domingo, 14 de abril de 2019

Linha do Vouguinha renovada com 10 a 11 milhões de euros

Linha do Vouga renovada com 10 a 11 ME enquanto se estuda modernização - IP

 A Linha do Vouga entre Espinho e Oliveira de Azeméis vai ser renovada nos "próximos dois/três anos" com "10 a 11 milhões" de euros enquanto se estuda a sua modernização profunda, revelou hoje a Infraestruturas de Portugal (IP).




A "automatização de passagens de nível", para aumentar "a segurança e velocidade de circulação" no canal, e a "construção de uma oficina de manutenção", no troço Norte, são os "investimentos contidos, com um prazo de vida relativamente curto" a fazer no imediato, explicou Carlos Fernandes, vice-presidente da IP, na reunião do Área Metropolitano do Porto (AMP) que se realizou em São João da Madeira, distrito de Aveiro.

Em janeiro, o Governo incluiu a linha do Vouga no Programa Nacional de Investimentos até 2030, com 75 milhões de euros, calendarizando a sua modernização entre 2021 e 2025.

Em relação a esta requalificação total, o responsável da IP defendeu o estudo de duas soluções: a alteração da bitola para "uma linha idêntica à da rede ferroviária nacional", implicando a construção de "um novo canal", ou "melhorar a atual infraestrutura", mas sempre tendo em perspetiva uma ligação à linha do Norte em Espinho.  

"Deviam ser estudadas duas soluções em concreto. Uma é a alteração da bitola para linha de características mais normais da rede ferroviária nacional. É preciso ter em conta que esta linha está em territórios ocupados e parte da via terá de ser alvo de construção de um novo canal novo, o que será o maior problema deste cenário", observou Carlos Fernandes.

Nesta intervenção estaria incluída a ligação à linha do Norte, que permitiria "duplicar o serviço" no "troço entre Aveiro e o Porto", atualmente "congestionado".  

Quanto à segunda solução, esta passa por manter a "atual infraestrutura, melhorando a sua resposta", designadamente a "do interface com linha do Norte em Silvalde".

Para tal, será necessário "arranjar forma de prolongar a linha do Vouga até um término a construir em Espinho, de forma a melhorar ligação à Linha do Norte".

Trata-se de uma "intervenção com menor impacto financeiro no terreno" e pode "ser uma alternativa razoável", defendeu o representante da IP.

Carlos Fernandes destacou "a importância do destino Espinho", notando que o mesmo "tem de ser considerado em qualquer requalificação" que venha a ser escolhida.

"Existe um enorme potencial da ligação da linha do Vouga à linha Norte, permitindo às pessoas continuar a sua viagem", vincou.

Sugerindo à AMP "protocolar estudos das duas soluções, do ponto de vista ambienta e técnico e dentro de um prazo relativamente curto", o responsável adiantou que, enquanto se estudam alternativas, a IP não pode "deixar de investir".

Os municípios da AMP ficaram hoje a conhecer o "estudo de análise de opções técnicas e de cálculo e procura" daquele troço da Linha do Vouga, uma ação que pretende valorizar a infraestrutura e "perspetivar a sua integração tarifária" e inclusão na Linha do Norte.

Com cerca de 32 quilómetros, aquele troço da Linha do Vouga tem "via única, não eletrificada e está em fim de vida", descreveu o responsável pelo estudo.

Mais de 40 passagens de nível foram suprimidas da linha, existindo atualmente 39, algumas por automatizar.

Na linha circulam "uma frota de automotoras de 1991" do "serviço regional da CP" que "não sofreu qualquer intervenção" desde que se deslocou da linha da Póvoa, quando esta encerrou para dar lugar ao metro.


São feitas oito "circulações por dia por sentido" e, em 2015, registava-se uma média de 564 passageiros por dia, que reduziu em 13% quando foi encerrado o interface de Espinho.


FONTE : LUSA 

Sem comentários: