mês de Junho. 

Actualmente, o prazo de execução previsto aponta o final da obra para o segundo trimestre de 2008.

 Como é sabido, nem tudo correu bem. 

Entre outras condicionantes, nomeadamente a realização do Euro 2004, a obra sofreu um grande atraso depois de a máquina usada para escavar as valas onde irão ficar as paredes do túnel ter-se revelado incapaz de cortar a rocha existente no subsolo. 

 Após um imbróglio que durou vários meses entre a REFER, dona da obra, e o empreiteiro, chegou-se a consenso e foi encontrada uma solução a importação de uma máquina, uma hidrofresa, vinda da Alemanha, que entrou em campo no início de Julho passado. 

 Diferente da tuneladora Muito diferente de uma tuneladora que constrói túneis a grandes profundidades, ou seja, em obras subterrâneas, a hidrofresa é usada em construções a céu aberto como é o caso do túnel de Espinho e como o foi também na construção da estação de metro do Lumiar, em Lisboa. 

 De uma forma geral, a hidrofresa entra em acção depois de a chamada máquina com balde de maxilas ter retirado terras e areias e ter chegado à rocha sem conseguir parti-la.

 Dotada de rodas dentadas, a hidrofresa corta a rocha, fragmentando-a e transportando-a por meio de tubagens para um crivo. 

À medida que a rocha vai saindo, a máquina vai preenchendo o vazio com bentonite, uma espécie de lama de composição argilosa, que irá impedir o deslizamento das terras. 

 Construída a grelha de aço que irá ficar no interior de cada painel dos cerca de 700 que compõem as paredes, é introduzida na vala, seguindo-se a injecção de betão. 

Ao mesmo tempo que o betão é injectado, a bentonite, menos densa que o betão, num fenómeno idêntico ao do azeite e da água, vem ao de cima e vai sendo aspirada para fora da vala para ser depois reutilizada. 

E o painel fica concluído. 

 Alemães dão assistência Fornecida pela empresa "Bauer", a hidrofresa teve um período de experimentação de cerca de 15 dias, estando agora a funcionar praticamente em pleno. 

A empresa continua, no entanto, a garantir assistência e manutenção por parte de técnicos alemães especializados.

 Com a máquina foi ainda fornecido um crivo, que separa os fragmentos de terra e rocha por dimensões, e ainda os silos para a bentonite. 

 Leito da ribeira rebaixado .

De sul para norte, a intervenção da REFER começa junto do apeadeiro de Silvalde. 

A linha começa a descer um pouco a sul da ribeira de Silvalde, cujo leito será rebaixado, até à entrada do túnel, na Rua 37. 

O túnel prolonga-se por cerca de 950 metros, terminando junto da Rua 13.

 A linha volta a subir até junto do restaurante Cabana. Linha desviada Tanto a sul, como a norte, a linha de caminho-de-ferro vai ser desviada para poente.

 A norte, o desvio é mais significativo, indo passar a meio do campo de futebol do Rio Largo

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