Luís Canelas é a escolha do PS para tratar "dossiês fundamentais" de Espinho
A comissão concelhia do PS de Espinho confirmou o ex-vice-presidente e atual vereador sem pelouros Luís Canelas como candidato à câmara nas próximas eleições autárquicas, revelou hoje o próprio que se propõe resolver "dossiês fundamentais" como o estádio e o canal ferroviário.
A votação deu-se depois de o PS nacional ter comunicado à atual presidente dessa autarquia do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, Maria Manuel Cruz, que ela tinha sido preterida em favor do seu então vice-presidente.
Alegando que o seu então vice-presidente não lhe comunicou pessoalmente a decisão de concorrer às autárquicas, o que colocou em dúvida a sua "lealdade" e "ética", a presidente da câmara retirou a confiança política e os respetivos pelouros a Luís Canelas a 14 de fevereiro.
Duas semanas depois, o já antes anunciado candidato foi então sujeito ao escrutínio do PS local, ganhando com 18 votos a favor, a mesma votação a que também concorreu Nuno Almeida, presidente da Junta da União de Freguesias de Anta e Guetim.
A lista desse autarca obteve 12 votos favoráveis, restando quatro abstenções e dois nulos que fontes do partido associam aos apoiantes de Maria Manuel Cruz.
Apesar dessa distribuição, a concelhia do PS - à qual Luís Canelas preside - afirma que o resultado da votação reflete um "forte apoio" ao seu cabeça-de-lista e, em comunicado, justifica:
"Esta escolha resulta de um processo de auscultação interna e reflete a confiança do PS num projeto sólido, transparente e ambicioso para o futuro de Espinho. Com um percurso marcado pela dedicação ao concelho e um compromisso inabalável com o serviço público, Luís Canelas assume esta missão com determinação, coragem e sentido de dever".
Em declarações à Lusa, o candidato diz que a sua prioridade é agora "a resolução de dossiês fundamentais para o desenvolvimento da cidade, como a conclusão da requalificação do canal ferroviário [após a mudança para circulação subterrânea em 2008], a conclusão do Estádio Municipal e a implementação dos edifícios dos centros de saúde projetados".
Outras preocupações de Luís Canelas são "a melhoria das estradas, a limpeza urbana, os jardins e a requalificação e manutenção dos equipamentos públicos e de habitação social".
O PS de Espinho adianta que nas próximas semanas será formada "uma equipa experiente, dinâmica e comprometida com uma visão de progresso para o concelho", no que o objetivo é garantir ao municípiocosteiro com cerca de 21,4 quilómetros quadrados e 33.000 habitantes "um desenvolvimento sustentável e inclusivo".
Com 43 anos, Luís Canelas é natural de Espinho e sempre aí residiu, numa família a que o PS local atribui "raízes fortemente ligadas ao associativismo, ao desporto e à docência".
"Com mais de duas décadas ligado ao PS, construiu um percurso académico e profissional sempre ligado ao desporto e ao ensino, áreas que marcaram a sua vida e o seu compromisso com a comunidade", acrescenta a mesma fonte.
Quanto ao trabalho na Câmara Municipal, Luís Canelas assumiu a vice-presidência do executivo após Maria Manuel Cruz substituir Miguel Reis, na sequência da sua detenção em 2023 no âmbito da investigação policial conhecida como Operação Vortéx. Nessas funções autárquicas, o agora cabeça-de-lista "destacou-se pelo trabalho desenvolvido na área do desporto e juventude, promovendo a atividade física, a saúde e o bem-v estar dos espinhenses, e tornando estas temáticas parte da agenda política local".
Acrescentando que a ação do candidato também tem sido marcada "pela proximidade a todos os agentes do desenvolvimento local, sempre com o objetivo de fortalecer o crescimento e a modernização do concelho", a mesma fonte classifica Luís Canelas como "homem de consensos, união e trabalho em equipa", defendendo que foi a sua "capacidade de diálogo e pacificação" que lhe proporcionou a liderança da comissão política do PS local.
Em 2021, o PS venceu as autárquicas em Espinho, com maioria absoluta, obtendo quatro mandatos, contra três do PSD, reconquistando a autarquia que tinha perdido para os social-democratas em 2009.
Fonte : Lusa/Fim
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