terça-feira, 27 de março de 2007

Linha do Norte cortada após rebentamento de conduta



Linha do Norte cortada após rebentamento de conduta
lisa soares

Escavações no âmbito do enterramento da linha férrea de Espinho causaram aluimento de terras


Natacha Palma

O rebentamento de uma conduta de água localizada junto à passagem de nível da Rua 23, em Espinho, obrigou ao corte da passagem de comboios na via ascendente da Linha do Norte durante cerca de duas horas. Tal situação levou a que toda a circulação ferroviária entre o Porto e Lisboa fosse afectada, já que apenas a linha descendente esteve activa, obrigando a atrasos que chegaram aos 45 minutos. O incidente deu- -se cerca das 9.30 horas e teve por causa o movimento de terras decorrente de trabalhos naquela zona no âmbito da obra de rebaixamento da linha férrea.

Tais escavações levaram ao descalçamento da conduta que vergou e se rompeu. Enquanto não foi cortada, a água fez com que o chamado balastro (terra e cascalho) onde assentam os carris afundasse. E, embora a situação se circunscrevesse a uma muito pequena área, foi o suficiente para que a via fosse cortada à circulação.

Os trabalhos decorreram durante cerca de hora e meia, tendo sido colocado novo balastro na área afectada.

Apesar de o incidente não ter ocorrido em hora de ponta e dos estudantes estarem já a gozar as férias da Páscoa, ainda assim foram várias centenas de pessoas que se sentiram afectadas pelos atrasos. Por exemplo, os passageiros do comboio que partiu de Porto, de S. Bento, às 10.20 horas, com destino a Ovar, foram obrigados a sair na estação da Granja e a esperar cerca de 40 minutos por um novo comboio.

E enquanto esperavam andaram a saltar de plataforma em plataforma, a maioria passando a pé por entre as linhas. "Viemos do Porto e o comboio ficou estacionado na linha 3. Como vimos um comboio na linha 2, pensámos que era o que iria para Espinho e por isso toca a ir para a outra gare. Como estava muita gente a dirigir-se para uma única passagem pedonal, com medo de perdermos o comboio, toca a passar pelas linhas", explicou Rosa Rodrigues.

"O mais caricato é que, depois de o nosso comboio sair da linha 3 para voltar ao Porto, o tal outro comboio também foi para a linha 3. Quando disseram que era aquele comboio que tínhamos de apanhar, lá voltámos nós a passar para o outro lado. Vistas bem as coisas, podia ter-se dado ali um acidente bem grave caso passasse um comboio rápido", explicou

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